Produção industrial cresce 0,5% em julho
Em julho de 2011, a produção industrial avançou 0,5% em relação ao mês anterior, na série livre de influências sazonais, recuperando parte da perda de 1,2% registrada em junho. Frente a julho de 2010 a atividade fabril apontou variação negativa de 0,3%, após dois meses de resultados positivos neste tipo de comparação. Com o desempenho deste mês o índice acumulado para os sete primeiros meses do ano mostrou crescimento de 1,4%, abaixo, portanto, da marca observada ao final do primeiro semestre (1,7%). A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos doze meses, em trajetória descendente desde outubro do ano passado, recuou 0,8 ponto percentual na passagem de junho (3,7%) para julho (2,9%), e assinalou o resultado positivo menos intenso desde abril de 2010 (2,3%).
A atividade industrial mostrou aumento no ritmo produtivo em julho na comparação com o mês imediatamente anterior (0,5%), devolvendo parte da queda de 1,2% assinalada em junho. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral ficou praticamente estável na passagem de junho para julho, após dois resultados seguidos de taxas negativas. Esse menor dinamismo também foi verificado no confronto contra igual mês do ano anterior, já que o setor industrial apontou queda na produção em julho, revertendo dois meses de resultados positivos nesse tipo de comparação. Nos indicadores acumulado no ano e nos últimos doze meses observa-se a manutenção de índices positivos, mas com clara redução no ritmo de crescimento frente aos meses anteriores.
Entre os ramos, 14 registraram alta e 12 tiveram queda em julho
Com o avanço de 0,5% observado no total da indústria entre junho e julho, o patamar de produção do setor ficou 2,0% abaixo do nível recorde alcançado em março último. Esse aumento no ritmo de atividade em julho foi verificado em 14 dos 27 ramos pesquisados, com destaque para edição e impressão (16,8%), impulsionado em grande parte pela maior produção de livros explicada sobretudo por encomendas governamentais, veículos automotores (4,3%), alimentos (1,9%), bebidas (4,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (1,9%). Vale ressaltar que, com exceção do ramo de edição e impressão que apontou o seu segundo resultado positivo consecutivo, as demais atividades registraram taxas negativas no mês anterior: -1,3%, -0,5%, -0,5% e –8,6%, respectivamente. Por outro lado, a principal influência negativa sobre a média global foi observada na indústria farmacêutica (-9,0%), que acumula perda de 20,7% nos três últimos meses, seguida pelos setores de outros produtos químicos (-1,8%), têxtil (-4,9%), diversos (-12,9%) e máquinas e equipamentos (-1,3%).
Ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, nos índices por categorias de uso, somente o segmento de bens intermediários (-0,7%) apontou recuo na produção, após também assinalar queda em junho (-1,6%). As demais categorias de uso registraram resultados positivos, com destaque para bens de consumo semi e não duráveis (3,8%), que mostrou o avanço mais acentuado, vindo a seguir bens de consumo duráveis (2,9%) e bens de capital (1,7%). Vale ressaltar que esses setores assinalaram taxas negativas no mês anterior: -3,0%, -0,5% e -0,7%, respectivamente.
Média móvel trimestral ficou em 0,1%
Na evolução do índice de média móvel trimestral, o total da indústria mostrou ligeira variação positiva (0,1%) no trimestre encerrado em julho frente o nível do mês anterior, após dois meses de resultados negativos: maio (-0,1%) e junho (-0,9%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, o destaque ficou com a produção de bens de consumo duráveis que avançou 1,7% em julho e interrompeu três meses seguidos de taxas negativas, período em que acumulou perda de 6,0%. Os demais resultados positivos foram observados nos segmentos de bens de capital (0,9%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,3%), com ambos revertendo as quedas verificadas no mês anterior (-1,2% e -1,6%, respectivamente). O setor produtor de bens intermediários (-0,2%) registrou a única taxa negativa em julho, após também recuar 0,2% no mês anterior.
Na comparação com julho de 2010, produção industrial varia -0,3%
Na comparação com julho do ano passado, o setor industrial mostrou variação negativa de 0,3%, com 15 das 27 atividades pesquisadas apontando queda na produção. Vale destacar que julho de 2011 (21 dias) teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior (22). Os impactos negativos de maior importância na formação do índice global vieram de têxtil (-20,9%), farmacêutica (-12,9%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,6%), metalurgia básica (-6,5%), outros produtos químicos (-4,2%), vestuário (-13,9%) e alimentos (-1,0%). Nessas atividades, sobressaíram as quedas na fabricação dos itens: roupas de banho de algodão e tecidos e fios de algodão; medicamentos; óleo diesel e naftas para petroquímica; bobinas a frio de aços ao carbono e lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono; herbicidas para uso na agricultura; vestidos e camisas de malha; e sucos concentrados de laranja e carnes de aves congeladas. Entre os doze ramos que registraram avanço na produção, a principal pressão sobre a média da indústria ficou com edição e impressão (37,9%), impulsionado não só pela produção mais elevada de livros por conta de encomendas governamentais, mas também pela baixa base de comparação, já que em julho de 2010 o setor havia recuado 6,9%. Vale citar ainda as influências positivas assinaladas por veículos automotores (2,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (9,3%), máquinas e equipamentos (2,7%) e fumo (17,5%). Entre esses ramos, os itens de maior destaque foram: veículos para transporte de mercadorias e caminhões; televisores; fornos microondas e centros de usinagem; e fumo processado.
Entre as categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano passado, o setor produtor de bens de capital (3,8%) assinalou o crescimento mais elevado em julho de 2011, com o grupamento de bens de capital para equipamentos de transportes (11,5%) exercendo a principal influência sobre o total da categoria de uso, seguido por bens de capital para fins industriais (11,5%) e para construção (12,7%). Os demais subsetores mostraram queda na produção: bens de capital para uso misto (-8,5%), para energia elétrica (-7,6%) e agrícola (-14,6%).
Ainda na comparação com julho de 2010, os segmentos de bens de consumo duráveis (1,3%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,8%) também apontaram resultados positivos. No primeiro setor, as influências positivas vieram da maior fabricação de eletrodomésticos (15,0%), tanto os da “linha branca” (10,5%) como os da “linha marrom” (19,7%), de motocicletas (5,6%) e de artigos do mobiliário (21,6%), uma vez que os automóveis (-6,2%) mostraram recuo na produção. A produção de bens de consumo semi e não duráveis foi impulsionada pelos grupamentos de outros não duráveis (6,3%) e de carburantes (1,7%), influenciados especialmente pela maior produção de livros e gasolina, respectivamente. Os grupamentos de semiduráveis (-11,4%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-0,9%) exerceram os impactos negativos nessa categoria de uso, pressionados principalmente pelos recuos na fabricação de roupas de banho de algodão e calçados de material sintético para uso feminino, no primeiro subsetor, e de sucos concentrados de laranja e carnes de aves congeladas, no segundo.
Ainda no índice mensal, somente o setor de bens intermediários (-2,4%) assinalou resultado negativo nesse mês entre as categorias de uso, pressionado pelos recuos na produção dos produtos associados às atividades de refino de petróleo e produção de álcool (-9,6%), metalurgia básica (-6,5%), têxtil (-18,6%), outros produtos químicos (-4,3%), celulose e papel (-3,3%), alimentos (-1,5%) e borracha e plástico (-1,6%), enquanto as influências positivas foram registradas por veículos automotores (5,2%), minerais não metálicos (3,3%), produtos de metal (5,0%) e indústrias extrativas (1,0%). Nessa categoria de uso, vale citar ainda a queda na produção do grupamento de embalagens (-1,5%), que interrompeu 21 meses de taxas positivas consecutivas, e o crescimento verificado nos insumos típicos para construção civil (3,9%).
No acumulado em 2011, 16 das 27 atividades tiveram crescimento
No índice acumulado para os sete primeiros meses do ano, frente a igual período do ano anterior, o avanço foi de 1,4%, sustentado pelos resultados positivos em todas as categorias de uso e pela maior parte (16) das vinte e sete atividades investigadas. O ramo de veículos automotores, com expansão de 5,6%, se manteve como o de maior influência positiva na formação do índice geral, impulsionado pelo crescimento na produção de aproximadamente 80% dos produtos pesquisados no setor, com destaque para a maior fabricação de caminhões, veículos para transporte de mercadorias e caminhão-trator para reboques. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de outros equipamentos de transporte (11,3%), farmacêutica (6,1%), edição e impressão (5,7%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (17,5%), minerais não metálicos (4,6%), máquinas e equipamentos (2,2%), indústrias extrativas (2,7%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (5,5%). Em termos de produtos, os destaques nesses ramos foram: aviões e motocicletas; medicamentos; livros e revistas; relógios de pulso; ladrilhos e placas de cerâmica, cimentos “portland” e massa de concreto; aparelhos carregadoras-transportadoras e motoniveladores; minérios de ferro; e telefones celulares. Por outro lado, entre os dez ramos com queda na produção sobressaíram os recuos vindos de têxtil (-14,4%), outros produtos químicos (-2,7%), bebidas (-4,1%) e alimentos (-1,1%), pressionados respectivamente pela menor fabricação dos itens roupas de banho de algodão e tecidos e fios de algodão; herbicidas para uso na agricultura; preparações em xarope e em pó para elaboração de bebidas; e açúcar cristal e sucos concentrados de laranja.
Entre as categorias de uso, os resultados para o acumulado nos sete primeiros meses de 2011 ficaram positivos frente a igual período do ano anterior, com o segmento de bens de capital (5,5%) apontando a taxa mais elevada, impulsionado em grande parte pelos avanços nos subsetores de bens de capital para transporte, para construção e para fins industriais. O setor produtor de bens de consumo duráveis (1,9%) também assinalou crescimento acima da média nacional (1,4%), enquanto os segmentos de bens intermediários (0,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,5%) registraram expansões mais moderadas e ficaram abaixo do total da indústria.
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