sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Minoria barulhenta

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Expediente em campus da PUC-SP é suspenso por reitor para impedir evento em prol da descriminalização da maconha organizado por alunos. Atitude temerária que revela uma disciplina precária.

Matheus Viana – Revista Profecia


Alunos e professores da Pontifícia Universidade Católica em São Paulo (PUC-SP) que foram ao campus na manhã desta sexta-feira, 16/09, encontraram as portas fechadas. De acordo com nota emitida pelo reitor Dirceu de Mello, não haverá expediente neste dia. O motivo? Impedir a realização do 1º Festival da Cultura Canábica promovido por alunos da universidade. Divulgado pela internet, o evento contou com mais de 6 mil adesões.

Tanto a iniciativa dos alunos como a medida tomada pelo reitor evocam uma necessária abordagem sobre os direitos e deveres em consonância com o padrão disciplinar nas universidades. A espinha dorsal de que os direitos dos discentes devem se enquadrar e respeitar a autoridade e a ordem da instituição parece não ser compreendida e, por isso, não é devidamente observada.

Não é de hoje que as universidades se tornaram antros de drogadição e de sexualidade desenfreadas. “Dobradinha” que, desde a revolução ‘contracultura’, faz parte da “grade curricular” de muitos alunos. Conforme publicado na edição 007 de Profecia, R$ 8,5 milhões foram gastos na construção do chamado ‘Beijódromo’ na UnB (Universidade de Brasília). Não deixe de ler o texto ‘Fragmentos de uma Nova Ordem’ em nossa versão eletrônica clicando aqui.

Qualquer medida disciplinar é comparada à truculência do período do regime militar. Pois o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) define a famigerada ‘Marcha pela maconha’ como liberdade de expressão. Neste mote, há os que defendem que o aluno tem o direito de fazer o que bem entender nos campus das universidades brasileiras. Inclusive consumir drogas ilegais. Não apenas consumi-las, mas propagar e fomentar o consumo.

O direito que cabe ao aluno é o de usar todas as medidas possíveis para obter o conhecimento científico e acadêmico. Caso queira levar uma vida dissoluta regada a ‘sexo, drogas e rock´n roll’, deve ser ciente de que universidade não é o lugar apropriado.

Já a universidade, com seu corpo docente e demais funcionários, tem o dever de propiciar este conhecimento. E, para que isso aconteça da forma mais eficaz possível, deve prover e manter a disciplina. Não é em vão que o apóstolo Paulo preconiza: “Porque ela é ministra de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministra de Deus, e vingadora para castigar o que faz o mal. Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.”. (Romanos 13:4 e 5).

O fato de o reitor suspender as aulas, por mais que pareça excesso de autoridade, revela que foi nada mais do que um ato temerário. Com medo de que os alunos excedessem seus direitos, cerceou o direito de aprendizado de outros. "Se a festa era à tarde, não justifica perdermos aula de manhã, que acaba às 11h10. Estou muito indignada", relata a estudante do 2º ano de pedagogia, Ellen Araújo. Conforme informou à Agência Estado, para ela não faz sentido "fechar uma universidade por causa de uma minoria".

Minoria barulhenta que conta com professores, jornalistas, formadores de opinião, políticos entre outros influentes.

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