quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A acomodação de uma população

Por João Bosco Leal


"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei. No terceiro dia, vieram e levaram meu vizinho católico. Como não sou católico, não me incomodei. No quarto dia, vieram e me levaram; já não havia mais ninguém para reclamar..." - Martin Niemöller, 1933

Lendo o texto acima, escrito 77 anos atrás, penso sobre o que vem ocorrendo no país chamado Brasil, que tanto amo.

O governo que aí está tem levado nosso país e sua população menos esclarecida a um caminho sem volta, ou de retorno muito difícil e sofrido, o comunismo ditatorial, que provocou tanto sofrimento na população da antiga União Soviética, onde, antes de ser extinto, provocou muito derramamento de sangue e a divisão total do país, em diversos outros menores.

A população vem sendo enganada, comprada com um sem número de "vales" e "bolsas", que tornará toda uma geração totalmente dependente do estado, ganhando tudo e não aprendendo, assim, a produzir nada. Esse foi o principal motivo da falência total desse sistema em todos os outros países que o adotaram. O estado provedor desestimula a competição, a criatividade, igualando todos na pobreza, explorada pela elite política dominante.

São muitos os casos de fracassos nesse sistema e, atualmente, os países que, dominados por "companheiros", tentam implantá-lo, sentem, com muita rapidez, sua ineficiência, como é o caso de nossos vizinhos Bolívia e Venezuela, onde os presidentes, ditadores populistas, retomam todos os meios de produção e comercialização para o domínio do estado, censuram a imprensa desapropriando os que não o seguem, além de prender opositores.

As consequências logo aparecem e tudo começa a faltar no país, como água, luz, mantimentos e muitos outros itens, como vem ocorrendo com os exemplos citados. E o atual governo brasileiro, ideologicamente cego, não aceitando admitir as dezenas de exemplos de fracasso desse sistema, passa a ajudar esses países financeiramente.

Aceita perder todos os investimentos da Petrobrás na Bolívia; triplica o valor pago ao Paraguai em razão do consumo pelo Brasil da energia de Itaipú, construída exclusivamente por nosso país; manda construir uma rede de transmissão de energia ligando Itaipu a Assunção; investe na construção de aeroportos e hotéis em Cuba; contra a opinião da maioria dos outros países, dá guarida política a um "companheiro" golpista que pretendia alterar a Constituição de Honduras para perpetuar-se no poder; também contra a maioria dos países e inclusive contra a ONU, dá apoio à política nuclear do Irã.

Dessa maneira, a política externa do atual governo é a do completo afastamento em relação aos países capitalistas, seja da América, da Europa, África ou Oriente, e aproximação das ditaduras comunistas ou socialistas, como Cuba, Venezuela, Bolívia, Honduras, Irã e diversos países africanos, onde imperam a ditadura e a corrupção.

Enquanto o Brasil pode ajudar financeiramente os "companheiros", nossa população continua recebendo os seus "vales e bolsas", mas está impedida de ter acesso decente à educação, saúde e saneamento básico, razão pela qual continua analfabeta, doente e dependente, para proporcionar aos "companheiros" a continuação dos mensalões, das indenizações absurdas aos exilados e "torturados", além da ajuda na salvação econômica de outros países que implantaram essa mesma política socialista.

E acabaremos sendo envolvidos por esse sistema, pois cada vez mais seremos menos para resistir.

João Bosco Leal

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