quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sodoma e Gomorra é na Doca

Por Walmari Prata Martins

Todos que se exercitam caminhando pela manhã na Doca de Souza franco, ai por volta das 05h30min as 06 h, principalmente aos dias de sexta feira e sábado percebem o circo que deve ter sido armado na madrugada do referido dia. Remanescente de uma festa maior, agora agrupados em ilhas das mais variadas cores energizados por forças “inimagináveis” dão seus últimos acordes da noitada.


Ao longo da pista, jogados no passeio, restos de tudo usado, da garrafa a comida, alem de explicitamente fazerem-na de mictório.

Provavelmente pelo cansaço da noite, realmente não tenho conhecimento de perturbarem aos que lá andam, entretanto, a perturbação não ocorre somente pela ação das palavras endereçadas ou contactos provocados ocorrem também pela visão propiciada, e, pelo que se ouve. Inicialmente os ensurdecedores sons que extrapolam a capacidade do ouvido humano, e, suas musicas de qualidades questionáveis. Sei que por vivermos em sociedade somos condicionados a aceitar o que por todos é aceito, mesmo se permitindo o contraditório. Dentro desta premissa convivemos com os diferentes sem descriminá-los, considero aceitável, humana e social este comportamento que todos devem ter, entretanto, os diferentes em opção sexual devem optar também pela conduta da sociedade em que estão inseridos. Nas ilhas ao longo da Doca, encontramos algumas com lésbicas, homossexuais, e, simpatizantes cujo comportamento em nada difere do restante da sociedade, entretanto, em outras observamos um envolvimento de parceiros com exposição de órgãos, bolinações, e, quase a efetivação do ato; outro dizia em bom tom, ”passa essa noia ai, vou fundir minha cabeça”; outro era socorrido em seu vomito; outros tentavam acordar um terceiro que dormia no chão, provavelmente em coma alcoólico; porque como os demais da sociedade não buscam os motéis ou mesmo outro local mais reservado. Sei que o que digo é recorrente, aparentemente sem conseqüências visíveis, mas, podem advir após noitada, acidentes de transito e outras nefastas ocorrências. Infelizmente tudo isso ocorre na presença de acomodados policiais em seus reluzentes Pálios que, impávidos tudo assistem, talvez, depois do leite derramado venham a intervir, ai a Inez estará morta. Devemos ter em mente que do sublime ao ridículo não há mais que um passo; na vida não há prêmios nem castigos, somente conseqüências. Quando James Russell disse e eu li que, ”Se a juventude é um defeito é um defeito do qual nos curamos muito rápido” acreditei julgando que todos como eu seriamos curados pelo tempo, mas, na Doca, hoje, pude observar uma vistosa senhora nos seus 65 anos, numa dessas ilhas, muito alegre dançando um samba, e, contorcendo os quadris sensualmente, ate agachar-se encima de um rapaz deitado ao solo, insinuar próximo aos órgãos genitais do rapaz o ato sexual.Lamento o que passam os moradores do entorno da Doca, dos que lá andam, dos pais dos que para lá vão.O mundo esta mudado,estou ultrapassado ou virou mesmo Sodoma e Gomorra,seja o que for,como as autoridades ativas nada fazem fingirei não olhar,pelo menos,não virarei estatua,mas mandei meu recado ao poder público.

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