quarta-feira, 25 de abril de 2012

Rede Globo zomba do movimento conservador


Assisti no sábado passado (21/04/2012) a uma cena da novela Avenida Brasil, protagonizada pela atriz Adriana Esteves, que deu-me bem a entender: vesti a carapuça, claro!

Por Klauber Cristofen Pires


Na cena a que me refiro, a distinta atriz, representando Carminha, ao lado do Padre Solano (este tem mais é cara de jogador de dadinhos em bar de subúrbio...), declama um eloquente discurso em prol dos valores tradicionais da família brasileira.

Poderia ter sido só mais um dos costumeiros achincalhes com que os autores de novelas da Rede Globo costumam atacar os pais e mães de família e os religiosos, sobretudo os cristãos, evidenciados sempre por personagens raivosos, hipócritas, invejosos, e enfim, de tudo o que há de pior na sociedade, em franco contraste com os assíduos heróis e modelos de virtude vivenciados por gays, prostitutas, bandidos e/ou drogados.


Tratou-se, no entanto, de uma cínica ironia "qualificada", isto é, especialmente dirigida ao nascente e consciente público conservador do Brasil, mais especificamente, este que tem incomodado os planos dos defensores da aprovação do PLC 122/06. A especificidade das palavras proferidas pela personagem de Adriana Esteves soaram-me inconfundíveis. Em uma de suas falas, chega a fazer uma menção indireta ao perigo dos gays (sexistas) adquirirem descabidos privilégios legais. 


Vou explicar: o fato é que Carminha é a vilã-mor da novela, má e ardilosa, a ponto de ter abandonado sua enteada em um lixão, há cerca de dez anos atrás. 


A mensagem subliminar é a seguinte: sendo ela a vilã malvada a proferir palavras em defesa dos valores tradicionais da família, passa ao público a imagem da perfeita hipócrita, mas não somente para si, como também para todos os cidadãos conservadores. A ideia guarda relação com o mito que o PT quer fazer colar com respeito ao mensalão: "somos todos corruptos, mas nós, os petistas, somos melhores, porque não somos hipócritas; somos sim uns "aloprados" e fazemos tudo de forma escrachada, e assim é muito melhor".

Posso estar enganado? Foi apenas mais uma rotineira agressão fortuita ao público conservador, isto é, aquele ainda inconsciente e desmobilizado? Bom talvez! Eu também erro! Porém, acho difícil minha tese não prosperar...

De qualquer forma, antes do que indignado, sinto-me orgulhoso de ser também uma das pedras no sapato dos gaysistas, dos abortistas, dos negristas, dos feministas, dos indigenistas, dos desarmamentistas, dos ambientalistas, dos censuristas e de toda a laia que com eles se alia. 

Percebi na fala da personagem da novela mais importante da Rede Globo que estamos sendo notados e que estamos fazendo diferença! Antes do que uma ofensa ou provocação, sugiro a todos os leitores assumirem este fato como uma espécie peculiar de troféu, a certificar que estamos produzindo efeitos e que estamos no caminho certo. Perseveremos, portanto!

Quem quiser assistir ao capítulo, clique aqui (é necessário ser assinante).

Aos que assistiram, peço a gentileza de se manifestarem quanto a concordarem ou não com as minhas impressões. 


  







2 comentários:

  1. Acertadíssimo, Klauber!
    Os roteiros são desenvolvidos a partir da "direção" de projeto, que estabelece os objetivos do "produto audiovisual". Isto é, estamos incomodando, sim! Daqui em diante, apenas cresceremos e nos multiplicaremos. É só uma questão de tempo. A semente foi plantada com agrotóxico de primeira! Hoje vencemos, inclusive, na votação do código florestal. Parabéns pelo texto perspicaz.

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  2. Mais um excelente artigo, parabéns. Já havia escrito alhures a respeito do tema. É a tentativa vã da Globo em demonizar o conservadorismo através de clichezinhos estúpidos.

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