segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Em cadeia nacional, PCB ataca a democracia e defende escancaradamente a revolução.




Alô Ministério Público, Alô Poder Judiciário Eleitoral: o PCB está anunciando abertamente a revolução e a desobediência total à Constituição, à democracia representativa e ao estado de direito. É caso de dissolução!

Por Klauber Cristofen Pires

Estou falando do vídeo do PCB que foi ao ar em rede nacional no dia 14/11/2013, no qual seus integrantes defenderam ostensivamente a destruição da democracia, do estado de direito e do sistema representativo pela revolução comunista.
A Constituição Federal tem como colunas mestras a ordem democrática representativa, a independência dos poderes e o estado de direito. Se o primeiro ato de alguém ao tomar posse de um cargo eletivo é jurar obedecer e cumprir a constituição, é porque a atividade política submete-se ao que os doutrinadores chamam de princípios invisíveis, quais sejam,  os  pressupostos que são como a alma da Constituição. Por isto, não pode ser tolerável que um partido político goze de todas as prerrogativas que lhe são dadas pela democracia para abertamente defender a sua destruição.

No vídeo de cinco minutos, as falas mais escandalosas estão entre os minutos 3:30 a 4h40, que destaco a seguir, em fonte diferente, sobre os quais depois teço meus comentários:

Débora Nunes – União da Juventude Comunista:


3:30 Por tudo isso, é que enquanto as massas tomam as ruas, o estado burguês reprime e criminaliza aqueles que lutam.

3:38 Para o PCB, a única maneira de mudar essa situação é através de uma ruptura revolucionária do capitalismo e a construção de uma sociedade socialista (PCB)

3:47 As formas políticas da democracia representativa burguesa estão em crise e não conseguem mais disfarçar seu verdadeiros interesses de classe.

Mauro Iasi – Comitê Central PCB:


3:54 Para derrotar o poder das classes dominantes, precisamos construir uma real e forte alternativa de poder. Um poder popular, dos trabalhadores do campo e da cidade. Um poder popular que seja capaz de construir um programa anticapitalista e socialista para o Brasil.

4:13 As manifestações são muito importantes, mas não suficientes. É preciso organizar os trabalhadores para acabar com o capitalismo.

4:22 Saibam identificar nossos inimigos: Estes não são nossos inimigos (manifestantes empunhando bandeiras vermelhas em uma manifestação); Estes também não (black-blocks). Estes são apenas os funcionários dos nossos inimigos (policiais). Estes são seus capatazes (Collor, Sarney, Lula, Dilma e FHC). Estes sim, estes são os nossos verdadeiros inimigos (empresários aplaudindo o que pode ter sido o resultado do leilão do campo de libra).

Nada pode ser mais claro: Se estas pessoas defendem a ruptura com a ordem institucional, não deveriam ter direito a manter seu partido, muito menos receber permissão para exibir um vídeo gratuito em cadeia nacional. Que se lancem à ilegalidade e agüentem a repressão da democracia.

O PCB é um partido nanico, aliás, microscópico. Não tem nenhuma representação no Congresso, nenhum governador e até onde fui capaz de descobrir, possuiu um único deputado estadual no influente estado do Amapá, eleito em 2006. Em 2007 elegeu vinte vereadores e dois vice-prefeitos Constitui uma aberração legal ter direito a um programa de tv gratuito, ainda mais para defender a subversão da ordem democrática.
Por isto mesmo, antecipo-me a muitos leitores que certamente viriam a questionar-me sobre o motivo que me levou a prestar atenção a esta sigla aparentemente desprezível, e então respondo: é justamente pela posição obscura em que se encontra que este partido se incumbiu de anunciar a revolução.
Aproveita-se de que não tem nenhum político de peso, isto é, que não tem nada a perder, para fazer uso de um método que eu chamo de “navio quebra-gelo”, que consiste em anunciar uma ideia estapafúrdia como linha de frente, gerando em grande parte o desprezo da população, mas ao mesmo tempo fazendo-a se acostumar com seu discurso, abrindo desta forma uma via navegável que mais tarde será usada por partidos congêneres maiores.
O que a população precisa entender é que, embora haja uma grande variedade de partidos de esquerda, eles não são plenamente independentes entre si; muito ao contrário, por meio do Foro de São Paulo, obedecem a uma estrutura orgânica por meio da qual atribuem-se tarefas e metas específicas. O anúncio escancarado da revolução tal como realizado por este partido representa a parte que ora lhe cabe.
A seguir, malgrado as bobagens que falam sejam praticamente auto-evidentes, comento-as, como uma forma de não perder a oportunidade de ser didático, salientando que embora estejam encharcadas de mentiras, foram elaboradas de modo a conduzir o telespectador a abraçar a causa da revolução:

00:10 - Débora Nunes – União da Juventude Comunista

As manifestações que tomaram conta do Brasil a partir de junho são a demonstração da revolta da juventude e dos trabalhadores contra o aumento da exploração e do capitalismo.

Meu comentário: Pura mentira: A jovem comunista pretende tomar a sardinha para a sua brasa; basta relembrar uma manchete da Folha de São Paulo: MPL acusa onda conservadora e desiste de novas manifestações.

00:20 - Caio Andrade – União Classista

A opção do PT por um pacto com a burguesia quer fazer a gente acreditar que é possível o desenvolvimento capitalista, gerar lucros para os empresários e, ao mesmo tempo, resolver os problemas da classe trabalhadora.

A realidade comprovou que não é assim. Os salários são corroídos pela inflação e pelo arrocho. O custo de vida sobe, os serviços públicos são sucateados e os trabalhadores são sufocados por dívidas.

Meu comentário: Vamos fazer aqui uma pequena lista de países capitalistas paupérrimos: EUA, Canadá, Inglaterra, Irlanda, Islândia, França, Alemanha, Itália, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Itália, Noruega, Holanda, Bélgica, Áustria, Suíça, Espanha, Coréia do Sul, Japão, Taiwan, Austrália, Nova Zelândia, e Cingapura; agora, uma lista de países comunistas prósperos, livres e felizes: Cuba e Coréia do Norte. Como se escreve nas redes sociais: kkkkkkkkkkkk!!!!!
Sobre inflação, este é o resultado da expansão monetária, que pode acontecer em qualquer regime, seja comunista, capitalista ou meio termo. Os governos mal intencionados recorrem à expansão monetária quando já não conseguem mais espoliar a população por meio de impostos e/ou quando já não possuem crédito, porque sua capacidade de pagamento anda com a reputação no fundo do poço. É exatamente o que o PCB propõe, ao atacar a responsabilidade fiscal, e pra finalizar, a expansão monetária só se faz possível porque graças a ao socialista fabiano  John Maynard Keynes os governos do mundo todo abandonaram o padrão-ouro, substituindo um meio autêntico de troca por meros papéis pintados de curso forçado, o papel-moeda.
00:50 – Débora Nunes – União da Juventude Comunista

Cada vez mais, os trabalhadores e a juventude percebem que este modelo capitalista serve apenas para garantir o lucro dos patrões, mas não resolve as necessidades de quem trabalha.

Meu comentário: Isto merece um “kkkk...”, mas, ufa, vamos lá: nos países capitalistas a poupança, a especialização das funções e o desenvolvimento dos processos de produção geraram valores agregados superpostos, propiciando aos seus trabalhadores desfrutarem de um nível de vida excelente. Talvez a moçoila prefira comer grama na Coréia do Norte, onde em cadeia de tv nacional tem sido receitada à população.

01:00 – Ivan Pinheiro – Secretário-Geral do PCB

Collor, Sarney, Fernando Henrique, Lula e Dilma têm poucas diferenças. Mantiveram a mesma política econômica neoliberal, cada vez mais vantagens para os empresários e menos direitos para os trabalhadores. As privatizações continuam: rodovias, ferrovias, portos, estádios esportivos, aeroportos, e agora o vergonhoso leilão de Campo de Libra.

Meu comentário: estou quase tentado a concordar com a declaração deste senhor...porém, como tenho dito, não pelos mesmos motivos, hehe. Explico: O que a própria esquerda convencionou chamar de neoliberalismo não passa de uma emulação dos regimes nazi-fascistas, fundados na criação de um estado forte e intervencionista, com concessão de privilégios aos empresários, mas não a todos, senão a alguns. Todos estes governos aumentaram impostos, criaram novos órgãos reguladores, estimularam invasões e promoveram desapropriações, e sobretudo, mancomunaram-se com empresários ávidos de benesses estatais. Quanto a dizer que os direitos dos trabalhadores, foram diminuídos, este sujeito mente como um...comunista! Hoje um dos maiores fatores inibidores para alguém abrir um negócio é vislumbrar-se futuramente perante um juiz trabalhista.

01:28 – Mauro Iasi – Comitê Central PCB

Para garantir os interesses desse bloco dominante, o dinheiro público é sangrado para subsídios privados e o pagamento dos juros da dívida. Daí então a política de saneamento financeiro, superávits primários e a chamada responsabilidade fiscal, que impede que as políticas públicas como a educação, saúde moradia, saneamento e outras tenham os recursos que são necessários.
Em 1990, os 10% mais ricos detinham 53 % de toda a riqueza do país. Depois de 10 anos de governo petista, os mesmos 10 % passaram a deter mais de 72% da riqueza. A maioria da arrecadação de impostos é paga pelos assalariados, e as camadas com o menor poder aquisitivo. Os impostos sobre patrimônio representam menos de 4% do montante arrecadado.

Meu comentário: Concordo que o dinheiro público é sangrado para subsídios privados, especialmente para cevar a carteira de milhares de ONGG’s (Organizações não governamentais governamentais) que se empenham em promover a revolução. Porém, dizer que nos governos de Collor a Dilma prevaleceu uma política séria de saneamento financeiro e uma verdadeira responsabilidade fiscal é contar uma piada sem graça. Todos foram gastadores, especialmente os dois últimos governantes. Superávit primário é um conceito para enganar pessoas crédulas, porque desconsidera as obrigações do governo para com os juros da dívida ; enfim, é uma forma falsa de dizer que as contas do governo estão no azul. Materialmente falando, os impostos são pagos por todos os cidadãos, especialmente sob a condição de consumidores. Certamente, como a carga tributária é alta por influência da política socialista, são verdadeiramente os mais pobres os que no fim das contas, pagam mais.


02:20 – Caio Andrade

Mas quando os trabalhadores fazem greve, o governo e os patrões alegam que não têm dinheiro. Por isso, não nos surpreende de que o número de greves no Brasil tenha crescido tanto.

Meu comentário: Então as greves têm ocorrido só por motivos salariais? Vejam este documento que encontrei no site do PCB, intitulado “A Estratégia e a Tática do PCB”, com destaque para o trecho abaixo, com grifos meus:
A organização dos trabalhadores inclui formas de organização popular direta, nos bairros, no campo e em grandes movimentos urbanos de massa e a luta pelo aprimoramento da organização sindical, com a construção de grandes sindicatos por ramo de produção, a proposição de greves gerais com a participação de todos os trabalhadores, do proletariado precarizado, dos partidos de esquerda e de outras organizações sociais, e a utilização de vias não institucionais para a luta revolucionária.

02:33 - Mauro Iasi

Para manter esta sociedade tão desigual, é necessário que a classe dominante se cerque de um poder repressivo e um poderoso escudo jurídico, procurando esconder sua exploração na forma de estruturas políticas que garantam seu domínio. O estado brasileiro está a serviço das classes dominantes, mas precisa aparecer como se fosse um estado democrático que defende o interesse de todos.

Meu comentário: O sujeito aí quer requentar a malfadada tese marxista da estrutura e da superestrutura. A estrutura seria representada pelos meios de produção e a superestrutura, por todo o arcabouço intelectual, incluindo aí a ciência e a tecnologia, o sistema político-jurídico, a literatura, as artes e até a religião como alegados sustentáculos ideológicos do sistema de opressão contra os trabalhadores. Pura calhordice e uma contradição em termos, pois, se fosse verdade, o livro “O Capital” e o próprio PCB nem chegariam a ter existido. Em compensação, nos regimes comunistas, aí sim, prevalece uma superestrutura, que se comprova pelo sistema de partido único e pela supressão de toda liberdade de expressão, que vale lembrar, também é uma das bandeiras do PCB.

02:57 - Ivan Pinheiro

É claro que foi bom ter acabado com a ditadura que torturava e matava impunemente. Mas a repressão aos que lutam não acaba no que chamam de “democracia”. “Não há gás lacrimogênio nem cassetetes “democráticos”. O capitalismo é sempre uma ditadura da burguesia.

Meu comentário: Que o diga o Sr. Coronel PM Reynaldo Rossi, que quase morreu nas mãos dos black blocs! Cassetetes e gás lacrimogênio são, sim, instrumentos da democracia. Nos regimes comunistas, as dissensões são dispersas por tanques e tiros de fuzil!

03:18 – Caio Andrade

Para favorecer ainda mais os ricos, preparam-se mega eventos. Por um lado, o lucro para as empreiteiras. Para os trabalhadores, sobram as remoções e a criminalização das lutas.

Meu comentário: O que os black blocs e congêneres estão fazendo não é crime?

03:30 – Débora Nunes

Por tudo isso, é que enquanto as massas tomam as ruas, o estado burguês reprime e criminaliza aqueles que lutam. Para o PCB, a única maneira de mudar essa situação é através de uma ruptura revolucionária do capitalismo e a construção de uma sociedade socialista. As formas políticas da democracia representativa burguesa estão em crise e não conseguem mais disfarçar seu verdadeiros interesses de classe.

Meu comentário: se existe crise no nosso sistema representativo, é porque se tornou refém dos vândalos e terroristas revolucionários.

03:54 - Mauro Iasi

Para derrotar o poder das classes dominantes, precisamos construir uma real e forte alternativa de poder. Um poder popular, dos trabalhadores do campo e da cidade. Um poder popular que seja capaz de construir um programa anticapitalista e socialista para o Brasil.
As manifestações são muito importantes, mas não suficientes. É preciso organizar os trabalhadores para acabar com o capitalismo.
Saibam identificar nossos inimigos: Estes não são nossos inimigos (manifestantes empunhando bandeiras vermelhas em uma manifestação); Estes também não (black-blocks). Estes são apenas os funcionários dos nossos inimigos (policiais). Estes são seus capatazes (Collor, Sarney, Lula, Dilma e FHC). Estes sim, estes são os nossos verdadeiros inimigos (empresários aplaudindo o que pode ter sido o resultado do leilão do campo de libra).


Meu comentário: este comentário, deixo-o aos leitores...

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