Temos que continuar ocupando espaços.


Por Ivan Lima

No campo de batalha das idéias, os liberais e conservadores brasileiros já perdem há algum tempo a luta para a ideologia socialista. E feio, é preciso reconhecer.  A principal causa relativamente imediata desse horripilante cenário de guerra certamente está na bobagem que nossos ínclitos militares do necessário regime de exceção de 64 tiveram ao não liberar amplamente a educação ao mercado. Estavam com a faca e o queijo na mão, inclusive para fazer constar nos currículos das faculdades públicas, o estudo da economia de mercado, a Economia Clássica e a Escola Austríaca de Economia, como alternativas e visão racional de vida, antepondo-se ao horror da luta de classe como doutrina acadêmica e “agente de transformação social”.

Consideraram a guerra bélica como suficiente e deixaram as idéias marxistas e keynesianas com transito totalitário no meio acadêmico e na intelectualidade, sem refutação pelas idéias liberais.  Sopa no mel. Para completar a festa, vendo o terreno fertilíssimo, os esquerdistas acrescentaram como reforço nessa batalha, os “ensinamentos” gramiscianos para minar, via faculdade, a moral familiar, e todos os tradicionais valores da civilização ocidental. E, lógico, encontraram linguagens adequadas de doutrinação desde ás escolas fundamentais e médias brasileiras até se completar, na faculdade, uma importante fase de vitória intelectual na aludida batalha. Assim, as faculdades públicas brasileiras se tornaram templos que continuamente formam, há anos, sacerdotes para a causa do estatismo e do coletivismo.    

Os nossos honrados e bem intencionados militares entregaram o banco de sangue para o vampiro tomar conta. O resultado é a tragédia que se constata, dos meios de comunicação ás *associações cristãs, o pensamento é o da ideologia dominante, o marxismo, que prega que a sociedade é constituída de conflitos de interesses irreconciliáveis e para que haja paz é preciso se implantar a ditadura do proletariado. Com os cérebros lavados por uma doutrina que provocou duas guerras mundiais, inúmeras outras guerras localizadas, e o século XX como o de maior matança e brutalidade da história humana causada pelas revoluções socialistas, as pessoas ensinadas a não contestar a ideologia vermelha são incapazes, pela programação mental que sofrem, de pensar que a sociedade de troca de bens e serviços, proporciona, fundamentalmente, harmonia de interesses, o bem estar que todos buscam para a sua prosperidade e liberdade.

Com milhares e milhares de mentes minadas pela ideologia da luta de classes e teoria da exploração marxista, e com elas continuamente infectando todas as relações na sociedade; com um ensino de grade curricular estatista e centralizadora criada para favorecer a doutrinação que faz apologia á pobreza, ao igualitarismo, e prega o desrespeito á propriedade, o resultado foi um país que ao longo de poucos anos tornou - sobretudo através da "educação" pública "gratuita", - burra e zumbi a juventude, corrompeu a cultura, deturpou o sentido espiritual da religião, emperrou uma efetiva prosperidade dos indivíduos, e luta para virar de ponta cabeça o conceito da família tradicional. Lenin, Marx, e Gramsci, festejam no inferno. Sim, a tragédia é grande, mas a guerra não está perdida.

Um dos aspectos promissores que nos faz crer que, ao fim e ao cabo, o bem vencerá o mal no país, está exatamente na resistência conservadora do espírito brasileiro. Essa resistência, é aliada ao fascínio que possui por empreender, e mais sua paixão por inovações tecnológicas que facilitam a vida, inovações só possíveis em ambiente de mercado. Por conta disso, veja todos esses aspectos afins sendo direcionados no campo de luta que são as redes sociais, e em especial o domínio potencial das bandeiras do liberalismo e do conservadorismo do espírito brasileiro, no Facebook. Nele, de cada dez frequentadores, oito são considerados de direita, ou seja, são pelo livre mercado, e pelo estado democrático de direito. Abominam e lutam tenazmente através do aludido canal de livre expressão contra o socialismo do governo petista que quer exatamente criminalizar e censurar a internet para os seus trevosos sonhos de escravizar a nação brasileira.

Sabemos o quanto, no campo dessa batalha pela liberdade, a luta do brasileiro foi importante na última eleição á presidência da república. O quanto foi fundamental o imenso terreno que se conquistou travando uma batalha grega pela liberdade, com um inimigo moralmente sujo, regiamente pago pelos recursos dos cidadãos e deles tomados á força pelo governo de lixo que “gerência” o país. Governo imundície que mobilizou bilhões em recursos roubados dos cidadãos pagando uma militância que mentiu e caluniou em todos os canais de comunicação, mercenários cevados com emprego público petista e escravos mentais da ideologia socialista. 

Sabemos o quanto é inspirador e importante para tomada de novos espaços nessa guerra, esse campo de luta conquistado. Sendo assim, que procuremos tomar posição para também ocupar terreno em todos os demais setores da sociedade.  Nos sindicatos, nas associações e igrejas cristãs, nas universidades, nas redações da imprensa, nos meios artísticos e formadores de opinião, na iniciativa privada, no operariado, nos produtores rurais, nas repartições públicas, no legislativo, judiciário e no executivo. Na família. Em todas as instituições. E elevar bem alto a vitoriosa bandeira da racionalidade, da decência e da liberdade que os sacerdotes da podridão comunista estão avermelhando. 

Continuemos conquistando espaço, e a vitória nessa guerra pela civilização nos sorrirá.

Ivan Lima, 64, é publicitário

*O PT foi formado embaixo da batina de padrecos cevados pela teologia da libertação marxista.