Por João Bosco Leal
Sem nos darmos conta, a vida vai nos transformando, nos moldando, e, quando resolvemos pensar sobre ela, percebemos que hoje somos pessoas bem diferentes do que já fomos um dia.
As transformações vão ocorrendo em diversos pontos, físicos, psicológicos, educacionais, e até dos conceitos morais, de modo que, quando percebermos, já não somos, e nunca mais seremos os mesmos.
Coisas que já foram moralmente inconcebíveis hoje são tratadas como normais, politicamente corretas, e as pessoas que não acompanharam essas mudanças é que se tornaram as exceções, apontadas como radicais, retrógradas, ultrapassadas e, em alguns casos até condenadas.
Em minha geração fomos criados de modo a dar importância para muitas coisas que hoje penso serem insignificantes. Moças não virgens, e mulheres separadas, eram apontadas como não dignas de convivência em muitos lares.
Atualmente, para o homem em busca de uma companheira, seria praticamente impossível o inverso, encontrar, de acordo com sua idade, jovens ainda virgens ou mulheres que não tiveram uma experiência matrimonial anterior.
Quando se busca um novo relacionamento, hoje não imagino a possibilidade, excetuando-se claro as jovens com excessos e perversões que se vê atualmente, de alguém dar importância, ou permitir que isso se torne motivo de impedimento.
No contexto profissional, ético ou moral, que importância teria se uma pessoa passou por uma experiência que não foi a que esperava, e resolveu mudar, melhorar.
Quantos entram em uma faculdade imaginando se formar em determinada profissão, e no meio do curso percebem que aquela não é o que pretende para seu futuro. A opção é abandonar o curso e voltar ao início, prestando um novo vestibular para um novo curso escolhido.
Provavelmente, nessa segunda tentativa, terá mais chance de acertar do que na primeira, pois talvez só tivesse pensado no retorno financeiro de determinada profissão, e agora já percebe que isso não é o suficiente, não é o que realmente busca, e que o completará.
Comercialmente, sempre que mudamos de emprego, de ramo de atividade e buscamos novos mercados, estamos em busca de mais lucros e de atividades que nos proporcionem maior prazer, pois só o lucro não nos satisfaz.
Penso que isso também passa a ocorrer com nossos conceitos sobre tudo, refletindo em nossos comportamentos diários, e em vários setores de nossas vidas, quando passamos a dar importância a algumas coisas e deixamos de nos importar com outras.
Comercial e afetivamente, deixamos de buscar lucros, satisfações, e prazeres momentâneos. Passamos a buscar parceiros que participarão de nossos planos e projetos futuros, de maior duração, quando há maior confiança, cumplicidade, e objetivos comuns.
Com o tempo, e com as transformações por que passamos, vamos, inconscientemente, selecionando aqueles amigos, os comerciantes e os parceiros com que pretendemos continuar nos relacionando, partilhando a vida.
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