Por Matheus Viana - Revista Profecia
Há entre os grandes latifundiários políticos e empresários angariados pelo Governo. No entanto, o agricultor que, no suor de seus esforços, conseguiu crescer e se tornar próspero é considerado vilão da igualdade agrária
No caso da reforma agrária, dois extremos são usados como sustentação de duas ideologias distintas: o latifúndio pelos progressistas (esquerdistas) e as invasões do MST pelos defensores da economia liberal. Bem no meio deste hiato está o agricultor.
Há entre os grandes latifundiários políticos e empresários angariados pelo Governo. Entretanto, o agricultor que, no suor de seus esforços, conseguiu crescer e se tornar próspero é colocado neste mesmo patamar e, por isso, considerado vilão da reforma.
Neste mote, os integrantes do MST são considerados os justiceiros. No entanto, a realidade que vemos nos vários assentamentos espalhados por todo o país mostra que este heroísmo não existe. Dados recentes da CNA (Confederação Nacional de Agricultura) revelam que o índice de produção nestes assentamentos não passa de 5%. Prova clara de que este motim nada mais é do que subterfúgio para desestabilizar a economia agrícola, uma das principais molas propulsoras de desenvolvimento do país, a fim de propiciar o colapso do liberalismo. Quanto mais terras nas mãos do MST, menor será a produção.
Este parece ser o intento por trás da “reforma agrária” proposta pelo MST. Basta vermos o embuste contido no PNDH-3 que descriminaliza as invasões de terra e, pior do que isso, cria medidas jurídicas que beneficiam o invasor. Se o Estado não pode, de forma explícita, desapropriar agricultores, cria e financia “movimentos sociais”, como o MST, para fazer o serviço.
É claro que o Estado brasileiro deve oferecer leis que facilitem a posse de terras para aqueles que querem, de fato, produzir. Pois o desenvolvimento do agricultor impulsiona a economia do país e vice-versa. É simples questão de lógica e coerência. Mas este tipo de raciocínio soa “liberal” demais e, por isso, não é condizente com os métodos revolucionários.
Já vi alguns progressistas cristãos afirmarem que as Escrituras condenam o latifúndio. Se for assim, os patriarcas Abraão e Jacó estariam em maus lençóis. É claro que qualquer mente, em sã consciência, é contrária ao latifúndio ilegal protagonizado por posseiros, grilheiros e afins. Todavia, não podemos usar esta regra para querer que agricultores, que conseguiram com trabalho árduo, justo e íntegro seu pedaço de terra, abram mão dele. Criminosos devem ser tratados como criminosos e sentenciados de acordo com seus atos, e trabalhadores como trabalhadores, e não como inimigos da igualdade agrária.
Um caso emblemático é o do hebreu Calebe (Josué 14:9). Por quarenta anos ele lutou e esperou pela sua porção. E depois que a recebeu não arredou o pé. Com certeza, se vivesse nos dias de hoje, seria execrado pelos progressistas de plantão que o chamariam de ‘latifundiário’, ou teria seu monte invadido em prol da “reforma agrária”. O que as Escrituras dizem sobre Samá (II Samuel 23: 11-12)? É isso aí! Ele defendeu seu campo de lentilhas como se fosse sua vida. Imagine se vivesse nos dias de hoje e visse suas terras sendo invadidas por membros do MST?
Reforma agrária? Sim. Mas não pelos métodos que a classe socialista tenta implantar. Ibiapaba Netto, colunista do jornal eletrônico Brasil 24/7, afirmou em seu artigo ‘A nova cor da esquerda’: “Longe das camisetas com estampas de Ernesto Che Guevara e mais distante ainda da foice e do martelo, símbolo que tanto assombro trouxe ao ocidente capitalista no século passado, essa nova geração verde é muito mais bem preparada que a vermelha anterior.”.
O colapso do império soviético, a precariedade econômica de Cuba e a abertura de mercado realizada pelo Estado Chinês provaram que o sistema de “economia planificada” proposta por Marx é completamente inviável. No entanto, tentam estabelecer todo o mosaico revolucionário por outras vertentes: a reforma agrária é uma delas, juntamente com o ambientalismo...
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