O anão diplomático voltou! Ou: Dilma, chega de nos envergonhar internacionalmente!
DANIEL RABETTI*
Durante a última operação militar Israelense em Gaza – para dar um basta aos lançamentos de foguetes do Hamas contra cidades do Sul de Israel, o governo brasileiro liderou os países da América do Sul na condenação precipitada e anti-semita de Israel. Não bastasse as notas diplomáticas e os discursos vazios, Dilma Roussef, ainda, chamou o embaixador brasileiro em Tel Aviv de volta à Brasilia.
“Esta é uma demonstração infeliz do porquê o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a sendo um anão diplomático”, disse na época o porta-voz do Ministério do Exterior israelense: Yigal Palmor. O adjetivo, muito bem empregado, nunca foi tão verdadeiro para representar a posição do Brasil em assuntos internacionais.
O mundo inteiro está perplexo com os brutais ataques terroristas na França, que mataram 17 pessoas: 12 funcionários da satírica revista Charlie Hogbe, 4 pessoas no supermercado judeu e uma policial. Porém, enquanto representantes oficiais de todo o mundo publicamente concederam seus votos de simpatia às famílias das vítimas, o governo brasileiro manteve-se calado até o último minutor.
Somente depois que o embaixador francês no Brasil implorou por uma declaração oficial da Dilma que seus assessores escreveram e publicaram, às pressas, palavras frias de condolências. O Brasil não só tem-se mantido calado referente a práticas terroristas, guerras civis, como o que ainda ocorre na Síria, e outras barbáries, como a repressão à opositores na Venezuela, como tornou-se apoiador direto aos direitos dessas organizações terroristas e governos totalitaristas de existir e agir à qualquer custo.
A última vez que Dilma falou na ONU, ela defendeu a ridícula idéia de que países ocidentais deveriam abrir diálogo com o Estado Islâmico para alcançar a paz no Iraque e na Síria, sugerindo que todos nós, simplesmente, deveríamos esquecer e perdoar a decapitação, estupro, massacre, tortura e escravidão que o EI está cometendo nesses países, além de reconhecer o califado como um Estado. No mundo utópico de Dilma, é suficiente apertar as mãos de terroristas, pedir para que parem o genocídio contra aqueles que diferem de sua ideologia e sair cantando what a wonderful world.
Apesar da rica cultura, maravilhosa paisagem e incrível povo, o atual governo conseguiu pintar um Brasil diferente para o mundo, tornando-o muito menos amigável em assuntos internacionais, fingindo-se de cego sobre o terrorismo, apoiando governos totalitários e demonstrando uma postura totalmente tendenciosa contra os EUA, União Européia, Israel e seus respectivos povos.
O anão diplomático voltou! E tudo indica que ele estará por entre nós por mais quatro anos, minimizando o potencial brasileiro, ofuscando sua riqueza e trazendo profunda vergonha para os brasileiros que não concordam com esta política externa extremista.
*Blogger no jornal The Jerusalém Post, Mestrando em Economia Financeira e professor e pesquisador assistente na faculdade IDC em Israel.
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