segunda-feira, 28 de março de 2011

Agora quem faz protestos são os estados...pode?

Por Klauber Cristofen Pires

Quem viu nos telejornais sobre o apagão da tal "hora do planeta"?  Se ainda não faltava ver mais nada na vida, me vem essa: agora quem faz protestos não são os cidadãos, mas os estados!...

O teatro de Sydney, o Big Bang, Cristo Redentor, a torre Eifell, a estátua da Liberdade, o Congresso Nacional....só deram monumentos públicos os que aderiram à  "hora do planeta", aquele cretino "protesto" alegadamente feito em favor da preservação da vida na terra, organizado pela organização não governamental "governamental" World Wide Fund (WWF).  Em Cuba, decerto, não houve a "hora do planeta", mas o "ano do planeta", ou a "vígília permanente do planeta"...

Uma pergunta a quem apagou as luzes do Cristo Redentor, da orla da praia de Copacabana e da Esplanada dos Ministérios: caros sujeitos, por acaso vocês têm aí em mãos alguma procuração em meu nome para se manifestar por mim? Ah, não? Mas quem os apagou arrostou-se representar todos os brasileiros, não foi? Como é típico da democracia participativa esquerdista: os voluntários são convocados!

Da minha parte, eu mesmo já tenho participado compulsoria e diariamente da "hora do planeta": graças à visão politicamente correta do jeito petista de governar, todos os dias falta luz em Belém. Pode exatamente não faltar em minha casa, mas em qualquer outro local estará faltando, o que me sugere um providencial "rodízio" entre bairros até que a Usina de Belo Monte comece a gerar seu primeiro kilowatt - e isto se vier!

Se é possível que deixemos de usar a eletricidade para salvar o planeta? Claro que sim. Eu não sei se vamos salvá-lo efetivamente, pois não vejo como índios podem interferir de forma benfazeja e propositada com a finalidade de evitar os cataclismas mundiais, ou pelo menos amenizar as secas e tempestades prolongadas. Parece-me que, se desejamos este propósito, temos de reunir tecnologia e recursos materiais. Entretanto, voltar a viver como antes do surgimento da eletricidade até que não é impossível: basta aceitar que devamos reduzir a população mundial em pelo menos 75%! Afinal, sem energia elétrica, não há UTIS, não há aeroportos, não há irrigação, não há fábricas, não há faculdades noturnas. vamos, lá, quem serão os primeiros? Eco-cretinos, vocês se candidatam? podemos escolher vocês como os primeiros voluntários? Sabe como é...para dar exemplo, para convencer terminantemente os indecisos...

Õpa, mas se é que estou bem lembrado, passei a hora do planeta assando uns nacos de carne vermelha em minha pequena churrasqueira elétrica, com a tv, o som e as luzes ligadas. Aliás, acho que neste momento a minha filha devia estar tomando banho (quente, claro), e a máquina de lavar provavelmente estava funcionando, enquanto minha esposa acessava a internet. Ah, claro a geladeira e o frezzer também...

Tem mais: vai ser sempre assim que eu vir o estado dando uma de estudante da UNE. Quem tem que protestar aqui sou eu, por pagar 42% (alíquota real) de ICMS pra ter luz em casa e de péssima qualidade, isto sim.

Um comentário:

  1. Prezado Klauber,

    O nome correto do monumento em Londres é Big Ben.

    Att.,

    Mario

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