- Correios, onde está minha encomenda? "- Não sei, não quero saber, e tenho raiva de quem sabe..."
Por Klauber Cristofen Pires
In most other
kinds of businesses the producer anticipates the wants of the
consumer and invents new ways of satisfying them; in postal affairs
alone the consumer has to clamor long before he gets the most simple
and obvious reforms; and, indeed, in spite of his special facilities
for clamoring . . . he often does not get them at all . . . The Post
Office, slothful in many directions, is vigorous only in this—that
when private persons are inclined to invest their time and capital in
the attempt to think out new ideas for the public benefit, the Post
Office warns them to desisti.
Alfred
Marshall, (Times, Londres, 24 de março de 1890)
No dia 25 de janeiro de 2012, efetuei uma
compra internacional pela internet, o que seja, um chapéu panamá
confeccionado no Equador. A transação, legal, foi paga pelo PayPal
e o vendedor, como prometido, postou o objeto no prazo.
Entretanto, desde o dia 06/02/2012, mais
especificamente, às 10h43min, não tenho tido nenhuma notícia da
entrega do meu bem, eis que se encontra parado na Unidade de
Tratamento Internacional de São Paulo/SP.
Hoje, dia 27/02/2012 – a previsão de
entrega, segundo o vendedor, é de quinze dias – entrei em contato
com os Correios para solicitar uma posição quanto à localização
ou a expectativa da data de entrega, reiterando igual atitude já
tomada na semana passada, quando então havia sido - por um próprio
atendente dos Correios - que uma nova informação no sistema de
rastreamento seria dada após 11 dias úteis da sua recepção no
Brasil.
Como os leitores já estão começando a
adivinhar, nenhuma informação foi registrada após o prazo
expirado, mas pasmem, hoje quem me atendeu me informou que os
Correios não têm a obrigação de informar, segundo a modalidade de
envio utilizada! Nem hoje, nem amanhã, nem nunca!
O que me foi oferecido foi um serviço de
busca, no qual eu deveria prestar informações que por ora não
possuo, como o nome e endereço do remetente. Eu já pedi ao vendedor
tais informações, mas isto é outra história.
O que pretendo com meu relato é
demonstrar aos leitores como somos tornados reféns dos prestadores
de serviços estatais, especialmente aqueles que exercem suas
atividades em regime de monopólio.
Ora, tendo oferecido o código de
rastreamento, é de convir que os Correios já tenham todas as
informações de que necessitam, inclusive os dados do remetente!
Ademais, é um verdadeiro absurdo que eu
é que tenha de tomar a iniciativa de solicitar a busca de minha
encomenda! Independentemente ou não de que tenha sido retido pela
Alfândega, o mero registro protocolar do objeto e a necessária
notificação ao remetente seriam obrigações óbvias deste que se
mostra um péssimo prestador de serviços.
Os Correios já chegaram a ser
considerados como a instituição mais confiável do país. Guardo
certa precaução contra tais pesquisas de opinião, especialmente em
um país onde os cidadãos não sabem o que são bons produtos e
serviços, por falta de opção – e pela proverbial tendência de
os órgãos públicos tomarem o lugar dos seus clientes quando o
assunto é julgar a qualidade de seus préstimos. Não obstante, nada
que já tenha sido ruim está isento de se tornar pior, como atesta o
nosso serviço estatal de entrega de cartas e encomendas.
iPETERSON,
Mary Benett. The regulated consumer. Green Hill
Publishers, Inc. Ottawa, Illinois. 1971. P. 22: “Na maioria dos
outros tipos de negócios o produtor se antecipa aos desejos do
consumidor e inventa novos meios de satisfazê-lo; Apenas nos
serviços postais o consumidor tem de implorar muito antes de
conseguir as mais simples e óbvias reformas; e certamente, a
despeito de suas facilidades (instalações) especiais para
reclamações...ele frequentemente não tem sucesso em nenhuma
delas...Os Correios, indolente em muitos assuntos, é vigoroso
apenas nisto – que quando os particulares estão inclinados a
investir seu tempo e dinheiro com o objetivo de imaginar novas
ideias para o benefício público, os Correios os advertem a
desistir.”
OLÁ KLAUBER.
ResponderExcluirE PENSAR QUE OS CORREIOS JÁ FOI UMA EMPRESA DE PONTA E QUE A QUADRILHA ESTÁ DESTRUINDO.
ABS DO BETOCRITICA.
São os vagabundos indicados pelos partidos chantagistas da "base aliada" que ocupam chefias para fazer negociatas e encher o bolso em detrimento da população. E o Ministério Público, bobinho que é, tá preocupado com os guerrilheiros mortos nos anos 70. Merecemos ?
ResponderExcluir