Aborto e eutanásia não dizem respeito à vida ou à liberdade do indivíduo, mas ao controle e engenharia social pelo estado.
Por Klauber Cristofen Pires
Hoje fui ao Blog do Sakamoto para ver quais foram os absurdos que ele andou escrevendo. Fazia já um tempo que eu não havia me dedicado a desmascarar suas falácias arrotadas sob o argumento de autoridade. Menos mal é que os amigos Luciano Ayan e Leonardo Oliveira têm se revezado comigo neste mister, e diga-se, com grande competência e estilo.
Para quem o desconhece, Leonardo Sakamoto, por ele mesmo, é “jornalista" (tem um blog no UOL) e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.”.
Agora vejam bem: ele é professor de jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ôôô, cadê os católicos da USP? Ou todos trocaram a imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo pela do purulento barbudo alemão? Então é assim: vocês empregam um sujeito que prega abertamente o aborto e a eutanásia, sem falar do comunismo, que também merece excomunhão automática?
Eu não tenho nada contra o direito do Sr Leonardo Sakamoto e nem de ninguém proferir suas tenebrosas ideias, desde que o façam em um fórum condigno. Mas numa universidade Católica? Os diretores, professores e alunos da PUC que são cristãos e que possuam um pingo de vergonha na cara têm o dever de exigir a revogação de seu contrato!
Ainda, como há muito tenho dito: respeito inteiramente o direito de alguém ser socialista e de declamar as suas convicções, segundo o direito universal de liberdade de pensamento e de expressão (Nos seus respectivos quadrados, bem relembrado). Entretanto, não confiro a esta gente o direito de sustentar suas alegações com base em mentiras e empulhações. O problema é que até agora não vi um só socialista, esquerdista, progressista, petista, comunista ou o diabo vermelho que seja que não faça uso da desonestidade intelectual como instrumento de persuasão.
No caso do Sr Leonardo Sakamoto, sua compulsão pelo logro é tanta que há de se perceber como ele mesmo acredita em suas próprias mistificações conscientemente forjadas com fim de induzir seus leitores - e consequentemente, seus alunos de cátedra – ao erro. Algo tão sintomático como o famoso dito do chefe do mensalão, José Dirceu “ - Estou cada vez mais convencido da minha inocência…”
Agora, vamos a alguns comentários sobre um de seus últimos textos. Olhem só este aqui: “Holanda fará Eutanásia em Domicílio. Por aqui, aliviar a dor é crime”.
Como vocês podem constatar, já no título ele induz o leitor distraído à confusão, levando-o a concordar que drogas letais “aliviam” a dor. Ora, aliviar a dor é atenuá-la. Se eu tenho dor de cabeça, tomo um analgésico e ela, a dor, é aliviada. Como pode uma droga letal “aliviar” a dor? O que se pode dizer, quando muito, é que esta interrompe um período prolongado de sofrimento, mas não que o próprio seja aliviado!
Sem muitas delongas, o trombeteiro dos cavaleiros do apocalipse elogia a Holanda por praticar a eutanásia em domicílio, em atendimento aos pacientes que alegam o desejo de morrerem lúcidos, enquanto no Brasil o tema ainda gera “olhares de repreensão e nojo em muita gente”. Como corolário da técnica herística da inversão do discurso, o japariba (mistura de “japonês” com “paraíba”, hehe...) vem com aquele papo de que “não é uma discussão sobre a morte, mas sobre a vida e sua dignidade”. Ah tá, me engana que eu gosto!
O que ele não diz é que é crescente o número de cidadãos holandeses que se mudam para a Alemanha e outros países para fugir de seus cruéis filhos que visam à herança e ao fim do sofrimento...deles, isto é, de cuidar de seus velhos! E o que ele também não diz é sobre o grande número de pessoas que sob os pretextos mais imaginativos pretendem cometer não a eutanásia, mas o suicídio assistido, haja vista suas consideráveis probabilidades de se tratarem.
Agora imaginem a eutanásia liberada em solo sob a jurisdição do SUS! Estaria resolvido o problema da superlotação dos hospitais públicos, não é mesmo? Que tal delegarmos ao mesmo órgão que deve cuidar da saúde a prerrogativa de controlar a sua própria demanda?
Não se enganem: aborto e eutanásia nunca teve nada a ver com liberdade do indivíduo, este ser que inexiste em uma sociedade estatizada. Trata-se apenas de instrumentos de controle e de engenharia social. Em uma sociedade onde os cidadãos se vêm dependentes do estado para tudo, ele é que decidirá quem pode nascer e quem deve morrer. Dissidente do regime? Eutanásia. Filho de dissidente? Aborto! Síndrome de Down? Se vivo, injeção letal; se feto, sucção AMIU!
Há uma frase cabal para explicar bem o que o “nosso” japonês (parece que os deles ainda são melhores que os nossos, infelizmente...) pretende fazer valer: nas sociedades livres, se há dez cabeças e nove chapéus, fabrica-se mais um chapéu; nas sociedades socialistas, corta-se uma cabeça! Deu bem pra entender o recado?
Quando eu era criança, nutria certa dúvida quanto à assertiva de que Jesus Cristo liberta. Ouvia isto como uma frase de efeito, algo de marketing. Hoje, na infância da minha velhice, percebo o quanto mais livre um cristão é, frente àqueles que preferem fugir do sofrimento ao invés de enfrentá-lo. Sim, porque o sofrimento nos acomete a todos, queiramos ou não.
Por exemplo, o casamento tem sim, muito de sacrifício, especialmente passados aqueles deslumbrantes anos iniciais. Mas é ele quem protege e educa as crianças, fornecendo a elas o direito a um lar cheio de amor. E todos nós fomos crianças um dia. Da mesma forma, o dever de estar ao lado do doente terminal nos rouba os momentos de lazer, mas quanto de verdadeiro alívio se encontra na alma daquele que se despede da vida ao sentir-se acolhido por seus próximos?
Jesus Cristo veio para oferecer vida em abundância e para todos, e o modo cristão de viver garante isto, de fato. Mas que garantia de vida e dignidade há em delegarmos ao estado o poder de interromper a vida de nascituros porque malformados, ou de uma raça minoritária, ou filho de uma classe social considerada desnecessária? Que garantia de vida há em ver crianças sem pai e mãe sendo conduzidas por burocratas que só têm números na boca e ódio no coração? Que garantia de vida há em você ficar doente e o estado optar pela eutanásia para cortar custos ou se livrar do sujeito indesejado?
Caros leitores: não hei de descansar enquanto não constatar que esse militante de sua espúria doutrina esteja desacreditado perante aqueles que se encontram sob sua esfera de influência, e vou fazer isto simplesmente assim, isto é, denunciando suas inverdades e engodos. Vai dar trabalho? Não me importa...ainda vou vê-lo praticar haraquiri à moda baiana, hehe...
Por favort, pare de daR CARTAZ PRA ESSE vagabundo!
ResponderExcluirEu acho que o sofrimento aliviado não é só o da pessoa, mas também de sua família.
ResponderExcluirSobre a questão colocada dos cidadãos holandeses que se mudam para Alemanha para "fugir" de seus cruéis filho, apenas um comentário: CARÁTER NÃO SE ENSINA!
Querido, existem milhões de pessoas no mundo, motivações, personalidades e individualidades.
Eu, como estudante de jornalismo da PUC, e também integrante de uma tradicional família católica posso dizer: o casamento realmente pode ajudar na educação de uma criança, mas não é um fator determinante. Conheço muitas pessoas maravilhosas que os pais são separados ou que nunca conheceram sua mãe.
O que quero dizer, e gostaria que você pensasse ao menos um segundo neste comentário antes de deletá-lo, é que os seres humanos são individuais e suas motivações e vontades são intransferíveis. Apesar de ser um "crime" para a igreja isso não significa que outra pessoa concorde e queira seguir a moral católica.
A sociedade avançou, as coisas mudaram, não podemos continuar com um pensamento arcaico do século XIX, que infelizmente é praticado pela igreja.
E se formos julgar as pessoas por seus pensamento e atitudes tenho conhecimento suficiente para julgar qualquer padre, bispo ou integrante da diocese de assassino e interesseiro? Porque as atitudes da igreja no passado me mostram isso, mas isso não significa que isso permanece.
ABRA A CABEÇA E COMEÇE A ENXERGAR A SOCIEDADE COMO ELA REALMENTE É!
O HOMOSSEXUALISMO SEMPRE EXISTIU!
MUITAS MULHERES SOFREM E ATÉ MORREM POR CAUSA DAS CLÍNICAS ILEGAIS DO ABORTO! (e se você pensar, o corpo aborta naturalmente, porque não posso escolher o que quero para mim?? A discussão do aborto deve ser feita por MULHERES e não homens que jamais passarão por isso)
O COMUNISMO É UMA FORMA DE PENSAR E NÃO UM PACTO COM O DIABO!
DROGAS ILÍCITAS SEMPRE EXISTIRAM! (e milhares de pessoas são prejudicadas anualmente pelas drogas legais como álcool e tabaco. Por que não liberar drogas com aspectos positivos e controlados?)
Em quanto você está seriamente preocupado com o que um professor (muito bom diga-se de passagem) pensa, está esquecendo do sofrimento de milhares outras que merecem atenção.
REFLITA! AVANÇE! SE ATUALIZE!
Porque o tempo não vai parar. Ele vai avançar e as coisas vão mudar independente da vontade da igreja (que ainda bem não manda mais por aqui, apesar de ainda ter grande influência).
Espero que tenha lido tudo, tenha se revoltado tanto quanto eu quando li o seu texto e que tire conclusões positivas disso como eu!
Bom, se o contrato do "professor abortista" tem que ser cancelado, o mais apropriado então é cancelar o contrato de todos os alunos que pagam em dia suas mensalidades, mas pensam que a universidade é, acima de tudo, um lugar para expor ideias.
ResponderExcluirSe a PUC não deve pagar a quem é abortista, o melhor será que os alunos que discordam das doutrinas católicas parem de pagar suas mensalidades e saiam da universidade, certo?
Que seja feito! E muito em breve a Instituição de Ensino ligada ao Pontífice irá a falência...
Mas, enfim, todos nós somos - e devemos ser - livres e cada um briga por seus ideais. Os senhores dão audiência ao blog do Sakamoto e nós, alunos, damos audiência para os blogs de vocês.
Vocês se preocupam em tirar a voz dissonante do convívio da universidade. Nós nos preocupamos em criar um ambiente de livre discussão, um celeiro de conflitos saudáveis para a gestação de um futuro pensante e decente... É, cada um com seus problemas...