Foi uma chuva forte? Sim, foi; daquelas gostosas, boas pra se curtir um bom café e namorar bastante. Entretanto, em Belém, a chuva, aquela quase que abrupta queda d'agua pra nos refrescar do verão e nos fornecer estes singelos prazeres, é apenas fonte de aborrecimento e prejuízos.
Quanto durou? Trinta minutos. Só. O bastante, todavia, para alagar ruas o ocasionar mais um blecaute (ou digo apagão?). Os semáforos desligados e o caos no trânsito a atrasar os compromissos das pessoas. Tomara que nenhuma delas estivesse em uma ambulância àquela hora, nos 17 bairros atingidos.
Belém não precisa de chuvas para ter o seu apagão diário. Elas apenas são um componente a mais neste país onde pagamos mais de 40% de impostos para tê-la, mal e porcamente, em casa ou no nosso negócio, para qualquer chuva de verão nos dizer que é uma porcaria.
O que anda por trás deste sofrível serviço pouco é denunciado: a aposta no sistema estatal de produção. A grande verdade é que durante décadas, mais precisamente desde o fim dos governos militares, os investimentos em fornecimento e distribuição de energia praticamente inexistiram. As cidades - não só Belém - praticam o rodízio entre os bairros para não torrar o barramento e deixar de vez todo mundo no escuro. Como é que vou poder falar mal de Cuba assim?
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