Por Klauber Cristofen Pires
Os jornais de hoje estão publicando o constrangimento do MEC com as notas incrivelmente baixas e o altíssimo nível de evasão escolar.
Qual a sugestão dada pelos "especialistas"? botar os jovens para estudar na escola. Traduzindo: mais do mesmo! Arre!
Isto me faz lembrar o período do estudo obrigatório, quando eu era aluno do Colégio Militar. Eu não conseguia estudar. O sargento nos trancava numa sala, à tarde, e o calor, depois do almoço, só me deixava tonto. Ademais, o conversê dos outros desinteressados atrapalhava a pouca vontade de quem estava interessado. Olha lá, quer saber? Eu não estudava somente porque o tal do estudo era "obrigatório".
Se eu fui um bom aluno? Terminei Como Tentente-Coronel-aluno, isto é, em terceiro lugar da minha turma. Porém, eu me dedicava a estudar com afinco depois do jantar, quando a temperatura (estou falando de Manaus) permitia ao menos respirar.
O mais fascinante é também o mais óbvio: talvez pela primeira vez, ou porque pela primeira vez indagados a se pronunciar a respeito, os jovens estão sendo muito sinceros com relação às suas ausências: uma pesquisa recente informou que mais de 21% dos estudantes informaram simplesmente que não quiseram comparecer.
O segundo grau é um tremendo vazio na vida de qualquer pessoa. São três anos da vida perdidos para o planejamento estatal. Quando eu estudava, eu era "o cara" da Química Orgânica. Eu sabia declamar a fórmula da gasolina e de todos aqueles etanóis, benzenos e toluenos. Pra quê? Por acaso eu fabrico gasolina ou álcool em casa?
Graças a Deus, fui poupado da Sociologia e da Filosofia, os pretextos modernos para a doutrinação ideológica. Não, não vou culpar os jovens! Fazem é muito bem! Biologia tornou-se pregação eco-fanatista e até a mera Matemática contém aulas de cidadania!
Os jovens que manifestaram o seu desinteresse parecem mostrar um pingo de bom discernimento. Proclamaram com isto a liberdade que lhes faz ver o quanto cínica e dissimulada está se tornando esta sociedade estatista em que vivemos. Quanto mais falamos em democracia, masi os cidadãos de bem são enquadrados. Quanto mais falamos em cidadania, mais os hospitais públicos são depauperados.
Os estudantes coreanos, ao contrário dos brasileiros, são extremamente aplicados. Mas eles sabem o que estão estudando, e para quê estão estudando, e sabem também a diferença que podem fazer na vida com o estudo que agora recebem. Eles têm uma educação livre e objetiva.
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