Vejam esta, do Diário do Pará: Cerca de 80% das mais de cinco mil escolas em todo o Estado funcionam de forma irregular, por não possuírem todos os documentos legais para existirem. Com isso, não podem emitir certificados de conclusão de ensino.
Hoje vivemos em tal estado hiperbólico de escândalos que números assim pouco comovem a popualção.
Vivêssemos em uma sociedade realmente livre, um número de 10% de escolas irregulares já seria um dado pra lá de preocupante. Todavia, aqui a abordagem é outra: não estou a criticar as escolas, mas o estado! Afinal, se 80% dos estabelecimentos de ensino não conseguem se regularizar, é porque o nível de exigências paira muito acima do razoável para o seu registro de funcionamento. Eis aqui o clássico caso onde o ensino serve à burocracia, quando ela é que deveria servir ao ensino.
Vamos, leitores, convido todos a voltarem à essência das coisas: o que é necessário para se ensinar alguém? Que tal alguém que simplesmente saiba algo e que se predisponha a transmitir o seu conhecimento?
Nos jornais de hoje, Lula anda se gabando de um programa de seu governo que promete um computador para cada aluno. Grande! Eu quero é saber se eles estão aprendendo a escrever um recado ou fazer corretamente uma conta de divisão.
Acompanhando as lições da minha filha, tomo conhecimento de que as crianças não fazem mais redação: agora dá-se o nome de "produção de texto", assim, como a burocrática técnica de se erguer uma parede. O termo parece mesmo ideal para um futuro próximo onde os sonhos e as aspirações de beleza já terão cedido todo o espaço para os ofícios, memorandos e atas.
Tanta burocracia e levamos a fama de país mais burro do mundo! Tanta burocracia e as escolas públicas mal se diferem dos presídios - ambos têm as mesmas instalações, ensinam as mesmas coisas, e são chefiados pelos mesmos marginais.
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