quinta-feira, 22 de julho de 2010

Retratos da loucura disseminada

Por Klauber Cristofen Pires

Diz Rothbard, em Ethics of Liberty, que é logicamente impossível a um indivíduo oferecer-se em escravidão, haja vista o seu próprio ato voluntário e, portanto, soberano, de agir. Parece que os brasileiros andam a desafiar a teoria...
Talvez o leitor estranhe o título deste texto, de modo que já inicio por justificar-lhe. Mesmo que todos nós, brasileiros, estivéssemos loucos, ainda assim o seríamos cada um de per se, isto é, como indivíduos, de modo que resisto à ideia de usar a expressão mais consagrada "loucura coletiva".

A recente proposta de lei da palmada suscitou em mim a necessidade de dar algumas mostras de como muitos brasileiros têm se deixado levar por raciocínios exdrúxulos e até mesmo contraditórios. Dizem os especialistas - os psicólogos e psiquiatras - que apresentar ao doente mental o diagnóstico de seus distúrbios, em grande parte já se constitui na sua cura. É o que tentarei fazer aqui, nas próximas linhas.

Refiro-me à proposta de lei da palmada para remeter o leitor ao caso da mãe que declarou, em uma reportagem do Fantástico (1), tal como comentei em outro artigo anterior, que aplicava, sim, a palmada em seus filhos, mas que considera correto que haja uma lei que a proíba de agir assim! Em outras palavras, ela sustenta que precisa ser coagida a fazer aquilo que faz para não tornar a fazê-lo! Isto não é um sintoma grave de perturbação psíquica?

Agora vejam esta: desde quando demonstrei que o FGTS (2) é, de fato, uma forma de empréstimo compulsório que o trabalhador paga ao governo, inúmeras pessoas têm contra-argumentado que o referido instituto é necessário por se constituir em uma "poupança forçada"! Só para termos uma ideia mais clara deste absurdo, lembremos que no mercado existem vários planos de capitalização contratuais que proíbem as retiradas antes do tempo pré-estabelecido, e que remuneram  - olha lá - muitíssimo mais do que os parcos 3% de juros do FGTS! Alguns bancos, inclusive, praticam estes investimentos mediante débito automático em conta! Ora, valha-me Deus! Como pode então alguém defender que carece de confiscarem o seu dinheiro para poupar, quando pode fazê-lo por livre e espontânea vontade? Que nome se dá a este tipo de insanidade?

Vamos agora a um terceiro estudo de caso: o cinto de segurança não se constitui - absolutamente - em um dispositivo que evita os acidentes. Sua função é proteger  os ocupantes de um veículo de um acidente que, de fato, tenha ocorrido, ou pelo menos, minimizar-lhes os danos. Todavia, quando solicitadas a prestar opinião, muitas pessoas aplaudem a lei que aplica multas a cidadãos que decidem  - por qualquer motivo  - não usar o equipamento, e isto implica sujeitar elas mesmas a tal lei. Ora, por quê acham que precisam de uma multa para algo que concordam espontaneamente em usar? E porquê acham que os outros precisam ser multados, se isto não vai significar que os acidentes sejam impedidos ou reduzidos, ou, segundo um raciocínio mais amplo, não lhes afeta em nada as suas vidas?

O mais interessante é que o uso obrigatório do cinto de segurança obedece a uma grosseira estatística: alguns dizem que o cinto responde por 70% a 80%. Assumamos que seja de 95 a 99%, isto não importa. O fato é que, para qualquer que seja a percentagem das pessoas que declinam do uso do cinto de segurança, a típica decisão estatal  de seguir a linha da solução única acarreta-lhes estarem de antemão predestinadas à morte. Então pergunto: Se um guarda de trãnsito flagra uma pessoa que salvou-se de um acidente por não ter se valido deste dispositivo, ele deverá multá-la ou ainda, "providenciar o seu óbito", para fazer valer a lei?

Quanto ao fumo? Pode parecer incrível, mas já conheci inúmeras pessoas fumantes (!) que dão respaldo às campanhas estatais contra o tabagismo, inclusive à lei que agride o direito de propriedade para obrigar os fabricantes à veiculação daquelas indecorosas imagens nas carteiras de cigarro. Mais incompreensível ainda, elas apoíam plenamente a imposição de alíquotas tributárias mais altas para o produto, a pretexto de dificultar-lhes o acesso ou financiar o SUS. Será que louco sou eu?

Só para terminar, aproveitando o tema do fumo, que aqui incluo entre todos os outros que já citei acima: muitos cidadãos desta terra acham perceitamente justificável ao estado tutelar as suas vidas, proibindo a els mesmos isto ou aquilo, com base nos custos que o sistema de saúde há de ter com a possibilidade de ter de tratá-los futuramente. Ora, desde quando um plano de saúde  - especialmente o público, que não canso de repetir  - é vagabundo e corrupto - tem o direito de viver a minha vida, e ainda mais, quando sou obrigado a pagar por ele? Vejam bem, mais uma vez: primeiro me obrigam a pagá-lo, e depois, já que ele existe e pago por ele,  me obrigam a viver a minha vida segundo as prescrições dele, como se meu corpo fosse de sua propriedade, e não minha! O que é a loucura, afinal?

Bom, fecho aqui, sem no entanto, esgotar os casos que, de tantos, ocupariam um tratado. Fique a lição, para quem teve um relance de lucidez. Até a próxima!


2  - Para quem não leu sobre as minhas críticas ao FGTS e tiver curiosidade, leia os artigos "O FGTS é um empréstimo compulsório" e "FGTS: quantificando o roubo"

3 comentários:

  1. Embora seja muito mais liberal que o colunista, sou obrigado a lhe explicar algumas coisas que ele não entendeu e vão contra suas idéias: as pessoas não gostam do plano de capitalização privado porque se a empresa quebra, perdem o dinheiro, já o governo nunca quebra, alguém acaba pagando o pato, diretamente as empresas e indiretamente toda a população, minimizando o prejuízo individual. Quanto ao cinto: as pessoas são adeptas da multa porque normalmente um acidente envolve outro carro, se o sujeito se ferir por não estar usando o cinto, pode o outro motorista ter que indenizá-lo, principalmente se for rico e o outro pobre, mesmo que o culpado seja o pobre, afinal "ele pode pagar", coisa comum na Justiça (??????????) brasileira. Por mim, não existiria FGTS, CLT, ou aposentadoria, cada um que se vire. Se tentar roubar, vai para a cadeia com trabalhos forçados para pagar sua estadia e indenizar a vítima.

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  2. Achei este texto nos comentários de um site. Procurei no google e não consegui achar nada. Vc tem conhecimento disto:

    È triste vermos nosso país ser governado por um louco rodeado assassinos e terrorristas aposentados(?) mas que tudo fazem para instalarem uma nova União Soviética através do Foro de São Paulo, com o dinheiro dos nossos impostos, que por uma estranha singularidade, os mais altos deste planeta. Não falo do juros estratoféricos para gaudio da oligarquia financeira transnacional que por aqui faz lavagem de dinheiro.

    Um relatório preparado por alguns peritos psiquiátricos em 2008, que por meio de vídeos, gravações e em exposições públicas (avaliações in-loco), considerando as infalíveis e desconexas oratórias do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, diagnosticaram :que o atual "chefe da nação" e "comandante-supemo" das FFAA, se submetido a uma Junta Pericial Psiquiátrica, deveria sofrer interdição imediata por absoluta incapacidade civil (restrição legal ou judicial ao exercício da vida civil por :-incapacidade de avaliar plenamente a realidade e de distinguir o lícito do ilícito),

    - além de apresentar claros sinais de uma personalidade psicopática,

    -apresentando sintomas de “Narcisismo Maligno” (incapacidade em estabelecer relações que não sejam exploradoras,

    -incapacidade de identificar valores morais,

    -incapacidade de compromisso com os outros e inexistência de sentimentos de culpa,

    -como também apresenta uma permanente disposição para atos hostis e agressivos com seus discordantes), tal psicopatia desdobra-se em utilizar :

    - o encanto pessoal e, conseqüentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência e através deste encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada, além de utilizar a mentira como uma ferramenta de trabalho.

    Normalmente está tão treinado (neste caso o treinamento durou mais de duas décadas) e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada, ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, etc.

    Sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, a seu personagem do momento, de acordo com a circunstância, seus interlocutores ou do público ao qual esteja se dirigindo.

    Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

    Enfim, como todos os psicopatas ele é portador de uma grande insensibilidade moral, faltando-lhe totalmente juízo e princípios de decência, do mesmo modo que é totalmente desprovido de qualquer noção de ética.

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  3. Achei este texto nos comentários de um site. Procurei no Google e não encontrei nada. Vc viu algo sobre isto?

    È triste vermos nosso país ser governado por um louco rodeado assassinos e terrorristas aposentados(?) mas que tudo fazem para instalarem uma nova União Soviética através do Foro de São Paulo, com o dinheiro dos nossos impostos, que por uma estranha singularidade, os mais altos deste planeta. Não falo do juros estratoféricos para gaudio da oligarquia financeira transnacional que por aqui faz lavagem de dinheiro.

    Um relatório preparado por alguns peritos psiquiátricos em 2008, que por meio de vídeos, gravações e em exposições públicas (avaliações in-loco), considerando as infalíveis e desconexas oratórias do Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, diagnosticaram :que o atual "chefe da nação" e "comandante-supemo" das FFAA, se submetido a uma Junta Pericial Psiquiátrica, deveria sofrer interdição imediata por absoluta incapacidade civil (restrição legal ou judicial ao exercício da vida civil por :-incapacidade de avaliar plenamente a realidade e de distinguir o lícito do ilícito),

    - além de apresentar claros sinais de uma personalidade psicopática,

    -apresentando sintomas de “Narcisismo Maligno” (incapacidade em estabelecer relações que não sejam exploradoras,

    -incapacidade de identificar valores morais,

    -incapacidade de compromisso com os outros e inexistência de sentimentos de culpa,

    -como também apresenta uma permanente disposição para atos hostis e agressivos com seus discordantes), tal psicopatia desdobra-se em utilizar :

    - o encanto pessoal e, conseqüentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência e através deste encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada, além de utilizar a mentira como uma ferramenta de trabalho.

    Normalmente está tão treinado (neste caso o treinamento durou mais de duas décadas) e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada, ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, etc.

    Sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, a seu personagem do momento, de acordo com a circunstância, seus interlocutores ou do público ao qual esteja se dirigindo.

    Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

    Enfim, como todos os psicopatas ele é portador de uma grande insensibilidade moral, faltando-lhe totalmente juízo e princípios de decência, do mesmo modo que é totalmente desprovido de qualquer noção de ética.

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