Por Ivan Lima
A guerra cultural comunista empreendida contra as
instituições ocidentais para destruí-las tem sido exitosa. Até aí, nada de
novo. Embora sempre faça lembrar que ainda não se perdeu de todo a aludida
guerra. E que a sobrevivência e vitória final da civilização depende da luta de
cada um de nós, nosso denodado empenho para salvá-la, onde estivermos.
Como sabemos, foi Antônio Gramsci quem refinou com método e
dando efetivo caráter cultural e filosófico a essa guerra, privilegiando-a
sobre todas ás outras estratégias como por exemplo a luta armada, que de certa forma
o projeto coletivista demoníaco de Marx e Lenin passou a se espalhar como um
câncer na alma ocidental, envenenando-a, aos poucos.
Na sua guerra cultural contra a civilização, Gramsci elegeu
a educação, a família, e a religião como alvos pilares que deveriam ser
destruídos no seu pensamento e cultura ancestrais.
Com a degradação dessas e outras instituições e seus
valores, e através das gerações, se chegaria, segundo Gramsci, a dominação completa dos
indivíduos na sociedade, com a implantação de um pensamento único e uma nova
ordem mundial.
Mas Gramsci fez questão de ressaltar que para o êxito desse
projeto de destruição da civilização ocidental era preciso primeiro destruir a Igreja
Católica e a família.
Sendo indissoluvelmente unidas pelo sentido da
transcendência que ambas instituições possuem ainda que de fontes espirituais e
culturais aparentemente distintas, uma com raízes históricas datadas ainda que com
distinto caráter de revelação e outra substancialmente antropológica embora
igualmente espiritual, no entanto, cabia, exatamente pela espiritualidade que
une ambas, dar imensa importância nessa guerra à destruição da
Igreja Católica.
Nesse sentido, e após eleger as razões da forte
fundamentação ao longo do tempo da Igreja Católica no seio social através da racionalidade e da
ética, Gramsci passou a elencar as principais armas para destruí-la no
empreendimento de sua diabólica guerra cultural:
Principalmente, recomendou, trabalhar para desprestigiar a
igreja ao máximo possível com a desqualificação de sua doutrina conservadora de
espiritualismo. Apresentá-la em sua ancestralidade racional e espiritual como algo
que precisa ser fundamentalmente modificado, desde sua doutrina espiritual
substituindo-a pela doutrina do materialismo socialista do igualitarismo,
passando pela degradação de ritos, missa, e popularização, nivelamento por
baixo, de seus membros hierárquicos.
Sucintamente: aliada
ao trabalho do câncer destruidor disseminado na destruição da família,
mostrando-a à exaustão como uma instituição anacrônica, incapaz de
educar, e elegendo o estado como substituto dos país, mediante a massificação
do ensino na “nova cultura” e inserção de valores subversivos através da
apologia à pobreza e coletivismo, essa é a essência da guerra
cultural marxista/gramcista para destruir a Igreja Católica.
O que fazer? O que todo combatente tem de fazer em toda
guerra: lutar. E, numa batalha, se procura essencialmente ocupar território,
espaço. Claro, como essa é uma guerra de ideias presente em todas as áreas de nossas
vidas, temos que lhe dar combate onde as armas do inimigo se apresentar. E,
lhes dar combate exatamente onde o mal está infiltrado nas instituições família, educação e Igreja.
Primeiro,
protegendo e alertando nossos filhos e netos, infundindo-lhes fortemente a
cultura do conservadorismo de costumes da educação, família e igreja
ancestrais. Passando ás novas gerações o ensino de que a maior arma do espirito humano é a
razão. Que só o indivíduo pensa e constrói, e o coletivismo empobrece e
escraviza. De que a família e seus valores tradicionais de moralidade e união
na divisão de tarefas voluntárias fortalece a individualidade e faz rapidamente prosperar a
sociedade de trocas. E de que a transcendência inspiradora da Igreja cristã juntamente com a ética nascida do
trabalho, e a educação dos país é que verdadeiramente espiritualiza e faz o homem
tomar o caminho da retidão moral.
Segundo, e no que tange à nossa participação
nos caminhos da Igreja: infundir em contraposição ás ideias “progressistas” de
descaracterização nela presente, as ideias conservadoras e espirituais do
ateísmo sem utopia igualitária e solidariedade obrigatória. Confrontar à doutrina
esdrúxula da opção preferencial da igreja satânica pelos pobres ao argumento de
que Jesus sempre ditou o sentido espiritual dos seus ensinamentos a ricos e
pobres, doentes e sadios, brancos e negros, inteligentes e mongoloides. Nunca
disse que pobres deveriam odiar, matar e expropriar ricos.
Terceiro, contestar e dar combate sem tréguas as ideias
anticristãs abomináveis de entidades diabólicas como a CNBB infiltrada na
Igreja Católica, que vivem pregando a luta de classes, a destruição do bem
estar e liberdade humana através da demonização do mercado, e sua substituição
pela escravidão do assistencialismo estatal. Paralelamente, exigir padres com ideias conservadoras, práticas conservadoras, e fundar associações cristãs voltadas somente á espiritualidade do ser humano, deixando-o livre á sua consciência e sentido político inerente ao ser humano em suas relações sociais.
Nessa consciência de luta, residirá a fundamentação para a
retomada da espiritualidade pela Igreja Cristã de qualquer denominação. Porque
o sentido da religião é a transcendência e não a destruição do bem estar e da liberdade
humana.
Não vamos deixar os ateus vencerem.
Ivan Lima, 64, é publicitário.
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