terça-feira, 31 de agosto de 2010

Enquanto nós só desconfiamos das pesquisas, o PT ajuiza ação contra elas (lógico, quando não lhes são convenientes)

Por Klauber Cristofen Pires

Prezados leitores,

Sempre acompanho a coluna do jornalista Reinaldo Azevedo, que se ocupa bastante em interpretar os dados dos institutos de pesquisa. O famoso jornalista é, via de regra, bastante analítico quanto aos resultados de todas as consultas, e embora tenha colocado em dúvida alguns métodos, costuma acatar os dados tal como apresentados. Assim também ocorre à oposição ao PT e aos demais analistas em geral: respeito, precaução e comedimento (ainda que se sinta um certo cheiro estranho no ar, se bem me entendem). 

Já da parte do PT, dispensam-se tais frescuras: plenamente convicto da legitimidade de que tem posse sobre o controle da opinião pública, se os números não lhe agradam, desce logo o sarrafo judicial. É como o marido malandro, que sempre desconfia da sua esposa honesta; afinal, ele a vê com os seus olhos sujos.


Mesmo com invejáveis 33% de intenções de voto manifestadas pelas pessoas entrevistadas, o que lhe põe em segundo lugar, a governadora Ana Júlia Carepa, do PT, cuja gestão se tornou mais famosa por suas aventuras coletivas pagas com dinheiro público, a empossar como assessores gigolôs, dançarinas, cabeleleiros, esteticistas e manicures, não admite tanta rejeição por parte do público, e questiona oficialmente a metodologia do Ibope, além de pedir a censura da divulgação dos resultados!

Por exemplo, o PT deste estado reclama que a pesquisa não deu atenção ao campo; ora, se fez assim, agiu muito em seu favor, pois os milhares de trabalhadores da indústria madeireira que restaram desempregados da região de Breves por seu apoio à máfia do Greenpeace não querem ver esta sujeita nem pintada de ouro. Muito menos os vitimizados por sua cumplicidade com o MST, a ponto de ter decretado a proibição de a PM intervir em questões rurais, gerando o mais amplo banditismo impune e o clima reinante de insegurança nas áreas agrícolas.

Pois acompanhem abaixo a reportagem extraída do site do jornal O Diário do Pará, para verem por seus próprios olhos:


Acelera Pará tenta impedir uso de dados do Ibope

A “Frente Popular Acelera Pará”, coligação da candidata Ana Júlia Carepa à reeleição entrou na Justiça mais uma vez contra a divulgação da pesquisa Ibope/TV Liberal, cujos números vieram a público ontem.

O objetivo dessa nova ação é impedir que outros veículos de comunicação repercutam os dados e, principalmente, evitar que os resultados sejam utilizados no horário eleitoral gratuito.

Na pesquisa, Ana Júlia aprece em segundo lugar com 33% das intenções de voto. O candidato tucano, Simão Jatene, é o primeiro colocado com 43%. Domingos Juvenil do PMDB viria em terceiro com 6%. Cleber Rabelo do PSTU e Fernando Carneiro do Psol estariam empatados com 2%.

Em nota distribuída ontem à imprensa, a Acelera Pará, elencou uma série de itens que, segundo os assessores de Ana Júlia, poderiam comprometer os resultados da pesquisa.

DESVIO

“Pelas avaliações técnicas que recebemos, há fortes indícios de um desvio da mostra de 812 eleitores ouvidos pelo Ibope. Aparentemente, a pesquisa se concentrou na Região Metropolitana de Belém, desrespeitou proporcionalidades em algumas cidades e praticamente excluiu a área rural do estado, onde Ana Júlia tem desempenho maior”, diz o coordenador executivo da campanha de Ana Júlia, André Farias, para quem “a divulgação da pesquisa pode induzir o eleitor a erros de avaliação acerca da real situação eleitoral no Pará”.

Responsável pelo marketing da campanha de Simão Jatene, o publicitário Orly Bezerra diz que a boa posição do tucano já era espera pelas sondagens internas feitas pela equipe do candidato. Para ele, a diferença em favor de Jatene em relação a Ana Júlia não pode ser inferior a 12 pontos.

Ele afirma que os números não irão provocar alterações nos rumos da campanha. A ideia, afirma, é comparar os quatro anos do governo de Jatene ao período em que Ana Júlia esteve à frente do governo.

Alexandre Marins, coordenador da campanha do candidato Domingos Juvenil recebeu com ceticismo os números do Ibope. Para ele, o Instituto “já começou errando no Pará”. A avaliação de Marins é de que o candidato do PMDB já tinha em torno de 15% das intenções de voto. Marins informa que o candidato já pediu cópias dos questionários ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O material será avaliado e o PMDB não descarta ação judicial contra a pesquisa. “É meio complicado ficar contestando pesquisa. Se houver erros, o melhor é ir à Justiça”. (Diário do Pará)

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