460
mil índios já possuem 12,41% do Brasil, mas eles querem ainda mais.
Por
Klauber Cristofen Pires
Em
um ínfimo quintal, de menos de cem metros quadrados, meu pai
produzia legumes e hortaliças por mero diletantismo, e a produção
era tanta que a certo ponto ele era obrigado a distribuir para os
vizinhos e até para quem passasse pela sua rua, para que não
amargassem. Há certos vegetais, como a abóbora e o chuchu, sobre os
quais é mais correto dizer que se controla do que se cultiva, porque
eles tendem a virar uma praga.
Não
sou um especialista no campo, mas estimo que uma área com um mínimo
de 1.500 metros quadrados, algo como um terreno de 30m x 50m, já seja suficiente para alimentar uma
família, com cultivo de cereais, como o milho e feijão; de tubérculos, como
batata e mandioca; de legumes e hortaliças diversos e com a criação
de galinhas e peixes, porcos, cabras e ovelhas, para obtenção de lã, carne,
leite e ovos. Isto sem falar de árvores frutíferas espalhadas pelo
terreno.
Basta dizer que o Brasil, com 66 milhões de hectares atualmente dedicados à agricultura, alimenta sua população de quase 200 milhões de habitantes e ainda boa parte do mundo, o que representa algo como 0,33 hectare por pessoa, ou 3.300 m2.
Basta dizer que o Brasil, com 66 milhões de hectares atualmente dedicados à agricultura, alimenta sua população de quase 200 milhões de habitantes e ainda boa parte do mundo, o que representa algo como 0,33 hectare por pessoa, ou 3.300 m2.
O
que estou a afirmar acima é que as modernas técnicas de cultivo
permitem não somente a sobrevivência, mas o desfrute de uma vida
com um mínimo de conforto e dignidade bem superiores ao padrão
usufruído pelos índios inculturados, que mesmo tendo à disposição
largas faixas de terras, sofrem com a carência de nutrientes.
Há
pouco tempo assisti a um programa de televisão sobre o sacrifício
que é encontrar e abater um macaco, tarefa que em muitas ocasiões
resulta frustrada. Em outras tribos, o acesso às proteínas de
origem vegetal só é conseguida pelo consumo de aracnídeos e
vermes, e mesmo assim depois de custosos esforços.
Sempre
me pergunto porque as comunidades indígenas precisam ser conservadas
em formol cultural. Os ingleses, dos quais sou em parte descendente,
viviam em ocas iguais ou inferiores à dos índios brasileiros (que
também compartilham do meu DNA) até que aprenderam a construir
edificações em pedra com os invasores romanos (e ainda nos tempos
atuais, uma de suas descendentes invadiu meu coração!). Quando olho
pra minha filha, vislumbro-lhe não somente o legado genótipo,
adivinhável em suas feições, mas também o cultural-espiritual,
este sim o essencial, rico, riquíssimo, e feliz.
Que
nossos ancestrais tenham se confrontado nos idos tempos da história,
nem sempre sob as formas mais elogiáveis, isto pode ser verdade,
conquanto também o seja, com muito maior importância, que com o
decorrer dos séculos foram paulatinamente aprendendo a conviver
pacificamente e a colaborar uns com os outros, a ponto de até
congraçarem-se em laços consanguíneos.
Este
pequeno texto tem o seu motivo por causa de uma notícia divulgada
pela Agência
Brasil de que lideranças da etnia Guarani-Kaiowá
estão pressionando o governo com o objetivo de demarcar as áreas
que reivindicam para si, com a ameaça até mesmo de denunciar o
Brasil junto à OEA.
A
matéria acima traz consigo o paradoxo do indigenismo: como índios
que pretendem continuar a viver como tal se legitimam a buscar o
apoio de uma instituição da civilização? Isto não se compara
analogamente ao garoto que, já sabendo andar, reclama o colo dos
pais?
Segundo
uma avaliação per capita, os índios brasileiros já podem ser
considerados, de longe, os maiores latifundiários do país. Vejam o
que segue abaixo, extraído da Wikipédia:
De
acordo com a Funai,
aproximadamente 105 milhões de hectares
(superfície
das 611 terras
indígenas cujos
processos de demarcação estão minimamente na fase de delimitação)
estão reservados para 460 mil indígenas,
perfazendo 12,41% do total do território brasileiro. Apenas
como comparação, 6 milhões de pessoas vivem na cidade
do Rio de Janeiro,
que ocupa menos de 0,014% do território brasileiro. E a cidade
de São Paulo,
que ocupa menos de 0,018% do território nacional, tem atualmente
mais de 10 milhões de habitantes.
Tenho
que o sistema de reservas indígenas merece o seu fim, mesmo porque
há muitas comunidades indígenas que já se mostram bem e "seletivamente" aculturadas para cobrar pedágios, bem como para vender
madeira, minérios, essências e espécimes vivos da fauna e da
flora, e isto sem dizer do acumpliciamento com o tráfico de drogas,
armas e o contrabando.
O fato é que não dá para imaginar a população indígena crescer graças aos subsídios oferecidos pela população civilizada e ao mesmo tempo continuar permanentemente a reivindicar mais terras para viver segundo seu estilo de vida extremamente ineficiente e predatório. Esta conta não vai fechar nunca.
O fato é que não dá para imaginar a população indígena crescer graças aos subsídios oferecidos pela população civilizada e ao mesmo tempo continuar permanentemente a reivindicar mais terras para viver segundo seu estilo de vida extremamente ineficiente e predatório. Esta conta não vai fechar nunca.
Direito
de propriedade e responsabilização civil. Eis o que precisamos
oferecer aos índios (e resgatar aos demais brasileiros também). Que
os índios tenham igual direito à propriedade privada, e se querem
coisas como hospitais, escolas, roupas e remédios, que trabalhem a
terra e paguem impostos, como todos fazemos (ou a maioria de nós
fazemos). A terra, diga-se, capaz de sustentar-lhes segundo o tamanho
adequado ao modo civilizado de produção, e não segundo o modo
extrativista de que têm feito uso por milênios.
População Mundial = 7.000.000.000.
ResponderExcluirÀrea das reservas Indigenas no Brasil = 105milhões de hectares.
Se distribuir esta área para a população mundial,cada um vai
receber 164m2
Densidade Demográfica do projeto"A superpopulação Mundial na Reserva Indígena"
Densidade populacional da reserva indígena : 6.097habitantes/Km2
Densidade populacional da cidade de São Paulo: 7.400habitantes /Km2
O Metrô vai andar mais vazio do que o de São Paulo!