No
Brasil, um policial combatente do narcotráfico, quando é vítima
dos traficantes, pode ter problemas ainda maiores caso peça ajuda
aos órgãos públicos. Conheça o caso de Marco Antonio dos Anjos.
Uma história que alguns veículos da grande imprensa já tomaram
conhecimento, mas nada publicaram a respeito.
Por Marco Antonio dos Anjos
As
pessoas, vítimas e testemunhas, que se sujeitam aos "cuidados"
dos bandidos que dominam o poder público no Brasil, ingressando
nessa verdadeira fraude denominada "Programa de Proteção a
Vítimas e Testemunhas da Violência", almejam, como o nome diz,
serem protegidas pelo Estado, ao qual colaboraram para sua
manutenção.
Pagam
impostos e devem ter acesso a alguns serviços públicos, sobretudo a
segurança, elementar para uma vida digna.
No
entanto, tornam-se, na verdade, reféns desse Estado, abandonadas a
própria sorte, expostas a tudo e sem um mínimo assistência para
alentá-lo e cuidarem do trauma sofrido pela violência desferida por
aqueles que integram o "poder paralelo", que na
verdade, cada vez mais, trata-se de uma continuidade do poder
público.
Uma
síntese dos fatos
Sou
policial militar reformado, inspetor de segurança penitenciária e
agente da Polícia Federal. Deste último cargo me alijaram, apesar
de ter concluído todas as etapas do concurso com bom aproveitamento,
mas... os “deuses” da justiça em nosso país julgaram
improcedente a ação pelo fato de eu ter feito todas as etapas
amparado por liminar, e estas tem caráter precário.
Todos
os demais da minha turma exercem desde 1998. Além disso, sou formado
em Direito, tendo advogado para o Estado do Rio por 8 anos, fato
reconhecido pelo TJRJ, mas, até agora não recebi um centavo de
pagamento. O Estado do Rio de Janeiro me deve por todos estes anos de
trabalho.
Revoltado
com esses fatos, que modificaram de forma drástica minha vida em
família, vivendo em um zona minada por poderes paramilitares, em
2006, compareci ao comício no qual Sérgio Cabral seria
recepcionado pelos irmãos Jerominho e Natalino, notoriamente
conhecidos como os chefões do crime organizado na zona oeste do Rio,
com a anuência do Cabral. Foi eleito com maciça quantidade de votos
dados pelos irmãos da zona oeste, Ricardo Batman e demais
componentes da sua gangue.
Em
2007, comecei a me insurgir contra as atividades criminosas daquela
facção criminosa até que, em agosto 2007, atentaram contra minha
vida, quando fui alvejado por quatro disparos de PAF. Isso contribui
de forma decisiva para o falecimento prematuro de minha mãe.
Fui
socorrido e atendido no Hospital Rocha Faria em Campo Grande. No dia
seguinte, na enfermaria, acordei com gritos de dor de um dos meus
algozes e até aquele momento estavam trocando nossas plaquetas
médicas (com as prescrições médicas).
Estavam
queimando arquivo; foi julgado sumariamente por seus comparsas que
tentaram executá-lo. Usaram-no para me matar e depois resolveram
eliminá-lo, mas conseguiu escapar e coincidentemente foi parar ao
lado do meu leito, com a anuência do diretor do hospital, outro
envolvido com o crime, devido ao sistema paralelo de poder.
O
hospital ficou completamente sitiado pelos milicianos da área e
alguns policiais de serviço que estavam ali para dar cobertura para
uma possível tentativa de homicídio.
Não
fosse a providencial atitude do meu irmão Carlos Alberto (agente
federal), talvez eu tivesse sido assassinado. Meu algoz morreu dois
dias depois, após algumas tentativas frustradas do bandidos.
Autoridade
alguma tomou providências para garantir minha segurança.
A recuperação
Após
ter sido removido, sob escolta, para o HPM-NIT, passei 5 dias na UTI
e mais 25 dias internado. A recuperação foi lenta.
Fiquei
aqui e ali me refugiando em casa de familiares, mas, o sistema
comunista faz com que as pessoas se afastem de seus familiares,
destruindo a família.
Ninguém
da minha família pôde me amparar. Eu havia me tornado um alvo que
comprometia a segurança dos meus entes queridos e isso eu
compreendi. Minha esposa e filhos ficaram com meus sogros, o que me
atormentava, receoso de alguma represália.
Usava
uma bolsa de colostomia no abdome devido as perfurações que
atingiram meu intestino. Teria que me submeter a uma nova cirurgia
para reconstrução do intestino em 90 dias.
Da
inclusão no programa
Em tal
situação, não podendo sair do Estado e recomeçar minha vida em
outro, ou até mesmo sair do país, resolvi não colocar minha
família em risco. No dia 20 de dezembro de 2007, o promotor Jorge
Magno, outro que se promoveu ao me usar, tendo meu telefone,
repassou-o para o promotor Marcelo Marques que agendou para o dia
seguinte um depoimento no prédio do MPRJ.
Colaborei
com todos os presentes sob a promessa de que tudo seria feito para a
preservação do bem estar da minha família. Estavam ali Antonio
José, subprocurador do estado, Marfan, procurador geral e o delegado
da DRACO, Claudio Ferraz. Todos foram promovidos politicamente graças
ao depoimento que dei e que ratifiquei em juízo, condenando
Jerominho, Natalino, Ricardo ‘Batman’ e mais sete comparsas.
Quando
prestei o depoimento deixaram claro que se referia ao atentado que
sofri, mas, não o foi. Usaram o peso de meu depoimento como agente
público para solucionar paliativamente um problema que eles mesmos
criaram. O caos através das milícias no Rio de Janeiro. Todos são
envolvidos com o crime porque o toleraram.
Fomos
colocados, eu, minha esposa e dois filhos em uma sala com dois
técnicos da ONG com nome muito sugestivo de Centro de Defesa dos
Direitos Humanos de Petrópolis. E ali começaram a fazer um
questionário sobre nossa vida e se tínhamos parentes fora do
estado. Ficaram com todos nossos cartões bancários e de crédito,
com as senhas pessoais, e nos levaram para Lima Duarte (MG) e
mandaram que começássemos a usar nomes fictícios. Não podíamos
usar nossos CPF´s e nem comprar a crédito.
Eu
dependia do meu salário como servidor público, que não era
repassado regularmente. Tivemos que pedir dinheiro emprestado.
Qualquer serviço deveria ser usado pela rede pública.
Começaram
a administrar em nós medicamentos psicotrópicos para nos ter a
mercê de sua subversão ideológica. O que comecei a rechaçar para
não perder a razão e não ter minha mente lavada.
É
incrível o cinismo desse sistema comunista. Essa cultura vem sendo
massificada há décadas e o momento político os favorece (Copa,
Olimpíada e “pré-sal”). Ninguém quer perder. Enquanto isso os
cidadãos se passam por idiotas úteis, para cumprir as finalidades
dessa casta.
O
monitoramento era feito a distância, através de contatos
telefônicos para um plantão criado pela ONG, onde o auxílio para
qualquer eventualidade de risco para as famílias simplesmente não é
dado. Eles simplesmente orientam as pessoas a se deslocarem para um
local público. Esses técnicos, profissionais liberais, estão à
disposição desse sistema para oprimir vítimas e testemunhas ao
passo que são impotentes para agirem em situação de riscos reais
para essas famílias.
Criaram
uma lei (9807/99) para justificarem que a corrupção está sendo
combatida através de métodos eficazes de prevenção, quando a
intenção é rechaçar o que mais ameaça um sistema criminoso:
vítimas e testemunhas.
Implorei
para ser submetido à reconstrução de intestino porque tinha que
defender minha família. Após 5 meses do atentado fui submetido a
exames no Hospital João Penido em Juiz de Fora-MG, quando fui
abandonado sem qualquer vigilância, por uma noite, a mercê de
vários presos que ali estavam sob a escolta de 2 agentes
penitenciários, sem algemas, transitando livremente pelos corredores
do hospital.
Os
exames detectaram divertículos no interior do meu intestino pelo
tempo excessivo em desuso, quando a intervenção deveria ter sido
feita em 90 dias após o incidente, acarretando a perda do meu
intestino grosso e consequentemente uma disfunção gastrintestinal,
além dos defeitos estéticos ocasionados pelas sucessivas e
desastrosas cirurgias.
Fui
internado na Casa de Misericórdia de Juiz de Fora em 04/03/2008, sem
qualquer vigilância, onde passei os piores dias da minha vida,
submetido a três cirurgias, por uma sucessão de erros
negligenciais. Fui tratado como bandido.
Temo
que todos esses históricos médicos tenham sido confiscados ou
apagados dos sistemas.
As
atrocidades não terminam por aí. Após me usarem para alcançarem
seus intentos, esses bandidos nos remanejaram, isto em setembro de
2008, para Fortaleza. Ali, fomos revitimados. Meus dois filhos foram
alijados de terminarem o último bimestre, somente podendo concluir o
ano por termos, eu e minha esposa, matriculado-os no Colégio Padre
Nilson. Ao terminarem o ano letivo, matriculamos os dois no Colégio
Batista (um dos melhores) com bolsas de 70 a 80% conseguidas por nós.
Não
bastou pára começarem as torturas psicológicas, após eu ter
distribuído algumas petições denunciando as arbitrariedades, sem
êxito, ante a inércia das autoridades locais. Passamos, inclusive,
por um verdadeiro tribunal de exceção comandado pelos membros da
ONG local e demais autoridades em meados de 2009. E nos dias 16 e 19
de outubro deste mesmo ano, quando, novamente tivemos que deixar
aquele Estado sob a alegação de que estávamos comprometendo a
subversão trazida por esta nova ordem, ou, nos termos que
usaram, “queimando toda a rede”, devido às denúncias e petições
que encaminhei a vários órgãos públicos sobre as arbitrariedades
e injustiças que estávamos sofrendo, eu e minha família. Nessas
ocasiões, meus filhos, na época com 9 e 10 anos, ficavam trancados
em casa com prejuízo dos seus estudos.
Novamente
meus filhos deixaram de concluir o ano letivo. Concluíram-no em
outra cidade de outro Estado da Federação, numa escola pública. No
ano seguinte matriculamos os dois em outro colégio, um dos melhores
da cidade. Mas, meu filho mais novo, psicologicamente abalado, se
desestimulou com os estudos, e foi reprovado.
Cansado
de tanta tortura psicológica decidi ir a Brasília e impetrar o HC
205736, além da queixa crime 080618-77.2011.4.02.5101 na JFRJ e
outros vários procedimentos, sendo que o Judiciário Estadual e
Federal, MPF, MPE, PGERJ, PGU, etc., constitucionalmente,
por conveniência, são subordinados ao Executivo Estadual e
Federal.
Aí
estão alguns fatos, meus prezados.
Eles
vão continuar a cometer arbitrariedades, abuso de poder, tortura
psicológica, etc., porque no Brasil as leis são feitas pelos
bandidos e para os bandidos. E não para os cidadãos honestos.
Esse
foi um breve relato do que estou passando dentro dessa fraude, sem
falar nas recentes investidas da promotora e presidente do CONDEL/RJ
que está ameaçando suspender o pagamento do meu aluguel onde estou
atualmente, mesmos sabendo que estou alijado de usufruir do meu
patrimônio no Estado do Rio de Janeiro, onde morei por mais de 45
anos e tive que deixar tudo para trás. Além das pendências
com a Receita Federal durante quatro anos, quando fui impedido de
declarar meu IR, e outros encargos, benefícios sociais e minha
aposentadoria, tudo por conta dessa ONG e das autoridades envolvidas
nessa fraude contra o tesouro.
Criaram
uma nova fonte de recursos através de vidas humanas.
Faço
um apelo a vocês, leitores do Mídia Sem Máscara.
Não
podemos ficar de braços cruzados esperando gerações inteiras serem
lobotomizadas por essa horda de malfeitores. Como poderei passar
princípios sólidos de solidariedade, moral e dignidade que me foram
passados pelos meus antecessores? Estarei a transformar meus filhos
em criminosos se forem contra esse sistema pútrido e imoral?
Peço
encarecidamente que me ajudem a divulgar esses crimes. Tenho muito
material sobre todas estas atrocidades.
Pessoas
estão morrendo nesse processo, mas, ninguém se atreve a
enfrentá-los. Se não for assim, só pedindo asilo em outro país.
Os idiotas úteis não entenderiam nada. Acreditando num sistema
aparentemente justo, acabei me tornando um deles. Mas vou me redimir.
Obrigado
pela oportunidade,
Marco
Antonio dos Anjos
P.S.:
E quanto a esta burlesca “Comissão da Verdade”? Foi criada pelo
PT para ocultar os crimes perpetrados por seus integrantes no passado
e, claro, os da terrorista Dilma. Enquanto praticam crimes tais como
os que te relatei. Crimes contra a dignidade humana, que merecem a
atenção internacional, inclusive, para que tais atos sejam julgados
por um tribunal internacional, pois, no Brasil transformaram a
Constituição em um abrigo para os interesses dos revolucionários
socialistas aliançados com os narcotraficantes comunistas no Foro de
São Paulo. As instituições públicas não são autônomas,
mas, harmônicas, quando se fala em conspirar para obter resultados
que ocultem a verdadeira história.
Enquanto
presidentes e governadores continuarem a indicar e nomear
magistrados, promotores, defensores e advogados para cargos
estratégicos não teremos instituições autônomas. O Judiciário,
as procuradorias, o MP, a advocacia geral e a defensoria não podem
ser subordinadas ao Poder Executivo. Imagine um exemplo: o Ministério
Público estadual é subordinado a Procuradoria Geral do Estado que
tem seu procurador indicado pelo governador. Entenderam? Não há
autonomia nem democracia onde o promotor de justiça não promove
justiça contra os interesses do representante do estado, por estar
simplesmente subordinado a ele. A independência dos poderes é uma
utopia.
Então,
podemos deduzir que são todos farinha do mesmo saco. Se você vai
contra os interesses dessa corja, a manipulação acontece. Isso em
âmbito estadual. Imaginem no âmbito federal!
Marco
Antonio dos Anjos,
advogado, é policial militar reformado e inspetor de segurança
penitenciária.
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