Desde quando aqueles vinte e sete
industriais representam o setor industrial brasileiro, ou quiçá, a
economia nacional?
Por Klauber Cristofen Pires
Na semana passada os jornais anunciaram
uma reunião convocada pelo governo com 27 dos maiores industriais
do país, para discutirem juntos o problema do arrefecimento do
crescimento do setor. Nesta semana, a notícia alardeada como
alvissareira é a de que o governo está implementando um rol de
cerca de quarenta medidas de cunho notoriamente protecionista.
Como um prólogo, lembro que muito antes
da mídia tradicional falar em crise – na verdade, enquanto
festejava os bons números, quer tivessem sido verdadeiros, os que
foram adquiridos no vácuo de um grande período de prosperidade
mundial, ou os falsos, que o governo maquiava e distribuía sem
contestação – este articulista já avisava que a coisa não era
bem assim.
Com honestidade, jamais criei previsões
com data marcada, porque os que assim agem não passam de
prestidigitadores. Apenas alertei para o fato de que o governo tem
gastado muito, e gastado mal, mesmo contando com uma carga tributária
bastante alta; que o governo, apesar de contar com quase 40% do PIB
em mãos na forma de tributos, tem entregado a infraestrutura às
baratas; que tem feito uso desmedido da expansão
monetária, do
incentivo ao consumo e à distribuição do crédito farto; e que tem
sufocado as micro, pequenas e médias empresas por meio de uma
burocracia e um fiscalismo cada vez mais exigentes. Percebam que até
o momento nem sequer cogito da brutal e institucionalizada corrupção
com que o PT tem sangrado a nação.
Todos os que têm compreensão desses
fatos à luz da Escola Austríaca de Economia, como eu, já previam
um quadro futuro de crise que aconteceria justamente quando o ápice
do atual ciclo econômico tivesse sido alcançado e a economia
doravante passasse a sofrer a ressaca do sistema de papel-moeda de
curso forçado e do sistema de reservas bancárias fracionárias.
Ninguém tinha uma bola de cristal para dizer onde e quando, mas a
fórmula era certa de que uma severa crise haveria de ocorrer.
No terceiro mandato do PT, “acho” que
não dá mais para colar a tese da “herança maldita”. Como eu já
me pronunciei em artigos anteriores, até achei oportuna a segunda
vitória de Lula e posteriormente da Dilma, porque há um defeito
crônico nas democracias que é a alternância entre os governantes
populistas e os sucessores que se veem diante da necessidade de
efetuar ajustes de austeridade.
O caso é que quase sempre os primeiros
levam a melhor – gastam a rodo, ficam com a fama de papais e mamães
da nação - e os que assumem o estado quebrado arcam com a pecha de
malvados, neoliberais e o diabo, até que tendo razoavelmente
arrumado a casa, sejam substituídos pelos novos populistas,
renovando assim este ciclo nada virtuoso. Lula tem realmente uma
estrela das grandes, porque a crise não o alcançou, mas o mesmo já
não se pode garantir quanto ao mandato de sua gerentona Dilma
Roussef.
Aqui estamos portanto, naquele tempo em
que as promessas do “espetáculo do crescimento” já não passam
de folhas secas mascadas pelo vento. E aqui estamos a contemplar a
“presidenta” Dilma Roussef a reunir-se com os 27 maiores
industriais do país para para lhes ordenar que invistam no país!
Francamente, desconheço se o próprio Hitler chegou a tanto!
Sim, meus amigos, porque o Brasil vive
sob uma estrutura nazista. Não estou fazendo metáforas nem usando
de figuras de linguagem. A estrutura social nazista é aquela em que
os meios de produção permanecem formalmente sob a propriedade dos
seus donos, mas toda a produção, comercialização, propaganda,
distribuição e o trabalho são regulados pelo estado nos mínimos
detalhes. Ah, sem esquecer que lhe cabe a melhor fatia dos bolo
também.
Vivêssemos em uma democracia onde
prevalecesse o princípio de igualdade de todos perante a lei, uma
tal reunião dos 27 maiores industriais, independentemente de qual
fosse a pauta, já configuraria um escândalo nacional. Nos Estados
Unidos, pelo menos nos seus primórdios, era assim mesmo que
acontecia. O estado existia para o bem de todos, e portanto as leis
eram dirigidas a todos.
Desde quando aqueles vinte e sete
industriais representam o setor industrial brasileiro, ou quiçá, a
economia nacional?
Entre os presentes, destacam-se as
montadoras de veículos, estas que há muito se acham a razão de ser
das economias; a Natura, patrocinadora de Marina Silva e mancomunada
com movimentos sociais; os empresários do aço e do cimento, que não
largam do osso do protecionismo para praticarem preços abusivos
contra o povo; e por aí vai...
A verdade é que a reunião compôs
justamente o retrato do nazismo tupiniquim: o governo conta somente
com estes, seus intocáveis, que ou fazem parte da cesta básica da
exportação ou compõem uma certa linha de fornecimentos no mercado
interno dos quais os brasileiros não têm como buscar alternativas.
Se o “Seu” João, fabricante de panelas, ou “Dona” Maria,
dona de uma confecção, vão sobreviver, eles que se virem!
As medidas protecionistas baixadas em
velocidade relâmpago provam a próspera simbiose governo-grandes
empresas. Não há nada em seus dispositivos que favoreça
indistintamente micros, pequenos e médios industriais, e muito menos
há para os consumidores brasileiros, que pouco a pouco vão se vendo
compelidos a pagar mais e mais caro por produtos industrializados.
A solução para o resgate da
competitividade não só da industria brasileira, mas como também de
todos os setores, está na desoneração fiscal ampla e não-seletiva,
bem como na simplificação da burocracia – e aqui não falo
somente da dificuldade de preencher papéis para o governo, mas
também de cumprir com uma plêiade de exigências as mais absurdas,
de todo tipo de órgãos que têm legislado sem freios por meio de
atos administrativos.
Outros ajustes que necessitam ser feitos
consistem na recuperação e ampliação da infraestrutura (que pode
inclusive, ser levada adiante justamente por meio da propriedade
privada), na segurança pública, e na contenção dos gastos
estatais, da expensão da moeda e do crédito.
Vocês acham todavia, que o governo vai
querer fazer isto só pelos seus lindos olhos?
Denúncias gravíssima levada ao ar no programa do Jornalista João Leite Neto contra a fabricante das urnas eletrônicas brasileiras e de equipamentos de automação bancária. A IMPRENSA TRADICIONAL IGNORA O FATO.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=VSmuB_nkQ44
A empresa é responsável pela fabricação e manutenção urnas eletrônicas ( que recebem os votos dos eleitores) através do Tribunal Regional Eleitoral.