Como pode uma empresa que detém o monopólio de sua atividade e que cobra uma das tarifas mais altas do país entrar em concordata? Eis as façanhas do socialismo...
Por Klauber Cristofen Pires
A Celpa - Centrais Elétricas do Pará, controlada pelo Grupo Rede Energia, é uma empresa privatizada de distribuição de energia no estado do Pará.
Privatizada, bem se diga, ao estilo socialista dos tucanos, isto é, desfrutando do regime de monopólio e das cláusulas de equilíbrio financeiro e por outro lado, submetendo-se a toda sorte de intervenções estatais baixadas a posteriori, bem como à politiquice da tarifa social e dos gatos, pelos quais os cidadãos que trabalham e produzem pagam em desdobro por uma das contas mais caras do país, e consequentemente, do mundo.
A notícia é que esta empresa entrou com processo de recuperação judicial (o que antigamente se chamava "concordata"), por conta de uma dívida de curtíssimo prazo de cerca de 1,4 bilhão de reais, somada a outra, de longo prazo, praticamente do mesmo valor.
Para sonsa e mal-fingida incompreensão dos adeptos da primazia do interesse social - refiro-me àqueles que defendem a doutrina do serviço público cujas premissas admitem até mesmo o fornecimento do bem ou serviço com prejuízo, já há rumores de um aumento brutal de pelo menos 20% a ser apresentado brevemente aos consumidores, que pagarão pela incúria da gestão da empresa monopolista - aquele que, correndo sozinha, conseguiu a proeza de chegar em segundo lugar.
Eu topo pagar pelo desastre! Não, não sou louco de rasgar dinheiro, mas é que também o governo federal estuda seriamente promover a intervenção na empresa, com o gênio da lâmpada Edson Lobão, do "Mistério" das Minas e Energia, no comando. Agora, deem-me licença, porque preciso ir correndo ao supermercado...comprar velas...
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