Ernesto Caruso, 08 FEV 2014
Gloriosas páginas escritas e contribuições para a conquista e consolidação da República, e gradual sedimentação da democracia, estão na História do Clube Militar que não concretizou a pleno o sonho dos seus fundadores sob a farda e a espada do Marechal Deodoro. Farda e espada que representam o espírito combativo do militar, postos a serviço da Pátria.
O foco sobre as ameaças à Nação não alienou aqueles idealistas das gentes que integram a força armada a pugnar por dignidade compatível com o exercício das funções de soldado, como bem colocado no Estatuto do distante 26/junho/1887, Art. 1º, onde o Clube estabelece dentre as suas finalidades, no § 3º: - “Defender pela imprensa e junto aos poderes do Estado os direitos e legítimos interesses da classe militar.”
O “que”, “quando” “como”, “com que”, perguntas respondidas e postas em prática ao longo do tempo por sucessivas diretorias na conquista de objetivos.
O Art. 3º impunha uma meta não alcançada até os dias atuais: - “Serão igualmente fundadas nas capitaes das províncias... Clubs Militares, que se regularão pelos presentes estatutos,...”.
Nem se conseguiu um número de associados que se aproximasse de outras entidades de classe. Por quais razões? Fez-se alguma pesquisa a respeito? Quais os resultados?
Qualquer entidade precisa de recursos financeiros e inteligência na condução dos seus destinos. Simplesmente copiar o dia anterior é permanecer no degrau de uma escada rolante circular tipo roda-gigante.
Olhar o passado, aprender com o passado, mas empreender no presente. Modificar estruturas? Adequá-las e bem servir aos associados. Reengenharia?
Como o Clube Militar conviveu com governos desqualificados, prenhes de corrupção e antidemocráticos? Não foi pela passividade. Esta não foi a seiva que alimentou gloriosas lideranças que não mais estão no plano terreno.
O Clube militar tem que ser a caixa de ressonância dos problemas militares em relação ao governo, nele incluídos os Comandos Militares e não o contrário. Os Comandos estão manietados na estrutura atual do governo, embora não sirvam a governos, nem lhes devam fidelidade, quando ameaçam os pilares da democracia, ainda que engendrando artimanhas constitucionais.
O direito de debater sobre o Clube Militar está à disposição de qualquer cidadão, militar ou não. O de discutir, de votar e interferir nos rumos do Clube que é mais importante para transformar pensamento em ação, somente como sócio da entidade. A diferença entre envolvimento e comprometimento é típica entre a galinha que põe o ovo e a vaca que contribui com o bife.
Seja sócio do Clube Militar e comprometa-se com os interesses da classe e vote naquele nome que melhor represente o seu pensamento. Se você quer mudanças, vote em um projeto novo que preencha o arcabouço dos seus conceitos para atender as necessidades do militar e família, como pessoa; como profissional para cumprir a missão imposta por seu juramento e, como cidadão, discutir as questões nacionais.
Faça parte deste compromisso. A força do Clube Militar é a resultante do empuxo que cada um lhe aplica. Ascender sem força é impossível. Venha integrar essa força com o peso do seu voto.
O Estatuto em vigor contempla: Art. 1º ... é uma associação de direito privado... de caráter representativo,... Art. 2º – O Clube tem como objetivos: I – defender os legítimos interesses dos sócios e pugnar por medidas acauteladoras dos seus direitos, em juízo ou fora dele;... VIII – estudar os assuntos relevantes de interesse coletivo e propor soluções... X – preservar as tradições e zelar por seu prestígio no seio das Forças Armadas e da sociedade brasileira; XI – colaborar com as Forças Armadas na preservação da memória de seus feitos… XIII – Defender os interesses nacionais relevantes....
Daí, há que se dispor de uma estrutura para cumprir as missões impostas pelo Estatuto, com modernidade.
Dentre os interesses pessoais, estão os vinculados aos vencimentos, saúde e promoção, comparáveis com outras carreiras de estado (hoje, um acinte) e, compatíveis com o patamar de responsabilidade e condições de execução das atividades militares. Para quem não sabe ou não fez a conta, um serviço, p.ex., em um domingo/feriado, iniciado às 7 horas da manhã, termina às 7 h do dia seguinte; são 24 horas de serviço. Em prosseguimento, faz-se o expediente de 7 às 16 h, se tudo correr bem. Ou seja. 33 horas de quartel. No dia posterior, a rotina. Instrução como em qualquer escola, preparação, provas, correção. Acampamentos de 3/4 dias. Ainda, trabalho com explosivo, gases, tiros de canhão, granadas, riscos de acidentes. Sem pagamento de horas extras, nem adicionais de periculosidade e insalubridade. Riscos comuns aos que lidam com petróleo/eletricidade/gás, como o frentista do posto de combustível. Saber cobrar das autoridades! Vejam a evasão de oficiais das FA; segundo a VEJA, 249 em 2012 e 250 em 2013.
Interessante observar os PRINCÍPIOS que regem as eleições (Art. 55), dentre os quais o inciso IV – PRINCÍPIO DA ÉTICA MILITAR - o sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis.
Todos os integrantes das várias chapas são íntegros e experientes. As origens e as carreiras são muito semelhantes e demonstram cabalmente a experiência exigida para os cargos. Mas, o momento é de definição e inflexão. O que se fez e o que é preciso mudar, reestruturar, evoluir.
Leio na Revista do Clube, Ago 1951, “Iniciaram-se no dia 6 de julho os debates sobre a Lei de Promoções, na sede do Clube Militar.”. Sob qual compartimento? Estudo e orientação do Departamento Cooperativo. Pensar e fazer.
Eis que a eleição para o CM de 2014 coincide com os 50 Anos da Revolução de 64. É crucial e importante demonstrar à sociedade que o regime militar deu o passo certo na construção da democracia, ao contrário dos governos revanchistas no poder e a pretensão de lá se perpetuarem na trilha para o socialismo.
Assim, a eleição para a direção do Clube, foi alvo de destaque na imprensa com a citação do nome do Coronel Ustra. Fato semelhante e com bastante repercussão, com ameaça de punição foi a veemente resposta à retirada do manifesto do portal do Clube, com desgaste para os militares, que mereceu o aporte de milhares de assinaturas, a demonstrar repulsa ao governo atual.
Dois fatos importantes marcam este momento. O nome do Cel. Ustra, sob fogos do inimigo há muito tempo, com ações na justiça, e constante citação negativa desde quando era Adido Militar. Respaldar o seu nome, por si só assinala uma POSIÇÃO de combate permanente ao credo vermelho.
O manifesto “ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO.”, de autoria do Gen. Felício é o outro ponto forte QUE DEFINE A POSIÇÃO dos militares. Na oportunidade foi entrevistado por vários órgãos da imprensa e também citado como candidato. Sensibilidade dos jornalistas pela notícia.
Pense nisso, e vote na chapa
TRADIÇÃO, COESÃO E AÇÃO,
encabeçada pelo Gen. Felício.
Um recado bem dado.
Sem o bom combate, vamos ser tragados
pela avalanche vermelha, criminosa, alimentada
pelos recursos da expropriação institucionalizada,
fatiamento do território/reservas indígenas,
articulação do MST nas entradas de fazendas,
crime organizado nas cidades.
Mais 10 mil cubanos!? !? !?
O adestramento continua...
CQD
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