Nem tudo são trevas. No Diário do Pará, leio que o TSE decidiu que a campanha eleitoral e os debates ocorridos dentro da Internet são livres, e no Estadão, o Senado aprova o Estatuto da Igualdade Racial sem cotas para o ensino, para os empregos públicos ou privados e para os partidos políticos.
Não que seja um motivo absoluto. Congratulamo-nos pelas pequenas batalhas diárias. Em uma sociedade verdadeiramente livre, a mera discussão da liberdade de expressão, seja na internet ou por qualquer outro meio, nem sequer deveria ser objeto de discussão em tribunais - quanto o menos em um tribunal "eleitoral".
Por outro lado, compreendida a igualdade (jurídica) entre todos como um direito universal, somente por uma piada bizarra alguém deveria mencionar a proposta de um "estatuto da igualdade racial". Não obstante, e um tanto graças à opinião pública majoritária, o fato de que a política de cotas tem os seus dias contados merece sim todas as loas. A liberdade venceu mais este round.
Venceram também os negros que não querem ser estigmatizados pelo resto da vida por aquele diploma "concedido", e sim meritoriamente conquistado. Venceram aqueles que lutaram por dignidade. Eu já posso ir ao meu dentista negro sossegado sabendo que seu diploma é legítimo. Eu já posso olhar para o meu colega de trabalho negro como alguém tão competente quanto qualquer branco.
As políticas de cotas somente acirraram justamente aquilo que pretensamente pretendiam combater, como é clássico em toda intervenção estatal. Nós provamos disto nos casos em que houve estas diferenças, e o que vimos foi a instauração de tribunais raciais, sem nada a dever aos tempos do nazismo, bem como muitas injustiças.
Que ambas as decisões felizes divulgadas aqui sejam pacificadas, para que não necessitemos retornar a elas com suspiros de preocupação. Assim poupamos recursos, tempo e gente para combater em outras frentes. Voilá
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