quarta-feira, 2 de junho de 2010

O sindicalismo como fachada de partido

Por Klauber Cristofen Pires

Em discurso para os funcionários da Volkswagen, no dia 1º de junho, Lula atribuiu ao movimento sindical o sucesso de sua vida política e o faturamento das duas eleiçções para Presidente da República. No ato, lembrou de como os metalúrgicos o apoiaram, mesmo quando nos piores dias, aqueles sob a crise do mensalão. Para Lula, para o PT e para toda a esquerda, sindicalismo é sinônimo de "partido"...


Danem-se as convicções políticas tomadas individualmente de cada trabalhador, que antes disso, é um cidadão brasileiro. O sindicato fala por ele. Eis aí a fórmula do centralismo democrático: a representação sem procuração.

Por meio do movimento sindical, as esquerdas se permitem à campanha eleitoral vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, durante o ano todo, inclusive os feriados. E tem mais: o boquirroto presidente da república sindicalista bananeira já avisou: vai fazer campanha para a Dilma lá mesmo no pátio da Volkswagen.

Está aí a confissão do sujeito sobre campanha antecipada, de tal gravidade que lhe suscitaria a perda do mandato. Mas quê...o TSE é bonzinho, bonzinho...

Enquanto isto, empresários e os cidadãos em geral se negam terminantemente a debater no plano político-ideológico. Se isto não lhes convence mais de nada, que fazer?

Um comentário:

  1. Surfista Prateadojunho 04, 2010 12:39 PM

    SE quisesse (mas não quer), O TSE não poderia punir com perda de tempo da propaganda eleitoral gratuita na campanha presidencial por cada infração cometida? Por exemplo, na primeira infração, perde 10 min de tempo, na reincidência perderia 20 min, nova reincidência 40 min, dobrando a cada nova infração. Aposto que ninguém ofenderia mais a legislação. Como sabem que o PT é o contumaz infrator, nada é feito, se "pune" de brincadeirinha. Todos tem partido, e a gente sabe qual é.

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