Marina não esquece seu padrinho

Por Klauber Cristofen Pires

Leio hoje nos jornais que a candidata pelo PV, Marina Silva,  andou criticando a "guerra de dossiês". Para os mais desavisados que andam a pensar nela como uma alternativa ao mar da corrupção petista, vai o aviso: ela "lembrou" que o presidente Luís Inácio Lula da Silva..."já foi vítima desse tipo de prática". Como é que é, Marina?

"Marina morena, você já é bonita com o que Deus lhe deu" disse o ex da Cultura.  Largue esse batom que você não engana! No fundo, está lá a mulher de sandálias vietcongues com a estrela vermelhona do PT no peito.  

Marina,  "c-a-b-o-c-l-a"! Menos, menos! Até o Lula já confessou a participação dos seus "aloprados". Não seja mais realista do que o rei.

Vale a pena lembrar quem foi a Marina dos primórdios do governo Lula, ou não? Para quem já se esqueceu, ela sustentava a proposta de que os exportadores devessem passar por um calvário composto por mais de quinze órgãos anuentes para que obtivessem, enfim a licença para vender seus produtos para fora! mas espere que não eram quinze ao mesmo tempo, não! O périplo era do tipo condicionante: passaria o empresário ao órgão subsequente somente após  do "ok" dado pelo precedente.

Se dermos a cada petição de licença o generoso prazo de três meses para o seu deferimento por cada uma das labirínticas repartições apontdas pela atual candidata, consumir-se-iam menos 45 meses  - quando então os exportadores brasileiros conseguiriam, enfim, embarcar seus produtos rumo a....esqueçam: os compradores estrangeiros já encontraram outros fornecedores...

Ok, ok, ok. Um mês para cada uma? Certo. Com toda esta sorte, já em pouco mais de 15 meses a nossa exportação de suco de laranja a três mil dólares a caixa já estaria garantida (é o preço que vai resultar depois de pagar tanta propina).

Marina, como pretensa oposição, consegue ser mais governista que a própria Dilma Roussef.  Arre!