sexta-feira, 13 de junho de 2014

A única coisa autêntica que vi naquele jogo

Hoje acessei o Facebook e lá vi uma postagem com a presidanta Dilma em um largo sorriso dizendo: " - Mamãe comprou a Copa pra vocês! Gostaram?"

Bom, já que a pergunta foi feita, respondo: eu só teria gostado de um jogo comprado se eu também gostasse de entrar em uma faculdade ou agora, no serviço público, por meio de cotas. Pronto. Falei. 

Mas e aí? O que os meus leitores acham? O jogo foi ou não comprado? O fato é que o juiz japonês apitou um pênalti visivelmente inexistente, e a esta altura do campeonato, tudo pode ser qualquer coisa, menos teoria da conspiração!

Por Klauber Cristofen Pires


Sim, claro, aceito totalmente que o Brasil ganhou por mérito, pois houve pelo menos dois gols inteiramente válidos, mas isto não exclui a possibilidade de que o juiz estivesse lá para "garantir"a vitória caso a seleção canarinho não estivesse conseguindo meter a bola na rede. E convenhamos: o pênalti chegou em uma hora crítica: o jogo estava "IXI" e para os mais entendidos, o desempenho do nosso time não foi lá essas coca-colas, bem como, além disso, os croatas estavam a fim de jogar bola.

E quanto ao show de abertura? Só faço uma pergunta: desde quando belgas sabem fazer espetáculos? Que fizessem cerveja e entregado a apresentação para uma meia-dúzia de dois ou três carnavalescos cariocas ou para o pessoal do boi de Parintins, teria sido beeemmm melhor: moral da história: se tivéssemos oferecido uma autêntica feijoada, todos gostariam - os gringos iriam apreciar com muito gosto o brazilian way of life  - mas decidimos oferecer creme brulée com erva mate e azeite de dendê, e deu naquele grude indigesto.

Nisto, a turma do Facebook também tem lá sua parcela de culpa: só porque a Fifa vai levar milhões e milhões dos brasileiros sem sequer deixar aqui uma parcelinha na forma de impostos, ficaram achincalhando os voluntários, que na certa, se sentiram constrangidos e fizeram aquele showzinho assim, como dizer, bem fulequinho...

Depois veio o show do tetraplégico: amparado por dois assistentes que o sustentavam para não que não caísse, o atleta conseguiu dar um toque na bola que já parecia estar providencialmente em um plano levemente inclinado, para facilitar as coisas. Nem a Fifa aguentou, que mandou abreviar o vexame a rapidíssimos segundos. 

Não que eu seja contra a pesquisa científica: pelo contrário! Como alguém me respondeu no Facebook, concordo que pesquisas e desenvolvimento custam caro, e que os laboratórios investem pesado nesta área, mas eles são muito mais criteriosos em avaliar as relações de custo/benefício, justamente porque são privados e arcam com o risco do empreendimento. Porém, por isto mesmo são mais prudentes e discretos. 

Não foi o caso do programa "Andar de novo", que já consumiu 33 milhões de reais de dinheiro público a fundo perdido, sem ter exposto nenhuma novidade tecnológica e sem ter oferecido nenhuma informação à comunidade científica; Pareceu-me mesmo muito sintomático do estilo PT de governar: inaugurar  obras inacabadas com fanfarras e não prestar contas! O jornalista Reinaldo Azevedo teve a mesma impressão que eu, que se expressou com integral propriedade: Em benefício de milhões de pessoas, torço para que os feitos de Nicolelis, um dia, estejam à altura de sua capacidade de gerar notícia.

Para compensar, enfim, afora todo aquele sofrível teatro inconvincente, a única coisa que soou autêntica, vibrante, sonora e uníssona foi - adivinhem o quê! - a vaia a Dilma, oras! Prova de que a liberdade faz a coisa bem feita, quando quer, mesmo no improviso! Parabéns aos homens e mulheres livres que não dependem nem de bolsa-família, nem de bolsa-BNDES, que pagam impostos e podem dizer: " - Dilma, vai t.... .. ..!!!"

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