Amizade canalha? Recuse!
Por Ivan Lima
Faz alguns anos fiz um esforço diplomático para não perder
uma amizade. Tínhamos uma luta comum contra uma determinada situação opressiva.
Admirava aquela inteligência, sua cultura, seu grande talento para declamar com
o seu vozeirão, - em público - O corvo de Edgar Alan Poe. Mas o meu amigo, -
professor de história – se tinha infectado pela toxidez mental do petismo.
Claro, ele já seguia o socialismo, a ideologia que inspira o PT.
Mas quando o partido surgiu o meu amigo se apaixonou por
ele. Tem uns poucos anos, antes de falecer de câncer, já nos falávamos bem
pouco. Nossa relação ficou muito tensa, eu defendendo o liberalismo, ele olhando
o mundo pelo viés do petismo, embate quase sempre travado na internet. O meu
amigo dizia para as pessoas das nossas relações que também me admirava,
sobretudo por eu defender em alto e bom tom o capitalismo. O nosso embate no
campo das ideias sempre se tinha travado com elegância de ambas as partes. A
ele, certamente, a minha atitude de combater a ideologia dominante parecia um
ato heroico. Ainda restava razoável percentual de senso e decência no meu
amigo.
Um dia, soube por uma amiga comum que ele estava gravemente doente.
E fui visitá-lo em casa. A partir dali, não tratamos mais de encomia e política
e meu amigo partiu em paz comigo.
Num outro extremo, tem uns anos, fiz amizade pela internet
com outra pessoa, em Brasília, e todo nosso saudável diálogo girava em torno de
literatura. Certa vez, conversando sobre ficção científica e lembrando os
clássicos desse gênero literário que havíamos lido, chegamos ao conto O som de
trovão do Ray Bradbury. E ele, pesaroso, confessou-me que o livro – uma
antologia de FC – em que constava o aludido conto, havia desaparecido. Disse-lhe
então que não só tinha o conto, como o copiaria e o enviaria para ele pelo
correio.
Do outro lado aquela pessoa fez uma festa de agradecimento
ao meu gesto. Dias depois ele acusou o recebimento do que havia lhe prometido.
E o bom relacionamento vinha se aprofundando até que ele me comunicou estar
muito feliz, pois sua filha estava se formando em uma universidade do Chile. Dei-lhe
os parabéns. E disse-lhe que admirava muito o grande esforço e sacrifício que
os chilenos haviam imprimido nas últimas décadas para ser um povo livre e ser
uma nação que tinha se colocado economicamente no primeiro mundo. Imediatamente
passei a ser chamado de fascista, ele se orgulhando de ser petista. E disse não
querer mas relacionamento comigo, a não
ser que mudasse minhas ideias. Parecia ser outra pessoa. Evidentemente, sem
dizer nada, mandei sua amizade ás favas.
Relato esses casos em razão do testemunho de uma senhora no
restaurante de um amigo comum. Ela recém perdeu amizades de infância, não por
causa da política, certamente, mas pela doutrina socialista de discórdia que
prega que a sociedade de mercado sempre será constituída de conflitos individuais
irreconciliáveis. Essa doutrina, já
refutada por Ludwig von Mises, está hoje encarnada com seu espírito de conflito
no PT. E, claro, está presente nos partidos esquerdistas nanicos, seus
satélites. Esse espirito tem por norma doutrinária agir destrutivamente na
família, no trabalho, e nas amizades. Criando discórdia com a luta de classe, distribuindo
privilégios, cotas racistas, querendo impor uma doutrina esdrúxula e refutada, enfim,
socializando ódio entre as pessoas. Certamente
é muito raro ocorrer um caso, dentro do contexto aqui tratado, como o primeiro
que relatei. Nele, haviam liames de uma luta comum, compondo com literatura,
espiritualidade, e sede de conhecimento, que fortemente nos unia.
Mas como no caso da senhora, tornou-se comum, sobretudo nas últimas
eleições presidenciais, amizades serem desfeitas pela imposição dos petistas
tentando subjugar as pessoas com as ideias tirânicas que defendem. Felizmente
ela se respeitou, recusando com veemência aquelas amizades (na realidade, eram
vários petistas “amigos” que convidaram-na a jantar ás vésperas da eleição
presidencial) que queriam escravizar sua mente. Sim, pois trata-se exatamente
disso: escravidão, a meta petista para um governo totalitário.
Como é uma
missão cega, fanática, visando a hegemonia social, discordar, antepor-se ás
absurdas ideias petistas, é virar inimigo. Na ótica imoral de um petista,
quando você refuta suas ideias e práticas partidárias, você imediatamente passa
a ser tachado de fascista, nazista, reacionário. Imediatamente o petista põe em
prática a recomendação de Lênin, seu guru revolucionário: “acuse os adversários
do que você faz, chame-os do que você é”.
A recomendação que tenho aos que lutam por uma sociedade
livre e prospera e que estão enfrentando esses ataques irracionais dos petistas
é muito simples: recuse amizade canalha. Não seja cúmplice do mal cevando
amizade bandida enrustida na ideologia socialista defendida pelo PT que quer
fundar o “paraíso” no país a custo da escravidão, miséria, e genocídio da nação
brasileira.
Fortaleça ainda mais as suas convicções sobre a contribuição
inestimável da economia de mercado à civilização, a defesa dos valores tradicionais
da família, da ética, do respeito irrestrito ao princípio civilizado da
igualdade de todos perante a lei, e da defesa irrestrita do maior valor humano:
a razão.
E espalhe, difunda, ao máximo que puder, esses valores na
sociedade. Seja um agente do bem. Da racionalidade e da decência. Seja um
anticorpo a defender a civilização do câncer da barbárie que o PT defende para
a sociedade e que está maquiado por sua retórica mentirosa e terrorista de
justiça social e de igualdade.
Reaja ao mal. Recuse amizade canalha!
Ivan Lima, 64, é
publicitário.
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