terça-feira, 23 de dezembro de 2014


Crise? A única saída é pouco governo e muito capitalismo!

Por Ivan Lima

A economia do estado intervencionista, por incurável desvio de personalidade ideológica de seus filósofos, sempre privilegia com sua nomenclatura ilusionista para as massas tolas e os acadêmicos cúmplices, bobagens como micro e macro economia, PIB, ou outras siglas do planejamento central, próprias do estado coletivista. O que é um telefone celular, um televisor, ou um computador, compostos de diversos componentes fabricados em vários países pela divisão internacional do trabalho, capitalista? Ora, se dizer que produtos como esses fazem parte da “soma de todos os bens produzidos no país”, ou Produto Interno Bruto, é uma tremenda imprecisão, que nada tem a ver com a realidade econômica dos indivíduos.

A mesma linha de raciocínio para ¹nação rica. Os indivíduos de uma nação quando possuem uma renda per capta alta oriunda da sua grande produtividade e elevada liberdade econômica é que fazem um país rico. E o inverso é tão verdadeiro quanto dois mais dois são quatro. Miséria, pobreza e tirania sempre andam de mãos dadas quando os cidadãos de uma nação possuem muito pouca produtividade, nenhuma – ou pouca – liberdade econômica. Aí temos o estado intervencionista como o nosso rumando aceleradamente através de populismo governamental para o fundo do poço do estado socialista, sem mercado, compra e venda de bens e serviços. 

Todo agente empresarial nasce e luta para ser grande. Mas o discurso do governo brasileiro falando continuamente através da sua propaganda fraudulenta em micro, e pequeno empresário, denota que algo profundamente obscuro acontece. Comecemos por observar que num país cuja mentalidade ainda é colonial e profundamente estatista, nenhuma atividade empresarial existe “legalmente” se não for por ordem do rei absoluto, hoje possuindo sua existência real no estado.

Do nascimento de uma empresa nos gabinetes da burocracia estatal até sua eventual morte, geralmente causada por vírus intervencionista do estado, tudo é decidido via governo que grava capital desde os primeiros momentos do empreendimento. Soma-se a isso, que o nascimento de uma empresa no país, pela própria condição do elevado intervencionismo do governo na economia, o coloca como sócio da empresa através dos impostos, e manipula o empreendimento, mantendo refém seu potencial desenvolvimento com a legislação trabalhista.

O governo, cioso de ser dono dos negócios alheios através do poder das legislações conferidas a políticos e burocratas, lembra continuamente que nenhum empreendedor pode ficar fora de suas asas protetoras porque senão estará na ilegalidade, será denunciado como bandido. Essa é a cruel realidade, mas o discurso do governo é de “proteção e incentivos” ao pequeno empresário. 

Evidentemente, esse discurso é para que aquele passe a “contribuir” com a expropriação que o governo drena das empresas e de todo cidadão para a imensa máquina de destruição de sonhos e vidas que é a infernal máquina burocrática estatal. Ora, se o governo quisesse ajudar bastaria não atrapalhar. Veja-se o que acontece, por exemplo, com a evolução pela ação humana, do comércio tradicional, nas grandes metrópoles.

Nasceu o ²Shopping Center. Apesar de todas as mazelas criadas pelo estado intervencionista nos empreendimentos, a economia de mercado, mesmo com o pouca fresta de liberdade que lhe resta, torna a realidade tão pujante, cheia de vida, criando bem estar para o cidadão e a sociedade. Mas o estado, lembremo-nos, além de possuir legislação que estipula um teto de rendimento para o pequeno empreendedor - também presente nos Shopping Center – para que ele continue sendo pequeno, o que é risível, possui também o nefasto poder de lançar e cobrar impostos.

Em consequência disso, veja-se, então, que não bastassem os nefastos impostos que estão presentes em todos os pequenos traços do empreendimento, ainda a bem pouco tempo surgiu do governo a ideia absurda de estipular e cobrar imposto do serviço de estacionamento que os shoppings cobram de seus clientes. Um absurdo, que certamente irá gravar o capital, causar desemprego, degradar o serviço, além de ferir de morte o direito de propriedade.

O conjunto destrutivo de todas essas ações nefandas da intervenção do governo na vida privada das pessoas, nos seus negócios, é que se tem no país apenas um número muito reduzido de Shopping Center. 

Não fosse essa ação danosa, existiriam milhares e milhares deles, gerando trabalho e renda para milhões e bem estar e riqueza para toda a sociedade.

Sim, temos um quadro histórico, de mentalidade intervencionista, que nasceu com a coroa e solidificou-se com sofisticação e cinismo em toda era republicana e nos dias atuais de altíssima tecnologia de que o estado lança mão para expropriar o sangue e o suor de todo cidadão. O que resta então a fazer, pequeno empreendedor?

Rebelar-se confrontando com outra mentalidade, a mentalidade radicalmente capitalista, essa ideia institucionalizada de que o estado, o governo, é indispensável em sua vida. Mas não reaja, miando baixinho, pedindo diminuição de impostos ou boa aplicação dos mesmos. Mas lute bravamente pelo fim da escravidão que os impostos impõem aos indivíduos, á sociedade. Lute tenazmente pelo fim da escravidão do estado intervencionista que causa pobreza e opressão na sociedade.

Deixe de ter uma mentalidade passiva e pare de reclamar entre paredes, ou esperar pelo aparecimento de um governo benevolente, e passe a reagir com o imenso potencial decisório que você tem, para que esse ³quadro um dia mude, mesmo que isso seja para os seus descendentes. Reaja a esse tétrico estado de coisas com as ideias libertadoras do liberalismo.

Governo, estado, é somente para cumprir a única função que justifica sua existência: segurança eficiente, para que os cidadãos possam colher em paz e liberdade os frutos do seu trabalho.

Portanto, pequeno empresário, lembre-se a todo o momento de suas agruras que o governo cria nos seus negócios, causando crises: a única saída para isso é pouco governo e muito capitalismo!

- ¹ até o grande escocês, - Adam Smith – derrapou no título da sua obra genial, - “A Riqueza das Nações” - quando nele abstrai a ação do indivíduo.

- ²veja-se a nefanda proibição do conluio bandido entre governo e sindicatos regulando e restringindo os Shopping Center nas festas de fim de ano em Belém, o que a própria sociedade, consumidores, incluindo aí trabalhadores e empresários já haviam consagrado.  

- ³ não se pode deixar de fora desse dantesco quadro, a inflação que o governo cria fabricando e manipulando dinheiro para as suas “políticas públicas” e “desenvolvimento”, queimando capital e degradando a moeda.

Ivan Lima, 64, é publicitário.



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