Crise? A única saída é pouco governo e muito capitalismo!
Por Ivan Lima
A economia do estado intervencionista, por incurável desvio
de personalidade ideológica de seus filósofos, sempre privilegia com sua
nomenclatura ilusionista para as massas tolas e os acadêmicos cúmplices, bobagens
como micro e macro economia, PIB, ou outras siglas do planejamento central, próprias
do estado coletivista. O que é um telefone celular, um televisor, ou um
computador, compostos de diversos componentes fabricados em vários países pela divisão
internacional do trabalho, capitalista? Ora, se dizer que produtos como esses fazem
parte da “soma de todos os bens produzidos no país”, ou Produto Interno Bruto,
é uma tremenda imprecisão, que nada tem a ver com a realidade econômica dos
indivíduos.
A mesma linha de raciocínio para ¹nação rica. Os indivíduos
de uma nação quando possuem uma renda per capta alta oriunda da sua grande
produtividade e elevada liberdade econômica é que fazem um país rico. E o
inverso é tão verdadeiro quanto dois mais dois são quatro. Miséria, pobreza e
tirania sempre andam de mãos dadas quando os cidadãos de uma nação possuem
muito pouca produtividade, nenhuma – ou pouca – liberdade econômica. Aí temos o
estado intervencionista como o nosso rumando aceleradamente através de
populismo governamental para o fundo do poço do estado socialista, sem mercado,
compra e venda de bens e serviços.
Todo agente empresarial nasce e luta para ser grande. Mas o
discurso do governo brasileiro falando continuamente através da sua propaganda fraudulenta
em micro, e pequeno empresário, denota que algo profundamente obscuro acontece.
Comecemos por observar que num país cuja mentalidade ainda é colonial e profundamente
estatista, nenhuma atividade empresarial existe “legalmente” se não for por
ordem do rei absoluto, hoje possuindo sua existência real no estado.
Do nascimento de uma empresa nos gabinetes da burocracia estatal
até sua eventual morte, geralmente causada por vírus intervencionista do
estado, tudo é decidido via governo que grava capital desde os primeiros
momentos do empreendimento. Soma-se a isso, que o nascimento de uma empresa no
país, pela própria condição do elevado intervencionismo do governo na economia,
o coloca como sócio da empresa através dos impostos, e manipula o
empreendimento, mantendo refém seu potencial desenvolvimento com a legislação
trabalhista.
O governo, cioso de ser dono dos negócios alheios através do
poder das legislações conferidas a políticos e burocratas, lembra continuamente
que nenhum empreendedor pode ficar fora de suas asas protetoras porque senão
estará na ilegalidade, será denunciado como bandido. Essa é a cruel realidade,
mas o discurso do governo é de “proteção e incentivos” ao pequeno empresário.
Evidentemente,
esse discurso é para que aquele passe a “contribuir” com a expropriação que o
governo drena das empresas e de todo cidadão para a imensa máquina de
destruição de sonhos e vidas que é a infernal máquina burocrática estatal. Ora,
se o governo quisesse ajudar bastaria não atrapalhar. Veja-se o que acontece,
por exemplo, com a evolução pela ação humana, do comércio tradicional, nas
grandes metrópoles.
Nasceu o ²Shopping Center. Apesar de todas as mazelas
criadas pelo estado intervencionista nos empreendimentos, a economia de
mercado, mesmo com o pouca fresta de liberdade que lhe resta, torna a realidade
tão pujante, cheia de vida, criando bem estar para o cidadão e a sociedade. Mas
o estado, lembremo-nos, além de possuir legislação que estipula um teto de
rendimento para o pequeno empreendedor - também presente nos Shopping Center – para
que ele continue sendo pequeno, o que é risível, possui também o nefasto poder
de lançar e cobrar impostos.
Em consequência disso, veja-se, então, que não bastassem os nefastos
impostos que estão presentes em todos os pequenos traços do empreendimento, ainda
a bem pouco tempo surgiu do governo a ideia absurda de estipular e cobrar
imposto do serviço de estacionamento que os shoppings cobram de seus clientes. Um
absurdo, que certamente irá gravar o capital, causar desemprego, degradar o
serviço, além de ferir de morte o direito de propriedade.
O conjunto destrutivo de todas essas ações nefandas da
intervenção do governo na vida privada das pessoas, nos seus negócios, é que se
tem no país apenas um número muito reduzido de Shopping Center.
Não fosse essa
ação danosa, existiriam milhares e milhares deles, gerando trabalho e renda
para milhões e bem estar e riqueza para toda a sociedade.
Sim, temos um quadro histórico, de mentalidade
intervencionista, que nasceu com a coroa e solidificou-se com sofisticação e
cinismo em toda era republicana e nos dias atuais de altíssima tecnologia de
que o estado lança mão para expropriar o sangue e o suor de todo cidadão. O que
resta então a fazer, pequeno empreendedor?
Rebelar-se confrontando com outra mentalidade, a mentalidade
radicalmente capitalista, essa ideia institucionalizada de que o estado, o
governo, é indispensável em sua vida. Mas não reaja, miando baixinho, pedindo diminuição
de impostos ou boa aplicação dos mesmos. Mas lute bravamente pelo fim da
escravidão que os impostos impõem aos indivíduos, á sociedade. Lute tenazmente pelo
fim da escravidão do estado intervencionista que causa pobreza e opressão na
sociedade.
Deixe de ter uma mentalidade passiva e pare de reclamar
entre paredes, ou esperar pelo aparecimento de um governo benevolente, e passe
a reagir com o imenso potencial decisório que você tem, para que esse ³quadro
um dia mude, mesmo que isso seja para os seus descendentes. Reaja a esse tétrico
estado de coisas com as ideias libertadoras do liberalismo.
Governo, estado, é somente para cumprir a única função que
justifica sua existência: segurança eficiente, para que os cidadãos possam
colher em paz e liberdade os frutos do seu trabalho.
Portanto, pequeno empresário, lembre-se a todo o momento de
suas agruras que o governo cria nos seus negócios, causando crises: a única
saída para isso é pouco governo e muito capitalismo!
- ¹ até o grande escocês, - Adam Smith – derrapou no título
da sua obra genial, - “A Riqueza das Nações” - quando nele abstrai a ação do
indivíduo.
- ²veja-se a nefanda
proibição do conluio bandido entre governo e sindicatos regulando e
restringindo os Shopping Center nas festas de fim de ano em Belém, o que a própria
sociedade, consumidores, incluindo aí trabalhadores e empresários já haviam
consagrado.
- ³ não se pode deixar de fora desse dantesco quadro, a
inflação que o governo cria fabricando e manipulando dinheiro para as suas
“políticas públicas” e “desenvolvimento”, queimando capital e degradando a
moeda.
Ivan Lima, 64, é publicitário.
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