Mensagem de Natal
e Ano Novo
“Que maravilha é ninguém precisar esperar um único momento para melhorar o mundo.”
Por Armando Soares
- edição 28.12.2014 - LIBERTATUM
Reproduzo com imensa satisfação o pensamento e estudos de Friedrich A. Hayek, uma das maiores vozes da liberdade, mestre do bom senso e da esperança.
A ilimitada diversidade da sua natureza - a
ampla variedade de capacidade e potencialidade individuais - é um dos aspectos
mais característicos da espécie humana. A evolução tornou o homem a mais
diversificada de todas as criaturas. Já se disse com muita propriedade que
"a biologia, cuja pedra angular é a variabilidade, dá a cada homem
individualmente um conjunto de atributos únicos que lhe conferem uma dignidade
que, de outro modo, ele não teria. Cada recém-nascido constitui uma incógnita
quanto às suas potencialidades, porque são milhares os genes e os padrões
genéticos desconhecidos e inter-relacionados que contribuem para a sua
formação.
Graças à natureza, à educação
e aos demais cuidados, a criança poderá tornar-se o homem ou a mulher mais
notável que jamais existiu. Em todos os aspectos, ele ou ela trazem em si as
características de um indivíduo distinto. (...) Se as diferenças não são muito
importantes, a liberdade também não o é, e a ideia do valor individual tampouco
o será". O autor acrescenta, com muita razão, que respeitada
teoria da uniformidade da natureza humana, "que superficialmente parece
harmonizar-se com democracia..., poderá, com o tempo, solapar até os ideais
básicos da liberdade e do valor individual tornando nossa vida sem
significado".
Tem sido comum,
nos tempos atuais, minimizar a importância das diferenças congênitas entre os
homens e atribuir à influência do meio todas as diferenças relevantes. Por mais relevante que o meio possa ser, não
devemos subestimar o fato de que os indivíduos já nascem marcadamente
diferentes. A importância das diferenças individuais não seria menor se as
pessoas fossem criadas em ambientes muito semelhantes. Não é correto afirmar,
no sentido factual, que "todos os homens nascem iguais". Podemos
continuar usando esta frase consagrada para exprimir o ideal de que, de um
ponto de vista legal e moral, todos os homens deveriam ser tratados com
igualdade. Mas, para compreender o que esse ideal pode ou deve significar,
devemos primeiramente libertar-nos da crença em qualquer igualdade factual.
Do fato de que as
pessoas são muito diferentes segue-se que, se dispensarmos a todas tratamento
igual, o resultado será a desigualdade das suas posições reais e que a única maneira de colocarmos essas
pessoas em posição de igualdade seria dispensar-lhes tratamentos diferenciados.
Igualdade perante a lei e igualdade material não são, portanto, apenas
categorias diferentes, mas mesmo conflitantes; podemos obter uma ou outra, mas
não as duas ao mesmo tempo. A igualdade perante a lei, que a liberdade exige,
conduz à desigualdade material. Nossa tese é que, embora nos casos em que o
Estado, por outros motivos tem o direito de usar a coerção, deva dispensar a
todos o mesmo tratamento,
querer nivelar as pessoas em suas condições individuais é algo que não pode ser
aceito numa sociedade livre para justificar coerção adicional e
discriminatória.
Não nos opomos à
igualdade enquanto tal. Apenas acontece que a reivindicação de igualdade
constitui o objetivo que aqueles que desejam impor à sociedade um padrão
preconcebido de distribuição alegam almejar. Nós somos contrários a toda
tentativa de impingir à sociedade qualquer modelo de distribuição preconcebido,
quer ele implique uma ordem de igualdade ou de desigualdade. Verificaremos, com
efeito, que muitos dos que exigem uma extensão da igualdade não querem
realmente igualdade, mas uma distribuição mais próxima às concepções humanas de
mérito individual, e que suas pretensões são tão irreconciliáveis com a
liberdade quanto às exigências mais rigorosamente igualitárias.
“Não
acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente
porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está
escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus
professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque
foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação,
se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de
todos, aceite-o e viva-o.” (Buda)
“Que
neste Natal, eu possa lembrar dos que vivem em guerra, e fazer por eles uma
prece de paz. Que eu possa lembrar dos que odeiam, e fazer por eles uma prece
de amor. Que eu possa perdoar a todos que me magoaram, e fazer por eles uma
prece de perdão. Que eu lembre dos desesperados, e faça por eles uma prece de
esperança.
Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,e faça uma prece de alegria.
Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor, e faça por ele uma prece de fé. Obrigada Senhor por ter alimento, quando tantos passam o ano com fome.
Por ter saúde, quando tantos sofrem neste momento. Por ter um lar, quando tantos dormem nas ruas. Por ser feliz, quando tantos choram na solidão. Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio. Pela minha paz, quando tantos vivem o horror da guerra.” (Desconhecido)
À
DESCOBERTA DO AMOR - Ensaia um sorriso e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol e desprende-o onde houver noite. Descobre uma nascente e nela limpa quem vive
na lama. Toma uma lágrima e pousa-a em
quem nunca chorou. Ganha coragem e dá-a a quem não sabe lutar. Inventa a vida e
conta-a a quem nada compreende. Enche-te de e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor e fá-lo conhecer ao Mundo. (Mahatma Gandhi)
Que a paz, a alegria, a
esperança visite a casa de todos os paraenses e brasileiros.
Armando Soares – economista
e-mail: teixeira.soares@uol.com.br
Armando Soares é articulista de LIBERTATUM
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