Três erros, entretanto, foram
decisivos para a derrota estratégica que sofreram não só os cidadãos
fardados, mas toda a força conservadora no país.
Por Lenilton Morato - 19 Set 2011
A
Comissão da Verdade, cujo representante dos militares será José
Genoíno, é de fundamental importância para a comprovação de inúmeras
declarações feitas por diversos integrantes do governo-Estado petista de
que o Exército de hoje é diferente do Exército de ontem. O silêncio
catacúmbico que reverbera nos quartéis a este respeito não deixa maiores
dúvidas.
Durante
o período no qual o Brasil foi governado por Presidentes militares
muitos erros e acertos foram cometidos. Três erros, entretanto, foram
decisivos para a derrota estratégica que sofreram não só os cidadãos
fardados, mas toda a força conservadora no país.
O
primeiro deles foi a negativa do Marechal Castelo Branco em utilizar-se
de uma estrutura similar ao DIP, da era Vargas, de maneira que pudesse
combater a propaganda subversiva. O presidente não queria ter sua imagem
atrelada à censura de Getúlio. O resultado foi a progressiva
infiltração de ideias revolucionárias dentro da produção jornalística,
cultural e artística.
O
segundo erro foi o afastamento de Carlos Lacerda da cena política do
país. Conservador de atuação política destacada, seu afastamento
praticamente preparou o terreno para a tomada do poder pela esquerda,
que os próprios militares haviam combatido (com massivo apoio popular),
anos depois. O governo preocupou-se no combate à guerrilha e à
subversão, mas esqueceu-se do front cultural e político. O resultado foi
uma fragorosa derrota estratégica. Militarmente, comunistas,
socialistas e a esquerda em geral foram derrotados. Politicamente,
venceram. Assim, tal como os EUA no Vietnã, todas as batalhas foram
vencidas, mas a guerra foi perdida.
O
terceiro erro foi a estratégia do silêncio. Ao optarem pelo ostracismo,
os militares facilitaram sobremaneira o trabalho de reescritura da
história por parte dos então derrotados. Isto possibilitou às forças de
esquerda a conquista do apoio popular e a substituição progressiva de
valores tradicionais (chamados burgueses) por seu novo código de ética e
moral (chamado de valores do povo), mesmo que esta nova escala de
valores fosse inteiramente contrária ao que a população efetivamente
pensava.
A
soma destes três erros decretou a derrota do movimento de 31 de Março
de 1964. Na verdade, a data marca apenas a troca de estratégia por parte
da esquerda de tomar o poder. Da utilização da força para a conquista
cultural e moral do país. Esta nova postura não foi percebida por nossos
chefes militares a tempo, inclusive modificando algumas políticas
externas do país, como a sua aproximação com a antiga URSS e o apoio ao
movimento socialista em Angola. Os vermelhos chegaram de roldão ao
poder, aparelharam o Estado e compraram mentes e corações com tolas
ideias de igualdade ou com o vil metal.
A
Comissão da Verdade, cujo representante dos militares será José
Genoíno, é de fundamental importância para a comprovação de inúmeras
declarações feitas por diversos integrantes do governo-Estado petista de
que o Exército de hoje é diferente do Exército de ontem. O silêncio
catacúmbico que reverbera nos quartéis a este respeito não deixa maiores
dúvidas.
Os
agentes do Estado que atuaram contra sequestradores, terroristas,
estupradores, assassinos e assaltantes serão caçados, punidos, e presos.
E os militares de hoje permanecerão em silêncio... Premonição? Mãe
Dinah? Búzios? Não. Basta olharmos ao nosso redor para vermos o que
aconteceu aos nossos hermanos uruguaios e argentinos. Oficiais e praças
presos, acusados de atentado aos direitos humanos por terem lutado
contra os criminosos que queriam mergulhar seus países na ditadura
proletária. A carta dos militares argentinos presos (presos políticos)
nos dá uma amostra do que está por vir. Nele, verificamos que a
estratégia esquerdista é a mesma: de que o Exército Argentino de hoje é
diferente do de ontem, afirmativa que os autores repudiam sob o
argumento de que lá (tal como cá) o Exército é um só. Mas lá o "Exército
de hoje" também se calou.
Sob
a manta evasiva da disciplina, nada pode ser dito nem falado (sob pena
de se quebrar um dos pilares do Exército). Sob este "respaldo" é que se
guiam para calarem-se diante de uma situação que pode colocar na cadeia
pessoas como o coronel Brilhante Ustra e ao mesmo tempo dar vencimento
de general à família de Carlso Lamarca, sujeito que julgou e matou um
tenente da Força Pública de São Paulo a coronhadas dentre outros crimes.
A
Comissão da Verdade não é nada mais que um tribunal revolucionário aos
moldes da VAR Palares, MR-8, Vanguarda Popular Revolucionária e outros
movimentos e organizações terroristas que julgavam e sentenciavam
qualquer cidadão à revelia de qualquer instituto legal ou moral. Seu
surgimento possui um único propósito: queimar os arquivos ainda vivos
daqueles anos e garantir aos vitoriosos terroristas de ontem cada vez
mais indenizações, à custa do bolso e do dinheiro do desmemoriado e
explorado povo brasileiro.
Enquanto
este verdadeiro ataque ao cerne do Exército é realizado, a preocupação
maior dos mlitares é com os seus vencimentos, com os aumentos que não
chegam jamais. É claro que esta é uma preocupação de extrema
importância, mas muito mais urgente é o desmonte histórico que está se
desenhando em nosso Exército e, por extensão às Forças Armadas. Por
dinheiro, vende-se a própria alma, entrega-se ao carrasco amigos e
companheiros de outrora.
O
Exército de hoje é o mesmo de ontem e será o mesmo Exército de amanhã.
Infelizmente, não é o que a conjuntura atual nos mostra. Desenha-se um
verdadeiro expurgo da caserna.
Veja como publicado no site:
Nunca esqueça:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".
Esta
é uma comunicação oficial do Em Direita Brasil. Reenvie imediatamente
esta mensagem para toda a sua lista, o Brasil agradece.
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