Estarão mesmo os proponentes do padrão-ouro sendo "místicos"? Ou estarão os proponentes do sistema fiduciário gerido sob a vontade de uma elite de servidores públicos sendo "sedutores"?
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No dia 06 de julho de 2011, Paul Krugman publicou em sua coluna "A Consciência de um Liberal", do New York Times, um artigo de intitulado "The Armageddon Caucus", no qual o articulista e laureado com o prêmio Nobel - talvez o inimigo vivo mais vociferoso do padrão-ouro, disse:
"Então considere, agora, o que está acontecendo na política. Os defensores do ouro dominaram o Partido Republicano; mesmo que eles não possam voltar a impor o padrão-ouro, eles tornarão muito difícil para os futuros Bernankes fazer tanto quanto o atual tem feito para debelar a crise. E haverá um grande empurrão não apenas para a diminuição do tamanho do estado, mas também para converter programas federais tais como o Medicaid e o seguro-desemprego em benefícios em bloco, mais ou menos garantindo que serão cortados do que expandidos em uma época de desemprego. (os grifos são nossos)"
O Sr. Krugman, inequivocamente um dos mais bem premiados polemistas da esquerda - com um prêmio Nobel com que impor o seu prestígio - tem uma longa história de oposição ao ouro. Em 1996, ele escreveu:
"Os devaneios dos defensores do ouro"
(The golg bugs variations)
Sinopse: O padrão-ouro é um mito econômico cujo único benefício é o de parecer ser bom.
A lenda do Rei Midas tem sido geralmente mal-compreendida. A maior parte das pessoas pensa que a maldição que fazia com que tudo o que o velho sovina tocasse se transformasse em ouro, deixando-o incapaz de comer ou beber, era uma lição sobre os perigos da avareza. Mas o verdadeiro pecado de midas era sua incapacidade de entender de economia monetária. O que os deuses realmente queriam dizer-lhe era que o ouro é somente um metal. Que se algumas vezes parece ser mais do que isto, é apenas porque a sociedade julgou conveniente usar o ouro como um meio de trocas - uma ponte entre outros bens verdadeiramente desejáveis. Existem outros meios de troca possíveis, e é doentio imaginar que este bela substância, embora moderadamente útil, possa ter um caráter de insubstitutibilidade.
Porém há muitas pessoas - quase todas ardentes conservadoras - que rejeitam aquela lição. Enquanto Jack Kemp, Steve Forbes, e o editor do Wall Street Journal Robert Bartley são mais bem conhecidos pela promoção da economia da produção (supply-side economics), eles são igualm,ente dedicados à crença de que a chave da prosperidade é um retorno ao padrão-ouro, sobre o qual John Maynard Keynes lançou o epíteto de "relíquia bárbara" mais de 60 anos atrás. Com alguma sorte, estes Midas dos últimos dias jamais porão um dedo na política monetária vigente. Não obstante, são pessoas influentes - fazem parte de uma das facções que agora lutam pela alma do Partido Republicano, o os apaixonados argumentos que eles fazem pelo padrão-ouro são uma janela útil para o modo como eles pensam.
Há uma causa que serve de motivo para um retorno ao padrão-ouro. Não é uma causa muito boa, e a maior parte dos economistas mais sensíveis a rejeitam, mas a ideia não é completamente maluca. Por outro lado, as ideias dos nossos modernos defensores do padrão-ouro são completamente doidas. Sua crença no ouro, ao contrário, não é pragmática, mas mística.
Há uma ironia aqui. Os mais proeminentes proponentes de hoje do padrão-ouro tomam a posição de que o ouro tem um passado muito melhor, tal como Lewis E. Lehrman afirma, "no laboratório da história", que a moeda fiduciária de curso forçado da qual o Sr Krugman está entre os defensores mais celebrados. Nós, os "defensores do ouro" (golg bugs), mantemos a posição que os proponentes tais como o Sr Krugman, da política monetária gerenciada sob a discricionariedade de especialistas, são aqueles engajados em soluções mágicas. No dia 9 de julho da semana passada, o proponente do padrão-ouro do Washington Post (e Conselheiro Sênior TGSN) James Grant escreveu uma elegante análise de como o dinheiro baseado na fé é ruim para a economia e porque o padrão-ouro é bom, ressaltando:
"Deficits sem lágrimas", o economista francês Jacques Rueff denominou estes arranjos sedutores"
Portanto, o argumento agora está juntado e aproximadamente se encaixa.
Estarão mesmo os proponentes do padrão-ouro sendo "místicos"? Ou estarão os proponentes do sistema fiduciário gerido sob a vontade de uma elite de servidores públicos sendo "sedutores"?
Não é possível que ambos estejam corretos. Nos últimos 40 anos, desde que o presidente Nixon abandonou "temporariamente" o que restava do padrão-ouro uma enorme quantidade de dados têm sido acumulados.
Sim, Sr. Krugman. Os defensores do padrão-ouro tomaram o Partido Republicano. A questão crítica agora é ser julgado pela suprema corte da opinião pública.
Nós, os defensores do padrão-ouro (gold bugs), não poderíamos esperar por um adversário mais valoroso como um "advogado da defesa" na acusação do papel moeda inconversível do que Paul Krugman.
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