Caros, estou retransmitindo na íntegra algumas notícias emitidas pela Agência Brasil. A interpretação dos fatos - praticamente auto-explicativas - deixo a vocês.
Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A legalização do aborto esquentou os ânimos no último dia
da 3ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres. Depois de
muito protesto e barulho, a maioria das representantes dos movimentos
feministas decidiu incluir o tema no documento final do encontro.
Em uma primeira votação, as participantes aprovaram proposta que
pedia a “descriminalização do aborto e o atendimento humanizado na Rede
de Saúde Pública do Sistema Único de Saúde (SUS), para que seja
garantida a autonomia da mulher e que nenhuma mulher seja punida,
maltratada ou humilhada por ter feito um aborto e não corra risco de
morte”.
Houve insatisfação com o teor do documento por parte de um grupo que
passou a cobrar a inclusão da legalização do aborto na proposta.
“Legaliza. É meu direito de escolha”, diziam as defensoras da
legalização. “A legalização não vai ajudar no debate no Congresso”,
contestavam as contrárias.
A coordenadora da mesa, Rosana Ramos, teve de convocar a votação da
proposta por duas vezes por causa da discussão em torno do tema. Na
segunda votação, a maioria aprovou a proposta com o item sobre a
legalização do aborto.
A ministra da Secretária de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes,
alertou que o debate para mudança na lei brasileira para incluir a
legalização do aborto deve ser articulado com o Congresso Nacional, e
não com o governo federal. Segundo ela, o governo irá respeitar a
legislação atual, que considera o aborto crime e o autoriza somente
quando há risco de morte para a gestante ou a gravidez ocorreu em
decorrência de estupro.
As conferencistas aprovaram também a ampliação da licença
maternidade de quatro meses para seis meses e medidas que garantam a
autonomia financeira das mulheres, como capacitação e inclusão delas em
atividades econômicas dominadas pelos homens.
A conferência reuniu cerca de 2,5 mil representantes de mulheres de
todos os estados do país durante quatro dias de debates. O documento
final será compilado e encaminhado a órgãos federais, estaduais e
municipais.
Edição: Aécio Amado
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