Pilares de uma nova ordem

Não querer se submeter ao processo de restauração é direito de qualquer cidadão. Mas impedir outros de fazê-lo é, além de cercear a liberdade alheia, burlar o Estado Democrático de Direito, cuja Carta Magna que o norteia é a Constituição.

Matheus Viana – Revista Profecia

Enquanto na Nigéria e em alguns países orientais cristãos são perseguidos e executados por islâmicos fundamentalistas ou Estados comunistas, no Brasil, cristãos estão prestes a ser sentenciados pela guerrilha moral do movimento homossexual.

Não bastasse as tentativas de doutrinação sexual por intermédio do chamado ‘kit gay’ e do polêmico PL 122/06 que visa criminalizar a opinião contrária ao comportamento – e não ao indivíduo – homossexual, ignorando desta forma as liberdades religiosa e de expressão garantidas pela Constituição, a mais nova proposta do movimento é punir pastores e padres que pregam, através da TV, da rádio e da internet, a cura da conduta homossexual. Mote que levou a psicóloga Rozângela Justino, no ano de 2009, a ter sua licença cassada pelo Conselho Federal de Psicologia. Sim, há vários casos de pessoas que, por iniciativas próprias, buscaram tratamento para abandonar a prática e lograram êxito.

Veja qual é o intento. Este movimento não visa apenas punir os agentes de transformação, mas coibir a liberdade daqueles que querem deixar de agir como tal. Prova cabal de ditadura moral. O protagonista da barbárie contra o bom senso é o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), ganhador do programa Big Brother Brasil em 2005, que é homossexual.

Em entrevista ao programa Poder e Política – Entrevista, conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues, no dia 15/12, o deputado afirmou: “Por exemplo, sabe o que é inaceitável? São as igrejas financiarem programas de recuperação e de cura de homossexualidade. E o pastor promover esse tipo de serviço nos seus cultos e dizer: "Vocês, homossexuais, venham para os nossos programas de terapia e de cura de homossexualidade". Homossexualidade não é uma doença. E afirmação de que homossexualidade é uma doença gera sofrimento psíquico para a pessoa homossexual e para a família dessa pessoa (sic).”.

O ex-homossexual Claudemiro Soares em seu livro Homossexualidade Masculina – Escolha ou destino?, relata: “Ao discorrer sobre a origem da homossexualidade, Sigmund Freud afirmava que algumas experiências poderiam deter o processo evolutivo do individuo e fazê-lo permanecer “fixado” num nível homossexual. Ele chegou a chamar a homossexualidade de “uma variante da função sexual produzida por uma retenção do desenvolvimento sexual (...) Carl Gustav Jung, por exemplo, acreditava que o homossexual masculino está aprisionado por um ‘complexo materno’”. (Leia o texto As ciências da alma e a homossexualidade na íntegra na versão eletrônica da edição 010 de Profecia).

A mentira, o adultério, o ato de roubar, entre outras atitudes são moralmente classificadas como desvios de conduta. Psicanaliticamente, são chamadas de transtornos de comportamento. Já a Bíblia, livro chave dos cristãos, denomina-os como pecado. Com a conduta homossexual, exceto para os homossexuais e simpatizantes, não é diferente. Portanto, se seguirmos a “linha de raciocínio” contida na proposta de Jean Wyllys, os psicólogos e profissionais da área que oferecem tratamento para que mentirosos compulsivos deixem de mentir, por exemplo, devem ser punidos. Assim como os sacerdotes que incitam indivíduos a abandonarem a mentira, o vício, entre outras atitudes consideradas pela própria sociedade como más condutas.

É claro que há muitos que se declaram cristãos, principalmente “evangélicos”, que são mentirosos, corruptos entre outros comportamentos execráveis. Há, acredite, homossexuais que se declaram cristãos. Precisam tanto de restauração quanto os outros. Não querer se submeter ao processo de restauração é direito de qualquer cidadão. Mas impedir outros de fazê-lo é, além de cercear a liberdade alheia, burlar o Estado Democrático de Direito, cuja Carta Magna que o norteia é a Constituição. Pilares de uma Nova Ordem.