domingo, 25 de dezembro de 2011

São para as pessoas (indivíduos) que eu escrevo – para vocês, meus sinceros agradecimentos!


Evolução do blog em 2011  - de 01/01/2011 a 24/12/2011 - por mês
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Neste ano, as visitas ao blog cresceram sempre de forma consistente: muito obrigado pela confiança!
Por Klauber Cristofen Pires
Desde que me dei conta do rumo a um regime totalitarista que o Brasil e o mundo estão seguindo, percebi que o que eu poderia fazer senão pelo meu próprio bem - pois talvez não viva o suficiente – mas por minha filha ou meus futuros netos, seria empreender-me em uma missão pessoal no afã de convencer meus concidadãos do erro em que têm incorrido ao apoiar a escalada de poder petista-esquerdista-estatista-globalista.
Não há outra solução que não a de partir para a guerra das ideias, pelo menos enquanto há tempo, isto é, até que este articulista seja silenciado por um ato judicial revolucionário ou por algum barbudo fedido com uma metralhadora na mão.
Somente a substituição de preconceitos equivocados por ideias corretas e sãs pode nos salvar, mas nem de longe, isto é tudo: o esquerdismo é como uma gripe: a cada vez que é rechaçado, transmuta-se e volta a atacar, o que faz com que o trabalho quase diário de desmascaramento das mentiras difundidas por seus militantes consuma em vão a maior parte dos esforços das poucas pessoas que como eu se incumbem de tal mister.
Na balança, são praticamente cem anos de uma contínua atividade revolucionária no Brasil, a maior parte do tempo muito bem financiada e com estratégias projetadas para o longo prazo e aprimoradas com os erros, contra meros espasmos de resposta por parte dos defensores da vida, das liberdades individuais e da propriedade privada que sempre começam do zero em know-how.
Tal foi o meu caso. Apanhei muito e continuo apanhando para aprender a lidar com meus erros e fracassos. Um deles, certamente o maior de todos, foi ter acreditado que poderia obter resultados em escala por meio do contato direto com entidades representativas de classe, isto é, clubes de diretores lojistas, sindicatos patronais, e federações da indústria e do comércio. Custou-me um pouco até constatar que essas instituições, nas pessoas de seus dirigentes, estavam já dominadas ou pela hegemonia cultural esquerdista ou por interesses políticos pessoais imediatistas, mesmo aquelas que, pelo menos a princípio, teriam uma razão de ser completamente antagônica com as políticas estatistas e intervencionistas.
Somente após ter estudado mais profundamente o problema, especialmente sobre a história das políticas antitruste, é que vim compreender o quanto uma substancial parte de cidadãos – sobretudo empresários - escora-se no estado, mancomunando-se com este para obter privilégios de mercado em detrimento dos concorrentes leais e mais trabalhadores, inventivos e dedicados aos seus consumidores. Lênin, afinal, não estava errado quando afirmou que os capitalistas forneceriam a própria corda com que se enforcar.
No Brasil, amalgamaram-se historicamente as piores políticas neste sentido, de tal forma que nada tem de exagero a expressão com que cunhei nosso sistema sócio-econômico de “sociedade de trincheiras”, em infeliz alusão ao título da obra “A Sociedade de Confiança”, de Allain Peyrefitte.
Assim é que nossa legislação antitruste tem ganhado tal importância que o órgão que a executa galgou recentemente um status privilegiado, a ponto de ser reconhecido como o “Super Cade”, cujas prerrogativas incluem até mesmo a autoridade para submeter as empresas privadas a um requerimento prévio para qualquer ato de fusão ou incorporação.
Da mesma forma, os inutilíssimos conselhos de classe – nos quais devemos citar especialmente a OAB – ascenderam ao topo de suas perspectivas ao terem se revestido da forma de autarquias, competentes para legislar em causa própria e à revelia da Constituição e das leis, perseguindo desafetos e protegendo seus afiliados, estabelecendo obrigações esdrúxulas para os estabelecimentos empresariais, impondo taxas e multas e fechando-os tão somente com base no alto poder discricionário que desfrutam.
Do lado do sindicalismo trabalhista, toda sorte de privilégios e benefícios - tantas vezes impossíveis de serem cumpridos - vão sendo impostos ao mercado, com o compadrio de um poder judiciário especializado ostensivamente parcial, que penalizam principalmente os trabalhadores mais competentes e os desempregados.
Por fim, quem não tem nenhuma destas coisas à mão, pode contar sempre com alguma ONG para arrancar dinheiro e poder de quem trabalha e produz.
Em nosso país, quem não está associado a alguma dessas gangues está perdido. É um pária, ou um “dalit” – a mais inferior das castas hindus. Seu destino é trabalhar de sol a sol e ser achincalhado de todos os lados, todos os dias.
Praticamente não há espaço para a opinião individual. É muito difícil para alguém ser corajoso o suficiente para contrariar em público os interesses do grupo a que faz parte, e é tão ou mais difícil que sua ousadia seja ouvida e assimilada pelos outros, que também estão submissos aos seus respectivos grupos de interesse.
Não obstante, foi justamente dessa forma que o blog LIBERTATUM tem conseguido um paulatino sucesso: falando aos indivíduos! Ora, como eu poderia ter sido tão ingênuo lá no começo, a ponto de desprezar logo o que de mais importante há nos valores que defendo?
Entre os meus leitores, há militares, empresários, profissionais liberais, funcionários públicos, trabalhadores celetistas, donas-de-casa, e até, pasmem, sindicalistas! Entretanto, imagino que todos eles se enxerguem como pessoas ao ler dos meus textos, e muito consonantemente, assim mesmo são por mim tratados.
Em comum, estas pessoas compreendem que são seres humanos dotados de dignidade e personalidade, com direito a viverem as suas próprias vidas e realizarem seus próprios sonhos e projetos. Como brasileiros, entendem que é hora de acabarmos com o tribalismo coletivista vigente e autofágico, e que para tanto precisam fazer valer, pra começar – o princípio de que somos todos iguais...perante a lei!
Com efeito, ninguém pode acusar este que vos transmite estas palavras de defender este ou aquele: tenho escrito tanto a favor dos empresários, defendendo o valor apriorístico da propriedade privada, quanto para repudiar as leis de preços mínimos; tenho reconhecido os méritos dos militares quanto a terem livrado o Brasil do terrível destino de transformar-se em uma gigantesca Cuba tanto quanto tenho apontado as infelicidades de várias das políticas aplicadas durante o regime militar;  e tem sido desta forma com praticamente qualquer grupo social a que muitos reivindiquem um pensamento de classe.
Assim é que as visitações ao blog têm crescido de forma consistente, talvez um pouco lenta – pelo menos do ponto de vista de minha ansiedade pelos números - mas isto pouco me importa, desde quando conheço parte dos meus leitores pelos seus comentários ou e-mails, de onde concluo que são em geral pessoas de grande cultura: um público de alto nível certamente é algo muito mais valioso do que as centenas de milhares que acodem aos blogs de fofocas televisivas, tipo BBB e afins.
 Com a confiança angariada dos leitores que vão ficando – a taxa de rejeições tem diminuído à medida que as visitas têm aumentado, vai se criando uma comunidade consciente e potencialmente protagonista de um futuro melhor. Com a ajuda de Deus e de vocês, espero comemorar o Natal de 2012 com as estatísticas dobradas e expectativas melhores com relação ao futuro desta nossa terra que não merece a rapinagem dos que desfrutam do poder atualmente.
Muito obrigado e vamos em frente!

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