Neste ano, as visitas ao blog
cresceram sempre de forma consistente: muito obrigado pela confiança!
Desde
que me dei conta do rumo a um regime totalitarista que o Brasil e o mundo estão
seguindo, percebi que o que eu poderia fazer senão pelo meu próprio bem - pois
talvez não viva o suficiente – mas por minha filha ou meus futuros netos, seria
empreender-me em uma missão pessoal no afã de convencer meus concidadãos do
erro em que têm incorrido ao apoiar a escalada de poder
petista-esquerdista-estatista-globalista.
Não
há outra solução que não a de partir para a guerra das ideias, pelo menos
enquanto há tempo, isto é, até que este articulista seja silenciado por um ato
judicial revolucionário ou por algum barbudo fedido com uma metralhadora na mão.
Somente
a substituição de preconceitos equivocados por ideias corretas e sãs pode nos
salvar, mas nem de longe, isto é tudo: o esquerdismo é como uma gripe: a cada
vez que é rechaçado, transmuta-se e volta a atacar, o que faz com que o
trabalho quase diário de desmascaramento das mentiras difundidas por seus
militantes consuma em vão a maior parte dos esforços das poucas pessoas que
como eu se incumbem de tal mister.
Na
balança, são praticamente cem anos de uma contínua atividade revolucionária no
Brasil, a maior parte do tempo muito bem financiada e com estratégias
projetadas para o longo prazo e aprimoradas com os erros, contra meros espasmos
de resposta por parte dos defensores da vida, das liberdades individuais e da
propriedade privada que sempre começam do zero em know-how.
Tal
foi o meu caso. Apanhei muito e continuo apanhando para aprender a lidar com
meus erros e fracassos. Um deles, certamente o maior de todos, foi ter
acreditado que poderia obter resultados em escala por meio do contato direto com
entidades representativas de classe, isto é, clubes de diretores lojistas,
sindicatos patronais, e federações da indústria e do comércio. Custou-me um
pouco até constatar que essas instituições, nas pessoas de seus dirigentes,
estavam já dominadas ou pela hegemonia cultural esquerdista ou por interesses
políticos pessoais imediatistas, mesmo aquelas que, pelo menos a princípio,
teriam uma razão de ser completamente antagônica com as políticas estatistas e
intervencionistas.
Somente
após ter estudado mais profundamente o problema, especialmente sobre a história
das políticas antitruste, é que vim compreender o quanto uma substancial parte
de cidadãos – sobretudo empresários - escora-se no estado, mancomunando-se com
este para obter privilégios de mercado em detrimento dos concorrentes leais e
mais trabalhadores, inventivos e dedicados aos seus consumidores. Lênin,
afinal, não estava errado quando afirmou que os capitalistas forneceriam a
própria corda com que se enforcar.
No
Brasil, amalgamaram-se historicamente as piores políticas neste sentido, de tal
forma que nada tem de exagero a expressão com que cunhei nosso sistema
sócio-econômico de “sociedade de trincheiras”, em infeliz alusão ao título da
obra “A Sociedade de Confiança”, de Allain Peyrefitte.
Assim
é que nossa legislação antitruste tem ganhado tal importância que o órgão que a
executa galgou recentemente um status privilegiado, a ponto de ser reconhecido
como o “Super Cade”, cujas prerrogativas incluem até mesmo a autoridade para
submeter as empresas privadas a um requerimento prévio para qualquer ato de
fusão ou incorporação.
Da
mesma forma, os inutilíssimos conselhos de classe – nos quais devemos citar
especialmente a OAB – ascenderam ao topo de suas perspectivas ao terem se
revestido da forma de autarquias, competentes para legislar em causa própria e
à revelia da Constituição e das leis, perseguindo desafetos e protegendo seus
afiliados, estabelecendo obrigações esdrúxulas para os estabelecimentos
empresariais, impondo taxas e multas e fechando-os tão somente com base no alto
poder discricionário que desfrutam.
Do
lado do sindicalismo trabalhista, toda sorte de privilégios e benefícios -
tantas vezes impossíveis de serem cumpridos - vão sendo impostos ao mercado,
com o compadrio de um poder judiciário especializado ostensivamente parcial,
que penalizam principalmente os trabalhadores mais competentes e os
desempregados.
Por
fim, quem não tem nenhuma destas coisas à mão, pode contar sempre com alguma
ONG para arrancar dinheiro e poder de quem trabalha e produz.
Em
nosso país, quem não está associado a alguma dessas gangues está perdido. É um
pária, ou um “dalit” – a mais inferior das castas hindus. Seu destino é
trabalhar de sol a sol e ser achincalhado de todos os lados, todos os dias.
Praticamente
não há espaço para a opinião individual. É muito difícil para alguém ser
corajoso o suficiente para contrariar em público os interesses do grupo a que
faz parte, e é tão ou mais difícil que sua ousadia seja ouvida e assimilada pelos
outros, que também estão submissos aos seus respectivos grupos de interesse.
Não
obstante, foi justamente dessa forma que o blog LIBERTATUM tem conseguido um
paulatino sucesso: falando aos indivíduos! Ora, como eu poderia ter sido tão
ingênuo lá no começo, a ponto de desprezar logo o que de mais importante há nos
valores que defendo?
Entre
os meus leitores, há militares, empresários, profissionais liberais, funcionários
públicos, trabalhadores celetistas, donas-de-casa, e até, pasmem, sindicalistas!
Entretanto, imagino que todos eles se enxerguem como pessoas ao ler dos meus
textos, e muito consonantemente, assim mesmo são por mim tratados.
Em
comum, estas pessoas compreendem que são seres humanos dotados de dignidade e personalidade,
com direito a viverem as suas próprias vidas e realizarem seus próprios sonhos
e projetos. Como brasileiros, entendem que é hora de acabarmos com o tribalismo
coletivista vigente e autofágico, e que para tanto precisam fazer valer, pra
começar – o princípio de que somos todos iguais...perante a lei!
Com
efeito, ninguém pode acusar este que vos transmite estas palavras de defender
este ou aquele: tenho escrito tanto a favor dos empresários, defendendo o valor
apriorístico da propriedade privada, quanto para repudiar as leis de preços
mínimos; tenho reconhecido os méritos dos militares quanto a terem livrado o
Brasil do terrível destino de transformar-se em uma gigantesca Cuba tanto
quanto tenho apontado as infelicidades de várias das políticas aplicadas
durante o regime militar; e tem sido
desta forma com praticamente qualquer grupo social a que muitos reivindiquem um
pensamento de classe.
Assim
é que as visitações ao blog têm crescido de forma consistente, talvez um pouco
lenta – pelo menos do ponto de vista de minha ansiedade pelos números - mas
isto pouco me importa, desde quando conheço parte dos meus leitores pelos seus
comentários ou e-mails, de onde concluo que são em geral pessoas de grande
cultura: um público de alto nível certamente é algo muito mais valioso do que
as centenas de milhares que acodem aos blogs de fofocas televisivas, tipo BBB e
afins.
Com a confiança angariada dos leitores que vão
ficando – a taxa de rejeições tem diminuído à medida que as visitas têm
aumentado, vai se criando uma comunidade consciente e potencialmente
protagonista de um futuro melhor. Com a ajuda de Deus e de vocês, espero
comemorar o Natal de 2012 com as estatísticas dobradas e expectativas melhores
com relação ao futuro desta nossa terra que não merece a rapinagem dos que
desfrutam do poder atualmente.
Muito
obrigado e vamos em frente!
Obriigado pelo blog e parabéns! Boas festas!
ResponderExcluir