sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

UM NOVO EMBUSTE POLITICAMENTE CORRETO


O politicamente correto, traduzindo em miúdos, é tipo aquela cerquinha para prender porcos selvagens. É uma cerca aqui, e outra acolá, e pouco a pouco lá se foi a liberdade. É o aprisionamento físico.
Pelo Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Dizem que a Lei da Palmada é um instrumento do Estado pra coibir o castigo físico.

Acreditamos que o castigo físico deva ser usado à larga nas instituições que sob a égide dos governos federal, estadual e municipal sentam a borduna nos jovens, alguns, não tão inocentes e merecedores de uma boa cadeia, e não de enrustidas entidades intermediárias que os aperfeiçoam na sua futura carreira de marginais, com especialidades no furto de automóveis, nos assaltos, nos trambiques e outras atividades margino – educativas.

Porém, o macete é enfiar todo o mundo no mesmo saco, mas fiscalizar, nem pensar.

Contudo, os diligentes parlamentares, como um poço de boa conduta e moralísticas intenções, nem se abalam na total implantação da Lei da Ficha Limpa, no fim do voto secreto, de acabar com os Atos Institucionais, entre outras primordiais e prioritárias medidas para acabar com a esbórnia nossa de cada dia.

Mas falou em dar palmadas corretivas, em beber um miserável copo de cerveja e depois dirigir, sai de baixo, pois um furor de moralidade atinge os parlamentares do último fio de cabelo até a planta do pé. Daí, a Lei da Palmada na Câmara ter passado por unanimidade, com mais de 100% de aprovação.

O politicamente correto, traduzindo em miúdos, é tipo aquela cerquinha para prender porcos selvagens. É uma cerca aqui, e outra acolá, e pouco a pouco lá se foi a liberdade. É o aprisionamento físico.

O método do politicamente correto, em alguns casos é o cerceamento da vontade, é a eliminação da opção, é a limitação da liberdade, não apenas física, mas intelectual.

Apresenta - se o problema, como o das armas, e as armas matam inocentes e bandidos. Mas, se sublinharmos que só matam inocentes e batermos nesta tecla inúmeras vezes, chegaremos à conclusão de que aqueles que têm armas, se cidadãos são criminosos (ter arma é um crime inafiançável), se bandido, não, é instrumento de trabalho.

Assim, criamos mais uma cerquinha politicamente correta.

Como ninguém reclama, chegamos a um ponto em que os insatisfeitos ficam envergonhados, temerosos de serem os únicos, e se calam.  Desse modo, vamos engolindo de medida politicamente correta, em medida politicamente correta, e como bois no pasto, cada dia mais ruminantes.

Veja bem, caso você chame uma bichona de viado, foi enfiado na cabeça da população que o travestido sofrerá um trauma tão grande e poderá ficar tão lelé da cuca que o agente do chamamento ao expor o drama sexual do coitado, estará cometendo um crime e será preso no ato.

O bom senso sobre as diversas medidas politicamente corretas que têm sido enfiadas na nossa cabeça nos alertam que elas chegam ao desplante de serem ridículas, pois do alto da nossa idade nunca escutamos alguém em altos brados chamar um travestido sexual de viado. Talvez, isto ocorra lá nas zonas do baixo e do alto meretrício. Quem sabe.

Os craquentos ou cracosos, comunidade adepta do uso do/da crack, novo alvo de benesses desgovenamentais, como todos estão carecas de saber, são por nossa culpa, numa visão de que os outros sempre serão os culpados e, portanto, devem pagar.

As medidas anunciadas custam caro.

A mensagem é impositiva, devemos acabar com os doentes por crack, e haja providências prometidas, tratamento hospitalar de pronto, bolsa - crack para quebrar o galho do viciado, seringas de graça, apoio psicológico, surra nos pais que não deram o apoio necessário ao rebento renitente, e aumento de impostos para financiar esta nova campanha politicamente correta.

É isso ai minha gente, você sempre será o culpado, e como tal, vai pagar.

Brasília, DF, 15 de Dezembro de 2011.


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