Logo que estouraram na mídia as primeiras declarações do candidato democrata Índio da Costa, lancei um texto em que indago se ele age como um conveniente aríete para o candidato José Serra, ou, inesperadamente, como um rouba-cena. Pelo desenvolvimento dos fatos até o presente momento, estou para optar pela segunda alternativa...
A petralhada anda furiosa com Índio da Costa. Não anda se comportando como deveria, ou melhor, como eles acham que ele deveria. Assim se manifestou Michel temer após o debate promovido pelo jornal O Estado de São Paulo: "Algumas acusações de natureza pessoal à Dilma eu registrei e achava ser um exagero, como tentar ligar Dilma ao narcotráfico. Isso não ajuda o eleitorado, não é que baixou o nível, mas não se deve dizer esse tipo de coisa".
Temer se vale da mesma reação de Lula quando interpelado pelo jornalista Boris Casoy, em 2002, ao perguntar exatamente a mesma coisa, isto é, sobre a ligação do PT com as FARC: "- acho que isto é uma coisa que você nem devia ficar falando na televisão". Só para lembrarmos, logo depois desta entrevista, o reputado apresentador vários anos "na pedra".
O candidato a vice pelo PMDB ainda soltou o típico estratagema da afetação fingida: "Fiz todos os elogios possíveis ao Indio, acho ele um bom rapaz, uma boa figura. Claro que vez ou outra se tentou reduzir um pouco o nível do debate. Eu não entro no nível das reduções dos debates".
Seria oportuno perguntar-lhe porque considera reduzir o nível do debate a apresentação de uma denúncia gravíssima como esta. Será que quer dizer que acumpliciar-se com uma organização de terroristas comunistas narco-traficantes não é baixar o nível, mas acusar os sócios, isto é? Como uma boa resposta antecipada, disparou Índio naquele debate: “Se as Farc me chamarem para uma reunião, eu levo a Polícia Federal e prendo. As Farc não são um movimento social".
Um outro fenômeno curioso da atitude petista (e de seus assemelhados) é dispor do politicamente correto a seu conveniente critério: No debate do Estadão, não faltou a previsível e ridícula alusão ao nome do candidato democrata, pela boca do vice de Marina, Guilherme Leal, tentando igualmente se esquivar da polêmica, ou melhor, da acusação, com o "nosso aguerrido deputado Indio da Costa, com seu arco e flecha". Durante o governo de George Bush, não faltaram todas as imprecações e maledicências racialistas contra a mulher negra Condoleezza Rice e o general negro Colin Powell, inclusive com charges que os comparavam a macacos. Usei de destacar a cor de ambos somente para frisar o fato de que o politicamente correto não passa de um instrumento de lavagem cerebral e dominação psicológica, eis que os seus mentores se abstêm de praticá-lo quando bem entendem, pois o fato é que ambos foram escolhidos por seus méritos pessoais, não para que fosse dada a vez para uma "mulher negra" ou a um "oficial negro". Imaginem se uma coisa assim tivesse saído da boca de Serra ou do próprio Índio...
De Serra, por sua vez, o que tenho constatado é aquele obrismo propositivo sonífero que parece ter sido especialmente projetado para fazê-lo parecer bem mediocrezinho, quase um vassalinho do chefão Lula. Serra quer seguir a fórmula derrotada de Alckmin. Os brasileiros não querem saber se a igreja vai ser construída com uma ou com duas torres. Querem saber quem será o padre. E parece que Serra tem mais vergonha de si do que Dilma, digo, Lula.
De Serra, por sua vez, o que tenho constatado é aquele obrismo propositivo sonífero que parece ter sido especialmente projetado para fazê-lo parecer bem mediocrezinho, quase um vassalinho do chefão Lula. Serra quer seguir a fórmula derrotada de Alckmin. Os brasileiros não querem saber se a igreja vai ser construída com uma ou com duas torres. Querem saber quem será o padre. E parece que Serra tem mais vergonha de si do que Dilma, digo, Lula.
Prezado Klauber,
ResponderExcluirNão podemos deixar o assunto PT-Farc-Foro de São Paulo morrer. Precisamos nos esforçar para trazer cada vez mais o Índio para os holofotes, para ver se o Serra toma vergonha na cara e para de ficar lambendo botas (ou scarpins) dos petralhas.
Grande abraço.
Como lutar contra isso:
ResponderExcluirAugusto Nunes de VEJA, entrevista uma diarista baiana que vive em São Paulo, chamada Neili dos Santos Ferreira, que recebe R$ 20,00 de ajuda do Bolsa Família e vota em quem o "paizão" Lula mandar. Uma nordestina, "of course"! Partes 1 e 2
http://www.youtube.com/watch?v=wwM_97YcIbs
http://www.youtube.com/watch?v=Eagla5G5OJ8