A candidatura da Sra Marina serve como um cadastro-reserva, para uso da Sra Dilma em face do segundo turno. Ela é o Rubinho do Shumacker ou o Massa do Alonso. Por isto é que é necessário desmascará-la no seu papel de falsa concorrência, principalmente para os evangélicos mais crédulos.
Os leitores das casas dos "enta", como eu, devem recordar como se deu o processo de privatização do setor telefônico. Para melhor compreensão dos mais jovens, vou trazer os fatos em pormenores:
A situação inicial do setor da telefonia no Brasil era composto pelo sistema Telebras, pelo qual cada estado mantinha uma empresa estatal de telefonia. Assim, em Santa Catarina, era a Telesc; no Pará, a Telepará, e assim por diante. Para as ligações interurbanas e internacionais, operava uma empresa distinta, a Embratel.
Riam os sem-cãs, mas naquele tempo, ter uma linha de telefone em casa era sinal de status econômico. O telefone era realmente um bem de capital, e muitas pessoas viviam do aluguel de linhas, que, em geral, eram cobradas à base de um salário mínimo. Em termos gerais, um telefone custava cerca de mil e quinhentos dólares (olha só, eu falei dólares, porque era assim o preço cobrado e mesmo porque, em um tempo de hiperinflação, não tenho como me lembrar quantos zeros teria de desfilar nestas linhas). Todavia, em alguns lugares, uma linha poderia custar até dez mil dólares, como era um caso de um amigo meu que morava em Jacarepaguá!
Adquirir uma linha requeria anos de espera, e em alguns casos, as pessoas tinham de se justificar quanto à sua intenção de adquiri-la. Em alguns estados, coisas bizarras como linhas compartilhadas vieram a ter lugar, como no caso do Rio de Janeiro, em que duas ou mais famílias (não necessariamente vizinhas) usufruíam uma mesma linha. Para complementar este quadro caótico, com a privatização do setor o Brasil tomou conhecimento da imensa indústria do favorecimento, dos funcionários fantasmas, de propinas e da espionagem (tanto estatal quanto privada) que prosperava sem um mínimo de controle.
Em outro artigo anterior, escrevi sobre uma situação que vivi em um Natal, quando, por breves momentos, desafiei o frio e a neve no porto de Rotterdam para descer a escada de portaló e buscar aquecimento em algumas palavras de amor com a minha esposa e meus familiares em um telefone público. Naquela noite de Natal, o telefone público holandês permitia ligações com cartão de crédito (No Brasil os cartões de crédito estavam começando a existir, mas mesmo assim, eram válidos somente no Brasil) e continha uma série de canais diretos com as mais diversas operadoras dos países de destino. Bastava teclar a tecla correspondente ao país, que uma atendente se prontificava a receber o cliente em seu próprio idioma. (Isto, dezesseis anos depois, ainda não existe no Brasil...).
Bom, o fato é que tentei, tentei, tentei e tentei, mas já era muito quando, por poucas vezes, conseguia falar com a atendente. A operadora holandesa também não conseguia completar as ligações: as linhas estavam em congestionamento. Então, só por curiosidade, comecei a ligar para Israel, para os EUA, para o Japão e até mesmo para a República Dominicana, ao que era recepcionado prontamente. Que vergonha! Que ódio!
Malgrado tanta desordem, a privatização do nosso setor telefônico não se deu por uma questão ideológica, mas pela inexorável necessidade de se fazer algo contra o estado deplorável do sistema estatal. Da mesma forma que na União Soviética, quando, frente a extremos colapsos, faziam-se algumas concessões à iniciativa privada. Foi assim que tiveram lugar as privatizações, e que no entanto cumpriram um grande papel, ampliando enormemente a oferta dos serviços e barateando-os.
Todavia, um vírus estava latente desde o início: para cada área loteada, o projeto previu uma empresa operadora e a sua concorrente-espelho. O mais engraçado é que a concorrente espelho, utilizando-se de uma tecnologia semelhante à do rádio, usava como tronco a estrutura da sua concorrente principal! Eis o modelo socialista, à moda social-democrata tucana, de compreender a competição: estipulando como concorrentes dois gêmeos siameses! Foi assim que nasceu a Vésper, que lógico, não poderia mesmo durar muito tempo.
Com um estado preocupado em defender antes os concorrentes do que a concorrência, que seria obtida tão somente pela completa abertura do setor, um oligopólio anda se firmando, e o resultado é que vamos retornando àquele sofrível estado inicial, já sentido pelas constantes e crescentes reclamações dos usuários.
Puxa, peço desculpas por tão longa introdução. É que ela foi se tornando interessante. Digo isto porque, como o título do artigo sugere, peguei o teclado para falar de Marina Silva. No entanto, se deu para compreender o paralelo de ambas as situações, mais nada precisa ser demonstrado para desmascarar que a mulher-melancia é nada mais que a oposição-espelho de Dilma Roussef.
Constatem os mais céticos como ela se sente desconfortável no papel da oposição! Tendo sido uma poderosa petista, cuja ideologia abraça, literalmente não consegue apresentar uma proposta alternativa ao partido que a alçou ao cargo de ministra do meio-ambiente. Qualquer coisa distoante que tentar sugerir parecerá tucana ou para seu maior desespero, democrata!
Dona Marina não consegue dar uma palavra firme sobre o aborto, sobre o casamento gay, sobre a relação do PT com as FARC, sobre a carga tributária, sobre o MST, sobre o controle da imprensa e da liberdade de expressão, e até onde saiu de cima do muro, veio tão somente para defender a permanência do terrorista Battisti em solo tupiniquim.
Da última que se sabe dela, quando indagada pelos apresentadores do Jornal Nacional por que teria permanecido no PT mesmo sabendo do mensalão, respondeu que assim o fez para combatê-lo! Aff, como sou mal-informado! Pois juro pra você, prezado leitor, que não me recordo de absolutamente nada à época dos fatos que tenha sido revelado em público quanto ao protagonismo moralizador da Sra Marina Silva em relação a este que se tornou o maior esquema de pagamento de propinas da história.
Resumindo: a candidatura da Sra Marina serve como um cadastro-reserva, para uso da Sra Dilma em face do segundo turno. Ela é o Rubinho do Schumacker ou o Massa do Alonso. Por isto é que é necessário desmascará-la no seu papel de falsa concorrência, principalmente para os evangélicos mais crédulos. “Serva de Deus”, o escambau.
A situação inicial do setor da telefonia no Brasil era composto pelo sistema Telebras, pelo qual cada estado mantinha uma empresa estatal de telefonia. Assim, em Santa Catarina, era a Telesc; no Pará, a Telepará, e assim por diante. Para as ligações interurbanas e internacionais, operava uma empresa distinta, a Embratel.
Riam os sem-cãs, mas naquele tempo, ter uma linha de telefone em casa era sinal de status econômico. O telefone era realmente um bem de capital, e muitas pessoas viviam do aluguel de linhas, que, em geral, eram cobradas à base de um salário mínimo. Em termos gerais, um telefone custava cerca de mil e quinhentos dólares (olha só, eu falei dólares, porque era assim o preço cobrado e mesmo porque, em um tempo de hiperinflação, não tenho como me lembrar quantos zeros teria de desfilar nestas linhas). Todavia, em alguns lugares, uma linha poderia custar até dez mil dólares, como era um caso de um amigo meu que morava em Jacarepaguá!
Adquirir uma linha requeria anos de espera, e em alguns casos, as pessoas tinham de se justificar quanto à sua intenção de adquiri-la. Em alguns estados, coisas bizarras como linhas compartilhadas vieram a ter lugar, como no caso do Rio de Janeiro, em que duas ou mais famílias (não necessariamente vizinhas) usufruíam uma mesma linha. Para complementar este quadro caótico, com a privatização do setor o Brasil tomou conhecimento da imensa indústria do favorecimento, dos funcionários fantasmas, de propinas e da espionagem (tanto estatal quanto privada) que prosperava sem um mínimo de controle.
Em outro artigo anterior, escrevi sobre uma situação que vivi em um Natal, quando, por breves momentos, desafiei o frio e a neve no porto de Rotterdam para descer a escada de portaló e buscar aquecimento em algumas palavras de amor com a minha esposa e meus familiares em um telefone público. Naquela noite de Natal, o telefone público holandês permitia ligações com cartão de crédito (No Brasil os cartões de crédito estavam começando a existir, mas mesmo assim, eram válidos somente no Brasil) e continha uma série de canais diretos com as mais diversas operadoras dos países de destino. Bastava teclar a tecla correspondente ao país, que uma atendente se prontificava a receber o cliente em seu próprio idioma. (Isto, dezesseis anos depois, ainda não existe no Brasil...).
Bom, o fato é que tentei, tentei, tentei e tentei, mas já era muito quando, por poucas vezes, conseguia falar com a atendente. A operadora holandesa também não conseguia completar as ligações: as linhas estavam em congestionamento. Então, só por curiosidade, comecei a ligar para Israel, para os EUA, para o Japão e até mesmo para a República Dominicana, ao que era recepcionado prontamente. Que vergonha! Que ódio!
Malgrado tanta desordem, a privatização do nosso setor telefônico não se deu por uma questão ideológica, mas pela inexorável necessidade de se fazer algo contra o estado deplorável do sistema estatal. Da mesma forma que na União Soviética, quando, frente a extremos colapsos, faziam-se algumas concessões à iniciativa privada. Foi assim que tiveram lugar as privatizações, e que no entanto cumpriram um grande papel, ampliando enormemente a oferta dos serviços e barateando-os.
Todavia, um vírus estava latente desde o início: para cada área loteada, o projeto previu uma empresa operadora e a sua concorrente-espelho. O mais engraçado é que a concorrente espelho, utilizando-se de uma tecnologia semelhante à do rádio, usava como tronco a estrutura da sua concorrente principal! Eis o modelo socialista, à moda social-democrata tucana, de compreender a competição: estipulando como concorrentes dois gêmeos siameses! Foi assim que nasceu a Vésper, que lógico, não poderia mesmo durar muito tempo.
Com um estado preocupado em defender antes os concorrentes do que a concorrência, que seria obtida tão somente pela completa abertura do setor, um oligopólio anda se firmando, e o resultado é que vamos retornando àquele sofrível estado inicial, já sentido pelas constantes e crescentes reclamações dos usuários.
Puxa, peço desculpas por tão longa introdução. É que ela foi se tornando interessante. Digo isto porque, como o título do artigo sugere, peguei o teclado para falar de Marina Silva. No entanto, se deu para compreender o paralelo de ambas as situações, mais nada precisa ser demonstrado para desmascarar que a mulher-melancia é nada mais que a oposição-espelho de Dilma Roussef.
Constatem os mais céticos como ela se sente desconfortável no papel da oposição! Tendo sido uma poderosa petista, cuja ideologia abraça, literalmente não consegue apresentar uma proposta alternativa ao partido que a alçou ao cargo de ministra do meio-ambiente. Qualquer coisa distoante que tentar sugerir parecerá tucana ou para seu maior desespero, democrata!
Dona Marina não consegue dar uma palavra firme sobre o aborto, sobre o casamento gay, sobre a relação do PT com as FARC, sobre a carga tributária, sobre o MST, sobre o controle da imprensa e da liberdade de expressão, e até onde saiu de cima do muro, veio tão somente para defender a permanência do terrorista Battisti em solo tupiniquim.
Da última que se sabe dela, quando indagada pelos apresentadores do Jornal Nacional por que teria permanecido no PT mesmo sabendo do mensalão, respondeu que assim o fez para combatê-lo! Aff, como sou mal-informado! Pois juro pra você, prezado leitor, que não me recordo de absolutamente nada à época dos fatos que tenha sido revelado em público quanto ao protagonismo moralizador da Sra Marina Silva em relação a este que se tornou o maior esquema de pagamento de propinas da história.
Resumindo: a candidatura da Sra Marina serve como um cadastro-reserva, para uso da Sra Dilma em face do segundo turno. Ela é o Rubinho do Schumacker ou o Massa do Alonso. Por isto é que é necessário desmascará-la no seu papel de falsa concorrência, principalmente para os evangélicos mais crédulos. “Serva de Deus”, o escambau.
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