Em plena campanha eleitoral, venho mais uma vez pedir o seu voto! Vote em você mesmo! Você se conhece! Você confia em si próprio!
Desde há um bom tempo tenho nutrido a preocupação em tentar encontrar as palavras certas para as pessoas de renda mais baixa. Tenho que esta deve ser uma preocupação de todos os escritores liberal-conservadores que tem de ser tentada dia sim, dia também, por mais mal-sucedida que seja ainda no seu início. Isto não significa fingir escrevendo gramaticalmente errado ou em uma linguagem pobre, mas sim encontrar os argumentos certos para convencer estas pessoas que um estado assistencialista tem a lhes roubar muito mais recursos do que lhes conceder benefícios.
Anti-política foi a palavra que cunhei para designar uma atitude diferente, qual seja, a de colocarmos os políticos - todos eles - na parede! De repudiarmos severamente todas as suas tentativas de abocanharem mais un naco dos recursos que suamos tanto para conquistar a cada dia; de antepormos as nossas mãos espalmadas em sinal de "pare" quando intentam imiscuir-se em nossas vidas privadas. De acompanharmos os seus passos em cada licitação, questionando a verdadeira necessidade das suas infindas obras tantas vezes desnecesárias.
Caro leitor, pode crer piamente: se a CPMF não foi pra frente, foi por causa de uma reprovação muito clara da parte da opinião pública. Então isto significa que podemos fazer muito mais!
Preste atenção: ser "anti-político" não significa o mesmo que ser "apolítico". Ser apolítico é afastar-se completamente da política, deiixando o galinheiro com as portas bertas para as raposas. Ao contrário, ser anti-político é justamente colocar uns bons cães pastores de guarda e até para caçar estas raposas.
Certo dia, meu pai me falava sobre um amigo que tinha uma barraca de comércio informal de roupas. Ele era conhecido por alimentar um ódio figadal de políticos, e me contou de uma certa vez em que um determinado candidato se aproximou dele para pedir o seu voto, ao que teve por resposta algo mais ou menos assim "-Seu Fulano, suma da minha frente! Detesto políticos! Pois saiba que o Sr estragou o meu dia! Vá procurar outra freguesia"!
Eu sei que há um artigo de Bertold Brecht a rotular as pessoas como este pobre homem trabalhador de "ignorantes políticos". Todavia, com o passar do tempo, as minhas reflexões têm me conduzido no caminho de entender que este homem está mais do que certo. Ele sabe que estes morcegões estão ali somente a lamber-lhe com a saliva anestésica para em seguida sugar-lhe o sangue, na forma de cada vez mais impostos e perseguições burocráticas. Ele sabe que labuta no mercado informal porque os políticos transformaram-lhe num pária em seu próprio país, muito embora ele não seja um bandido, mas um homem decente que quer ganhar a vida com o suor do seu rosto. Portanto, falta-lhe apenas, dar-lhe um suporte conceitual sobre a sua postura, e talvez, uma certa organização coletiva que preste efetividade aos seus anseios de ter a sua vida em paz, livre desta raça de parasitas. É aí que entro com a "anti-política".
No Brasil, praticamente metade do povo vive hoje do mercado informal. Isto não pode ser apenas um dado preocupante. Seria meramente preocupante, sim, se fosse algo como 5 ou 10% da população. O fato é que se tanta gente vive, ou melhor - sobrevive - de bicos informais, então é porque o estado lhes impõe um ônus muito pesado para exercerem a cidadania; um fardo muito mais pesado do que podem carregar.
O cotidiano destas pessoas é trabalhar como os cervos se alimentam do pasto, isto é, sempre em vigília contra o ataque dos lobos: os fiscais disto e daquilo que os abordarão quando incautos, a no mínimo, exigir-lhes a propina do dia, quando não para levarem as suas mercadorias, multarem-nos e prenderem-nos.
Desde o fim dos governos militares até hoje, a carga tributária subiu de aproximadamente 25% para cerca de 40%. Esta diferença, em torno de 15%, siginifica que o salário de cada pessoa poderia estar hoje - no mínimo - algo como 18% mais alto - e isto sem contar a poupança que teriam acumulado os patrões e empregados durante este tempo todo, de forma que hoje o Brasil teria mais investimentos, mais empregos e os salários seriam bem maiores.
Uma família de classe baixa, com uma renda mensal de R$ 1.600,00, o que é perfeitamente factível, pois qualquer vendedor do pequeno comércio ou qualquer garçom leva R$ 800,00 para casa, teria, de imediato, caso o governo de uma só tacada devolvesse esta diferença - um ganho de R$ 320,00 mensais!
Porém, façamos ainda mais uma conta: adicionemos a este valor o depósito mensal do FGTS, que ora bolas, deveria é ser pago junto com o salário, já que é dinheiro seu! Então, além, dos R$ 320,00, você teria mais R$ 128,00!
Agora, enfim, somemos isto num prazo de um ano, ou seja, consideremos os doze meses, mais o 13º salário e ainda o terço de férias constitucional. Quanto esta família teria? Olhe bem: são 5.971,85 (Cinco mil, novecentos e setenta e hum reais e oitenta e cinco centavos)!
Com este dinheiro, ela poderia, por exemplo, comprar a casa própria, o sonho número um de todos os brasileiros, ou colocar seus filhos em escolas particulares, ou mesmo contratar um plano de saúde particular para toda a família, mesmo que de enfermaria. Na verdade, com um controle mais severo, daria mesmo para pagar mais de cada um destes bens e serviços simultaneamente.
Você pode reclamar que não dá para pagar tudo ao mesmo tempo. É verdade. Ôpa, espere aí: no tempo em que a carga era de 25%, o governo já prestava todos estes benefícios, e a segurança pública e os transportes eram melhores. Pois, a oferta da casa própria, a saúde e a educação melhoraram de lá para cá? Então, me responda, o que os políticos fizeram com toda esta diferença? Pois eu digo: gastam com muita propaganda, com o MST e mais um milhão de ONGG's (organizações não governamentais-"governamentais"), e vá lá, também com o bumba-meu boi, e claro, também com o Air-Force 51, com pijamas de algodão egípcio, com vinhos Romanée-Conti e por aí vai...
Agora, me diga, você, leitor, especialmente você, que porventura se enquadre nesta situação: Não é a casa própria o sonho de cada brasileiro, o de ter um canto que você possa dizer que seja seu, por mais simples que seja, e que ninguém poderá tirá-lo de lá? Como então pensar em querer uma casa própria e ao mesmo tempo concordar com os políticos em cada vez pagar mais impostos? Será que você acha mesmo que dinheiro dá em árvores, ou que é tão rico assim que dá pra sustentá-los ao mesmo tempo em que acalenta o anseio sofrido de querer ter as suas próprias coisas? Você pode argumentar que com o dinheiro dos impostos o governo pode lhe financiar a sua casa a juros camaradas! Ôpa, mas você acha inteligente dar do seu dinheiro ao governo para ele então emprestá-lo a você a juros?
Caro leitor, e hoje quero prender a atenção sua, especialmente se você tem inclinações ao petismo e a todas estas siglas que tudo prometem dar "de graça": pergunte a qualquer petista, principalmente de um desses que está com a vida arranjada, se ele se utiliza do SUS ou se paga um plano de saúde particular; se ele matricula seus filhos na rede pública ou se lhes paga bons colégios particulares; se ele anda de ônibus ou em um bom carrão do ano, e assim por diante...
Eles não estão errados, não, não! Errado está você, que lhes proporciona tantas regalias sem produzirem nada em troca, tirando de seus próprios filhos para dar aos filhos deles. Enquanto isto, você fica na fila dos hospitais, que decidirão ou não se vão te atender; pegará o ônibus apertado todo santo dia e dormirá na rua para tentar matricular o seu filho numa escola que será abençoada se tiver lâmpadas, um ventilador barulhento e uma carteira riscada. Merenda não, porque isto faz parte do butim da diretora, já que o seu DAS ela tem de repassar ao político que a colocou no cargo...
TENHO 25 ANOS ,DESDE GAROTO TIVE ESTA CONSCIÊNCIA DE ESTAR SENDO ROUBADO NA CARA-DURA,
ResponderExcluirESTE TIPO DE TEXTO ,DEVE IR AO AO NA TELEVISÃO
TEMOS QUE DIVULGAR
ESFREGAR NA CARA
DO BRASILEIRO POR QUE ELE É BURRO
POR CAUSA DOS POLÍTICOS
QUE OS ENGANA ....
Ta
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