Os ateus reduzem-se ao seu niilismo para proclamar a inexistência de um Deus por nossas atribulações terrenas; os cristãos esforçam-se e aos poucos vão superando-as neste mundo de aprendizado e de provações e enfim, os coletivistas-estatistas atribuem tais méritos à ciência que nada diz sobre fins, eles mesmos que recorrentemente usam a ciência para a morte.
Um dos trechos da Bíblia que mais me comovem, tanto pela beleza poética quanto pela profundidade do ensinamento, é o de Mateus, cujos versículos 28 a 33 aqui transcrevo:
E por que ficais preocupados com a roupa? Olhai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Porém, eu vos digo: nem o rei Salomão, em toda a sua glória, jamais se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é queimada no forno, não fará ele muito mais por vós, gente de pouca fé? Portanto, não vos preocupeis, dizendo: Que vamos comer? Que vamos beber? Como vamos nos vestir? Os pagãos é que procuram essas coisas. Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso. Pelo contrário, buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.
Valho-me destas palavras do Cristo para externar o meu entendimento particular sobre a sabedoria nelas contida, para mim um tanto além e mais amplo do que o normalmente discorrido no seio das igrejas e dos templos, e que necessita um pouco de explicação para um possível acolhimento pelo leitor.
Para iniciar, recorro a um filme ao qual asssiti recentemente, "Mãos Talentosas - A História de Ben Carson", protagonizado pelo excelente ator Cuba Gooding Jr, que cada vez mais tem trazido às telas temas enlevantes e emocionantes. Esta película merece ser a próxima dica cultural de LIBERTATUM, na qual faremos uma resenha mais apropriada. Por aqui, utilizar-me-ei apenas do drama que envolve as cenas atuais da trama, qual seja, a arriscada operação de crianças siamesas unidas pelo cérebro, cuja primeira operação foi bem conduzida pelo médico Benjamim Solomon Carson na vida real, em 1987.
Um dos argumentos mais comuns aos ateus é alegarem que se Deus existisse, viveríamos em um mundo por eles considerado perfeito, isto é, sem doenças, sem cataclismas, sem fome, e claro, também sem crianças deformadas ou siamesas. Ao proclamarem tamanha estultice, desconhecem que julgam Deus com base em sua própria ignorância, mas também ponhamos um parênteses nisto, para nos concentrarmos especificamente no quase milagre da medicina livre, capitalista e ocidental de libertar duas crianças com saúde do triste destino de terem de conviver unidas pela cabeça.
Não é da minha intenção aqui incitar o ódio contra os indígenas brasileiros, mas o melhor que estes povos conseguiram fazer até hoje foi "colocar uma pedra sobre o assunto". Literalmente! Destino não muito melhor tiveram os nenéns nascidos ou abortados nos regimes totalitaristas da Alemanha nazista e todos os comunistas, extintos ou ainda vigentes. Na China, ainda hoje milhares de crianças são largadas à morte por inanição, e nem necesitam ser doentes ou deformadas: bastam terem sido os segundos filhos, ou nascido meninas.
Se foram nos Estados Unidos que pela primeira vez na história a humanidade venceu esta terrível provação, terá sido por sua mera riqueza material? Todavia, isto explica por que outros povos tão ricos quanto não chegaram lá? Em outras palavras: acaso uma suposta nação ateísta, por mais rica que fosse, teria se disposto a desenvolver a tecnologia, o conhecimento e as aparelhagens necessárias à operação - coisas que não se conseguem da noite para o dia - de uns poucos casos dentre milhões? Só para constar, até a edição daquele filme, aquele magnífico doutor houvera operado apenas mais cinco casos. Será que uma Coréia do Norte está disposta a gastar tanto para o fim das pessoas quando o seu fim é a máquina chamada estado? Será que não lhe é muito mais fácil descartar uma engrenagem ruim e substitui-la por outra em boas condições?
Quando li da vida de James H. Hill, um famoso empresário norte-americano do ramo ferroviário, deparei-me de frente com um mundo com o qual os brasileiros em sua maioria desconhecem: o inegável talento e a extraordinária capacidade daquele homem de fazer as coisas acontecer e com o seu empreendimento espalhar paz e prosperidade a todos ao seu redor. A sua companhia, a Great Northern Railroad, funcionava não apenas como uma super-eficiente companhia ferroviária, mas também informalmente, como uma eficaz companhia colonizadora: ela financiava a baixo custo a compra de terras ao longo de suas linhas e também promovia carências para os agricultores iniciantes e descontos para os grandes produtores, de modo que literalmente ajudou a fundar dezenas de cidades e e fez centenas ou milhares de famílias ricas de fazendeiros e de outros cidadãos comprometidos com outras atividades produtivas.
Em contrapartida, por onde passavam as linhas férreas estatais, os proprietários de terras tinham de montar guarda armada para se defenderem do desmatamento de suas propriedade para extração dos moentes e alimentação das caldeiras, do roubo de arame farpado e de outras benfeitorias e mesmo do abate de gado para a alimentação dos funcionários!
Com efeito, a "golden age" americana foi construída por muitos homens de boa fé, desejosos de fazer o bem, de construir a prospridade para si e para os demais concidadãos por meio do trabalho árduo e honesto. James Hill reprovava abertamente todos aqueles quantos buscavam o estado para a obtenção de facilidades privilegiadas tais como reservas de mercado, fixação de preços, cotas de mercado, a serem concretizadas, respectivamente, por leis protecionistas contra o comércio exterior, leis de instauração de agências reguladoras e leis antitruste, sem contar outras formas de indevidas intervenções.
Graças a este povo, uma série incontável de quase-milagres tiveram lugar em um mundo ainda submetido à fome, às guerras e às pragas. Digo assim, "quase-milagres", apenas para não confundi-los com os verdadeiros milagres, estes que de fato pertencem a uma ordem sobrenatural. Contudo, não são menos valiosos, especialmente se levarmos em conta que estão presentes massivamente em nossas vidas por meio da luz sobre as nossas cabeças, por meio dos remédios eficazes, dos eletrodomésticos que nos poupam tempo, das boas roupas e de tantos outros bens aos quais nem sequer reis, imperadores e faraós imaginavam usufruir.
Há um outro fato que me obriga a fazer a seguinte conexão: olhemos como o mundo simplesmente explodiu em desenvolvimento desde quando repudiou e aboliu a escravidão. Não foi uma evolução linear: foi exponencial, a tal ponto de termos inaugurado uma nova era em nossa caminhada pela Terra. Não tenho como indistinguir tamanha evidência dos ensinamentos de Jesus contidos naqueles versículos de Mateus: "buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo".
Não se confundam aqueles que recorrerem às duas grandes guerras do século XX para falsificar este argumento: são coisas distintas, com causas distintas: Com a abolição da escravidão, um ato coletivo correto, fomos brindados com um grande desenvolvimento material. Depois que este desenvolvimento se produziu, entretanto, grossa parte da população entendeu que houvera sido criado tão somente com os méritos da ciência, e que este conhecimento de meios deveria pautar os nossos fins, pelo que fomos igualmente castigados. Avançamos e fomos recompensados; retrocedemos e sofremos as consequências.
Tomo por iniciativa revelar aos leitores minhas convicções pessoais acerca de um tema religioso ou espiritual, a alguns talvez um tanto inovadoras ou polêmicas, para procurar demonstrar como não podemos abdicar do bem preceituado por Jesus em troca de efêmeros subornos materiais. Com uma nação escorada nos Seus ensinamentos, muita prosperidade material há de vir, acompanhada de uma boa e abundante vida, rica não só materialmente, mas também de sentido.
Vamos resumir: Os ateus reduzem-se ao seu niilismo para proclamar a inexistência de um Deus por nossas atribulações terrenas; os cristãos esforçam-se e aos poucos vão superando-as neste mundo de aprendizado e de provações e enfim, os coletivistas-estatistas atribuem tais méritos à ciência que nada diz sobre fins, eles mesmos que recorrentemente usam a ciência para a morte.
Este artigo foi escrito há duas semanas do segundo turno de 2010, em meio a uma conjuntura política peculiar em que alguns líderes religiosos, de última hora, tomaram consciência a partiram para a ação a denunciar as iniquidades perpetradas desde longo tempo pelo Partido dos Trabalhadores, mas deve servir como um toque de sino para que todo cristão permanentemente se mantenha em vigília, seja qual for o resultado advindo daquele pleito.
É difícil imaginar como o Estados Unidos eram pobres, era bem dizendo, um país de fazendeiros.
ResponderExcluirAinda querem nos fazer compreender que os Estados Unidos só veio a se tornar uma potência por causa da guerra, como se a eliminação de maior parte da força produtora que é a humana fosse nada danosa para a economia.