Cingapura não produz um grão de arroz, porém representa uma das economias mais vigorosas do mundo. Enquanto isto, Cuba vai indo de mal a pior e agora praticamente emula as convocações forçadas de cidadãos para o campo, tal como no tempo do Khmer Vermelho, desesperada para que produzam algum alimento.
Tenho acompanhado a crise econômica e alimentar cubana desde há algum tempo e somente pelos próprios noticiários oficiais dá para perceber que a coisa tá preta, ou melhor, vermelha.
As notícias, claro, são sempre exibidas como se tratassem de heróicos gestos voluntários de grupos de jovens e demais cidadãos patriotas, quando o que está acontecendo na verdade é que diversos cidadãos cubanos que mal sabem se a raiz é a parte da planta que fica embaixo da terra estão sendo empurrados à força pelo regime para pegar na enxada. Em outros noticiários, já vi jovens em férias escolares obrigados a carregarem tubos de esgoto às costas, e por aí vai....
Não obstante, ainda que fosse assim, não representa um alarme que a produção agrícola seja tratada como um assunto de segurança nacional? Afinal, o que há de heróico ou patriótico em plantar, algo tão corriqueiro no Brasil? Vejam, não estou menosprezado o trabalho dos agricultores brasileiros, muito pelo contrário: estou a dizer que eles produzem muito mais sem a necessidade de tamanha comoção pública. Com efeito, já anunciei aqui em outros artigos anteriores que a produção de arroz cubano mal alcança 1500 kg/hectare enquanto em Santa Catarina, sem cantar hino nenhum, os nossos heróis facilmente ultrapassam os 7000 kg/hectare. Ah, e plantam por gosto, por vocação, por ambição (lucro) e com técnica, implementos e equipamentos.
Na matéria apresentada pelo diário juventud Rebelde que encontra-se no link no primeiro parágrafo deste artigo, este jacta-se em anunciar o ingresso de mais de cem mil (!) cubanos e trinta mil jovens (!) nas atividades agrícolas, "cuando algunos escépticos pensaban que no podría lograrse". Valha-me Deus, mas considerando os que já estavam na atividade, por que tanta gente para plantar para somente dez milhões de pessoas? Ah, certo, é a tal da agricultura familiar, tipo pé descalço e enxada na mão, claro. Em outras palavras, o modelo que o PT pretende estabelecer no Brasil. mal e mal, ocupam-se pessoas ociosas para não conspirarem contra o dadivoso regime ilhéu.
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