Nossa dica cultural para esta semana vai para o comovente filme "Mãos talentosas: a história de Ben Carson", que conta a vida real do médico neuro-cirurgião Benjamin Solomon Carson. Quem tem HBO, está passando lá; para quem não tem, vale a pena pegar na locadora.
O filme é "sem querer querendo", como diria o personagem Chaves (o do bem), do início ao fim um tributo de fé em Deus, determinação, amor e família. Conta a saga de uma senhora pobre que trabalha como babá e diarista e que se esforça para prover um destino diferente para os seus dois filhos, colocando-os para estudar com afinco e espelhando-se em bons exemplos que vai angariando em sua vidas.
Longe do pobrismo vitimista, a léguas de distância de benefícios estatais, e a anos-luz do anti-riquismo idiota latino-americano, em determinado trecho a obra relata o tratamento psicológico a ela (a mãe) ministrado de graça por uma instituição privada que se compadeceu de sua situação. Isto serve para demonstrar que a prestação dos serviços de saúde pela iniciativa privada em um país livre não é exatamente a representada por aquela folclórica quadrilha de avarentos capitalistas ávidos por lucro tal como recorrentemente apregoado pelos defensores do socialismo.
Em um dos momentos mais impressionantes da película, marcado pela honestidade intelectual e pela coragem contra a doxa marxista-racialista, a mãe de Benjamin o tira de uma conceituada escola de brancos por conta de uma atitude racista de uma das professoras, e o matricula em uma outra para estudantes negros; todavia, no novo ambiente o jovem futuro neurocirurgião se revela vulnerável às más influências, tendo chegado ao ponto de ter agredido um colega de turma com um canivete anteriormente comprado de um malandro de rua. Se na escola de brancos ele sofreu com o preconceito, na de negros várias mazelas afloravam e por pouco não o corrompem, se não fosse o arrependimento que o rapaz teve após o mal-sucedido ataque que promoveu (a lâmina do canivete quebrou na fivela do cinto da vítima, tendo assim lhe salvado a vida).
Peço o especial favor a quem tiver apreciado o filme que colabore com LIBERTATUM deixando a sua impressão no espaço dos comentários. E Bom fim-de-semana!
Um filme belíssimo, que nos permite vislumbrar uma democracia racial através da auto determinação e resiliência.
ResponderExcluirAbraço,
Elídia(Salvador-BA)