MEC contestará decisão judicial que permite matrícula a menores de 6 anos. Ridículo
Por Klauber
Cristofen Pires
Entrei
no primeiro ano do curso fundamental com cinco anos de idade. Aos
dezesseis anos, entrei na Escola de Formação de Oficiais da Marinha
Mercante. Aos 20 anos, num dos raros casos de emancipação por
detenção de título de curso de nível superior, estava comandando
os quartos de serviço na praça de máquinas do N/M Doceserra.
Completei meu aniversário de 21 anos no meio do Oceano Índico.
Aos
cinco anos, minha filha já sabia ler e escrever. Ensinamo-a no lar.
Aos seis anos, ela ingressou no primeiro ano do curso fundamental e
lá mesmo, por seus próprios méritos, a coordenação de ensino do
Colégio decidiu transferi-la para o 2º ano.
Se
alguém me perguntar se sofri alguma coisa com isto ou se estou
arrependido, minha resposta será um sonoro "não". Ao que
parece, nossa filha compartilha da mesma opinião, muito embora ainda
conte em tenra idade.
A
formação dita "precoce", que não é precoce coisa
nenhuma, possibilitou-me começar a trabalhar antes mesmo dos 21 anos
completos, com um bom salário de oficial da marinha mercante, e não
com a merreca que se paga aos coitados dos jovens que têm de
submeter ao chamado "trabalho de aprendiz" ou de
estagiário. Da mesma forma, possibilitará à minha filha entrar
cedo em um curso de pós-graduação e exercer a sua especialidade de
forma produtiva aos demais cidadãos.
No Brasil, os
cursos de pós-graduação amiúde são frequentados por pessoas que
já passaram da primeira metade das suas carreiras. Aliás, muitos
são os que jamais trabalharam. Muito mais ostentam a importância de
um status honorífico, à moda de um título nobiliárquico, do que
servem como uma fonte de conhecimentos concretamente úteis ao
desempenho de alguma atividade.
Somente
por minha experiência pessoal e familiar é que reputo como bisonha
e autoritarista a decisão do MEC de recorrer
da decisão
da Justiça Federal que
suspendeu uma resolução que impedia a matrícula de crianças
menores de 6 anos no ensino fundamental.
Depois
de tantas lambanças, entre as quais vale citar a do kit-suruba, o
protagonismo de ensinar aos jovens que escrever errado é que é o
certo, e a novela inglesa (aquela que nunca tem fim) das provas
nacionais com problemas de corrupção e de filtragem ideológica nas
questões, lá vem os barbudos de estrelinha vermelha na lapela criar
uma lombada para as crianças mais esforçadas e talentosas. Estão
entendendo quando eu digo que a lombada é o fetiche do
brasileiro....
Em
países decentes, crianças assim recebem tratamento especial. Seja
por iniciativa dos governos ou de instituições privadas, as
crianças mais talentosas e/ou dedicadas recebem uma instrução mais
aprimorada que lhes acompanhe o bom ritmo. Estes jovenzinhos vão se
tornar no futuro grandes líderes, cientistas, artistas e
empreendedores, e deles dependerão muitas pessoas para a conquista
de um progresso geral.
Agora
prestem atenção no ridículo argumento da secretária de Educação
Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda: “Nós queremos preservar
a normalidade dos sistemas de ensino para que eles possam começar o
ano letivo de letivo de 2012 organizadamente”. Deu pra
perceber? O MEC não está nem aí para o sucesso e o futuro de cada
jovem, mas apenas quer conduzi-los todos, em massa,
“organizadamente”, à maneira de um gado sendo manejado pra lá e
pra cá.
Há
crianças com mal rendimento? Que sejam aprovadas na marra! Há
crianças mais estudiosas e inteligentes? Pois, que esperem pelos
seus demais coleguinhas! O importante é que todos concluam o curso
com a mesma idade inicial e final, para não atrapalhar as
estatísticas e confundir os especialistas. Organizadamente! Ah: “i
izcreiveindo sem medo dus precomçeito dus otro”.
Desde
que o MEC foi fundado, não importa sobre que sigla partidária tenha
sido gerido, a educação e a cultura nacional experimentaram só e
somente só a contínua degradação. O PT veio para “aloprar” de
vez, segundo os próprios confessam.
Pari
passu, a educação no lar, mesmo sendo reconhecida como um
sucesso em muitos países, por conta da ampla superioridade
intelectual aferida, tem sido combatida com ganas pelo Congresso de
maioria socialista e pelo Poder Judiciário também ideologicamente
engajado que tem inescusavelmente desprezado os direitos humanos
universais firmados por tratados que se situam, no plano jurídico,
acima do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e acima da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A ver: “Os
pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução
que será ministrada a seus filhos”
(artigo 26.3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos); "Os
pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos
e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo
com suas próprias convicções."
(Artigo 12.4 da Convenção Americana dos Direitos Humanos)i.
Na
Segunda Guerra Mundial, as tropas aliadas tiveram de lidar com o
terrível dilema de como tratar criancinhas de até 11 ou 12 anos que
já eram ferrenhos soldados nazistas. As crianças da juventude
nazista e comunista tornam-se os soldados mais leais e cruéis,
porque as suas cabecinhas foram bem adestradas pelo estado,
tornando-as absolutamente convictas do que fazem. As meninas nazistas
“fabricavam” filhos em série, para alimentar a máquina de
guerra de Hitler. Milhares de alemães nasceram durante a 2ªGM sem
que jamais tivessem visto com seus olhinhos seus pais.
Lembrem-se
da primeira campanha de Lula à presidência, especialmente de uma
propaganda em que um jovenzinho negro e filho de mãe solteira
levanta o punho em sinal tipicamente de ânimo revolucionário,
exortando os telespectadores a votar no seu ídolo. É isto o que o
PT quer. Se eles mesmos mostram isto, então o que há ainda para se
duvidar?
A
você, caríssimo leitor, que é pai ou mãe, ou mesmo estudante –
vai aqui o meu alerta e o meu apelo: saiam da falsa sensação de
conforto; saiam da inação; o estado quer doutrinar os jovens para
fazer deles doceis ovelhas eleitorais. O estado quer mandar às favas
os valores que vocês querem repassar para os seus filhos, para
doutriná-los a fazer deles seus peões dependentes e obedientes.
Isto
não é uma brincadeira, nem um risco provável: é uma realidade em
estágio avançado de implementação! Acompanhem seus filhos; leiam
os seus livros e os seus cadernos e constatem como a doutrinação
socialista se encontra presente em cada folha!
Somente
uma onda geral de ostensiva indignação pode mudar este estado de
coisas, e para tanto o que vocês têm a fazer é convidar os pais
dos colegas dos seus filhos e expor abertamente o problema. Comecem a
fazer isto já!
O que o MEC quer é bem simples: impedir que qualquer um se sobressaia, tornar a todos medíocres, de forma a impedir "desigualdades" no futuro, principalmente de renda. Como ainda não pode controlar isso geneticamente, usa de todos os meios, inclusive o citado no artigo, além de espoliar com impostos maiores os mais competentes, para "promover a igualdade". Quando finalmente conseguir atingir seus objetivos, teremos tão somente uma população de medíocres. Quando alguém atentar a se olhar no espelho, não verá mais um ser humano, verá uma formiga tamanho família.
ResponderExcluiro que vou perguntar não tem haver com o tema.
ResponderExcluirE a sra. Rachel Sheherazade?
não vi nenhuma manifestação da parte dela, demonstrando interesse no que foi passado a ela por ti.
Justamente... Concordo contigo. Querem uniformizar as crianças, sendo que cada um tem um ritmo de aprendizado, e fazer com que entrem apenas com determinada idade na escola, pode fazer com que os que tem mais facilidade e/ou tenham sido alfabetizados logo em casa como sua filha sejam desestimulados a estudar.
ResponderExcluirAconteceu comigo.
Após fazer o Jardim de Infância, quando fui entrar no ensino fundamental, aos 6 anos, a escola não permitiu que entrasse na 1ª série, e quis que eu fosse para a "Classe de Alfabetização". Lá tinha crianças que não sabiam nem escrever! E logo me passaram para a série seguinte, por verem que eu não devia estar lá.