sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A “lombada” da educação - MEC rejeita precoces


MEC contestará decisão judicial que permite matrícula a menores de 6 anos. Ridículo
Por Klauber Cristofen Pires

Entrei no primeiro ano do curso fundamental com cinco anos de idade. Aos dezesseis anos, entrei na Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante. Aos 20 anos, num dos raros casos de emancipação por detenção de título de curso de nível superior, estava comandando os quartos de serviço na praça de máquinas do N/M Doceserra. Completei meu aniversário de 21 anos no meio do Oceano Índico.
Aos cinco anos, minha filha já sabia ler e escrever. Ensinamo-a no lar. Aos seis anos, ela ingressou no primeiro ano do curso fundamental e lá mesmo, por seus próprios méritos, a coordenação de ensino do Colégio decidiu transferi-la para o 2º ano.
Se alguém me perguntar se sofri alguma coisa com isto ou se estou arrependido, minha resposta será um sonoro "não". Ao que parece, nossa filha compartilha da mesma opinião, muito embora ainda conte em tenra idade.
A formação dita "precoce", que não é precoce coisa nenhuma, possibilitou-me começar a trabalhar antes mesmo dos 21 anos completos, com um bom salário de oficial da marinha mercante, e não com a merreca que se paga aos coitados dos jovens que têm de submeter ao chamado "trabalho de aprendiz" ou de estagiário. Da mesma forma, possibilitará à minha filha entrar cedo em um curso de pós-graduação e exercer a sua especialidade de forma produtiva aos demais cidadãos.
No Brasil, os cursos de pós-graduação amiúde são frequentados por pessoas que já passaram da primeira metade das suas carreiras. Aliás, muitos são os que jamais trabalharam. Muito mais ostentam a importância de um status honorífico, à moda de um título nobiliárquico, do que servem como uma fonte de conhecimentos concretamente úteis ao desempenho de alguma atividade.
Somente por minha experiência pessoal e familiar é que reputo como bisonha e autoritarista a decisão do MEC de recorrer da decisão da Justiça Federal que suspendeu uma resolução que impedia a matrícula de crianças menores de 6 anos no ensino fundamental. 
Depois de tantas lambanças, entre as quais vale citar a do kit-suruba, o protagonismo de ensinar aos jovens que escrever errado é que é o certo, e a novela inglesa (aquela que nunca tem fim) das provas nacionais com problemas de corrupção e de filtragem ideológica nas questões, lá vem os barbudos de estrelinha vermelha na lapela criar uma lombada para as crianças mais esforçadas e talentosas. Estão entendendo quando eu digo que a lombada é o fetiche do brasileiro....
Em países decentes, crianças assim recebem tratamento especial. Seja por iniciativa dos governos ou de instituições privadas, as crianças mais talentosas e/ou dedicadas recebem uma instrução mais aprimorada que lhes acompanhe o bom ritmo. Estes jovenzinhos vão se tornar no futuro grandes líderes, cientistas, artistas e empreendedores, e deles dependerão muitas pessoas para a conquista de um progresso geral.
Agora prestem atenção no ridículo argumento da secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda: “Nós queremos preservar a normalidade dos sistemas de ensino para que eles possam começar o ano letivo de letivo de 2012 organizadamente”. Deu pra perceber? O MEC não está nem aí para o sucesso e o futuro de cada jovem, mas apenas quer conduzi-los todos, em massa, “organizadamente”, à maneira de um gado sendo manejado pra lá e pra cá.


Há crianças com mal rendimento? Que sejam aprovadas na marra! Há crianças mais estudiosas e inteligentes? Pois, que esperem pelos seus demais coleguinhas! O importante é que todos concluam o curso com a mesma idade inicial e final, para não atrapalhar as estatísticas e confundir os especialistas. Organizadamente! Ah: “i izcreiveindo sem medo dus precomçeito dus otro”.
Desde que o MEC foi fundado, não importa sobre que sigla partidária tenha sido gerido, a educação e a cultura nacional experimentaram só e somente só a contínua degradação. O PT veio para “aloprar” de vez, segundo os próprios confessam.
Pari passu, a educação no lar, mesmo sendo reconhecida como um sucesso em muitos países, por conta da ampla superioridade intelectual aferida, tem sido combatida com ganas pelo Congresso de maioria socialista e pelo Poder Judiciário também ideologicamente engajado que tem inescusavelmente desprezado os direitos humanos universais firmados por tratados que se situam, no plano jurídico, acima do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e acima da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A ver:  “Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos” (artigo 26.3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos); "Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções." (Artigo 12.4 da Convenção Americana dos Direitos Humanos)i.
Na Segunda Guerra Mundial, as tropas aliadas tiveram de lidar com o terrível dilema de como tratar criancinhas de até 11 ou 12 anos que já eram ferrenhos soldados nazistas. As crianças da juventude nazista e comunista tornam-se os soldados mais leais e cruéis, porque as suas cabecinhas foram bem adestradas pelo estado, tornando-as absolutamente convictas do que fazem. As meninas nazistas “fabricavam” filhos em série, para alimentar a máquina de guerra de Hitler. Milhares de alemães nasceram durante a 2ªGM sem que jamais tivessem visto com seus olhinhos seus pais.
Lembrem-se da primeira campanha de Lula à presidência, especialmente de uma propaganda em que um jovenzinho negro e filho de mãe solteira levanta o punho em sinal tipicamente de ânimo revolucionário, exortando os telespectadores a votar no seu ídolo. É isto o que o PT quer. Se eles mesmos mostram isto, então o que há ainda para se duvidar?
A você, caríssimo leitor, que é pai ou mãe, ou mesmo estudante – vai aqui o meu alerta e o meu apelo: saiam da falsa sensação de conforto; saiam da inação; o estado quer doutrinar os jovens para fazer deles doceis ovelhas eleitorais. O estado quer mandar às favas os valores que vocês querem repassar para os seus filhos, para doutriná-los a fazer deles seus peões dependentes e obedientes.
Isto não é uma brincadeira, nem um risco provável: é uma realidade em estágio avançado de implementação! Acompanhem seus filhos; leiam os seus livros e os seus cadernos e constatem como a doutrinação socialista se encontra presente em cada folha!
Somente uma onda geral de ostensiva indignação pode mudar este estado de coisas, e para tanto o que vocês têm a fazer é convidar os pais dos colegas dos seus filhos e expor abertamente o problema. Comecem a fazer isto já!

3 comentários:

  1. O que o MEC quer é bem simples: impedir que qualquer um se sobressaia, tornar a todos medíocres, de forma a impedir "desigualdades" no futuro, principalmente de renda. Como ainda não pode controlar isso geneticamente, usa de todos os meios, inclusive o citado no artigo, além de espoliar com impostos maiores os mais competentes, para "promover a igualdade". Quando finalmente conseguir atingir seus objetivos, teremos tão somente uma população de medíocres. Quando alguém atentar a se olhar no espelho, não verá mais um ser humano, verá uma formiga tamanho família.

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  2. o que vou perguntar não tem haver com o tema.

    E a sra. Rachel Sheherazade?

    não vi nenhuma manifestação da parte dela, demonstrando interesse no que foi passado a ela por ti.

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  3. Justamente... Concordo contigo. Querem uniformizar as crianças, sendo que cada um tem um ritmo de aprendizado, e fazer com que entrem apenas com determinada idade na escola, pode fazer com que os que tem mais facilidade e/ou tenham sido alfabetizados logo em casa como sua filha sejam desestimulados a estudar.
    Aconteceu comigo.
    Após fazer o Jardim de Infância, quando fui entrar no ensino fundamental, aos 6 anos, a escola não permitiu que entrasse na 1ª série, e quis que eu fosse para a "Classe de Alfabetização". Lá tinha crianças que não sabiam nem escrever! E logo me passaram para a série seguinte, por verem que eu não devia estar lá.

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