A atividade de cobrança consiste, principalmente, na recuperação dos créditos levantados pela Fiscalização ou confessados pelo contribuinte, relativos à contribuição devida e não recolhida, pelas empresas à Previdência Social.
Por Ricardo Bergamini
I – COBRANÇAS ADMINISTRATIVAS
A atividade de cobrança consiste, principalmente, na recuperação dos créditos levantados pela Fiscalização ou confessados pelo contribuinte, relativos à contribuição devida e não recolhida, pelas empresas à Previdência Social.
Durante uma auditoria fiscal efetuada em uma empresa, é verificado o cumprimento das obrigações tributárias por parte do sujeito passivo relativas às contribuições arrecadadas e administradas pela Secretaria da Receita Previdenciária, podendo resultar na constituição de Notificação Fiscal de Lançamento de Débito – NFLD, Lançamento de Débito Confessado – LDC ou Auto de Infração – AI.
Não havendo pagamento, parcelamento ou impugnação do crédito constituído dentro do prazo legal, o processo passa da esfera administrativa para a esfera judicial e o débito é inscrito em Dívida Ativa. Esta seção abrange a atividade de cobrança de processos de débitos administrativos da Previdência Social.
Não são computados os parcelamentos do Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, instituído pela MP no2.0043, de 14 de dezembro de 1999, cujos valores são recolhidos pela Secretaria da Receita Federal, sendo posteriormente repassados à Previdência Social.
Anos |
VALOR DE COBRANÇAS ADMINISTRATIVAS (R$ Mil)
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-
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Tipo de Instituição
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-
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Total
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Órgãos Públicos
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Empresas Privadas
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Ignorado
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-
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-
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Federais
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Estaduais
|
Municipais
|
-
|
-
|
2006
|
48.275.473
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437.734
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5.228.340
|
4.080.155
|
38.523.136
|
6.108
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2007
|
68.721.782
|
358.024
|
8.467.786
|
4.656.205
|
55.223.872
|
15.894
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2008
|
74.771.384
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247.739
|
10.860.823
|
4.587.505
|
59.064.056
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11.261
|
2009
|
95.520.319
|
163.138
|
11.510.183
|
11.472.846
|
72.370.858
|
3.294
|
2010
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123.287.268
|
15.262.633
|
10.313.851
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196.899
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97.506.685
|
7.200
|
Conclusões:
Em dezembro de 2010, a quantidade de débitos administrativos foi de 796,4 mil, correspondendo a um valor de R$ 123,3 bilhões. Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos administrativos cresceu 173% e o valor aumentou 29,1% no período. As empresas privadas participavam com 95,4% na quantidade e 79,1% no valor total dos débitos administrativos. Comparada com o ano anterior, a quantidade de débitos de empresas privadas cresceu 184,7% e o valor 34,7%. A quantidade de débitos de órgãos públicos federais decresceu (3,2%), e nos órgãos públicos estaduais e municipais cresceu 16,9% e 44,9%, respectivamente. Com relação ao valor, o crescimento foi de 20,7% para os órgãos federais e de 33% para os órgãos municipais, e negativo para os órgãos estaduais (10,4%).
Em 2010, a quantidade de débitos administrativos cadastrados atingiu 790,1 mil créditos, o que correspondeu a um aumento de 114,7% em relação ao ano anterior. Os parcelamentos de débitos administrativos cadastrados por LDC foram 1,5 mil e decresceram 65,9% no período. A quantidade de pagamentos de parcelamentos atingiu 488 mil, o que correspondeu a uma queda de 51,8% em relação ao ano anterior. O valor dos parcelamentos foi de R$ 2,0 bilhões, o que correspondeu a uma queda de 59,8% em relação a 2009. A quantidade de pagamentos de débitos administrativos foi de 60,3 mil e cresceu 78,2% em relação ao ano anterior; enquanto que o valor foi de R$ 568,0 milhões e cresceu 0,6% em relação a 2009.
II - DÍVIDA ATIVA
As atividades da Dívida Ativa se iniciam a partir de: (a) um processo, oriundo da área de Cobrança Administrativa, relativo ao não recolhimento de contribuições previdenciárias ou ao não cumprimento de obrigações legais que, após uma avaliação da documentação para constatação da certeza e liquidez do débito, é inscrito na Dívida Ativa; e (b) um processo cadastrado na Procuradoria relativo à cobrança de débitos não-previdenciários (originado de ato do qual resulta dano ao INSS).
O débito decorre de uma atuação da fiscalização e é documentado pela emissão de uma Notificação Fiscal de Lançamento de Débito – NFLD, um Auto de Infração – AI, ou um Lançamento de Débito Confessado – LDC, que é uma declaração espontânea do devedor. Caso esse débito não possa ser cobrado na área administrativa do INSS, ele é transferido para a Dívida Ativa, podendo ser, posteriormente, ajuizado e/ou parcelado.
Anos
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QUANTIDADE E VALOR DE DÉBITOS NÃO PARCELADOS EM DÍVIDA ATIVA
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-
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Quantidade
|
Valor (R$ Mil)
| ||||
-
|
Total
|
Tipo de Instituição
|
Total
|
Tipo de Instituição
| ||
-
|
Órgãos Públicos
|
Empresas Privadas
|
Órgãos Públicos
|
Empresas Privadas
| ||
2006
|
637.288
|
9.113
|
628.175
|
138.901.270
|
10.553.964
|
128.347.306
|
2007
|
636.792
|
8.095
|
628.697
|
142.553.665
|
8.644.342
|
133.909.323
|
2008
|
738.986
|
8.837
|
730.149
|
162.453.802
|
10.869.032
|
151.584.770
|
2009
|
858.273
|
11.782
|
846.491
|
188.813.430
|
13.463.087
|
175.350.343
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2010
|
1.073.218
|
11.968
|
1.061.250
|
194.793.740
|
12.565.469
|
182.228.271
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Conclusões:
Em dezembro de 2010, a quantidade de débitos não-parcelados atingiu 1,1 milhão, no valor de R$ 194,8 bilhões, o que correspondeu a um acréscimo de 25,0% na quantidade e de 3,2% no valor, em relação a dezembro de 2009. As empresas privadas participaram com 98,8% da quantidade e 93,6% do valor dos débitos não-parcelados.
A quantidade de débitos parcelados, em dezembro de 2010 foi de 15,9 mil, e o valor atingiu 3,2 bilhões, o que correspondeu a um decréscimo de 50,7% na quantidade e de 66,2% no valor, quando comparado com dezembro do ano anterior. Cerca de 98,7% da quantidade e 98,5% do valor dos débitos parcelados foram de empresas privadas.
De 2009 para 2010, a quantidade e o valor dos pagamentos de débitos decresceram, respectivamente, 18,7% e 40,2%. A quantidade e o valor do pagamento de parcelamentos convencionais decresceram, respectivamente, 60% e 68%. O pagamento de parcelamentos especiais diminuiu 59,1% na quantidade e 49,3% no valor. O pagamento de outros débitos decresceu 47,2% na quantidade e 59,4% no valor, naquele período.
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