IPCA de outubro fica em 0,43%
Por Ricardo Bergamini
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,43% em outubro, situando-se abaixo dos 0,53% de setembro em 0,10 ponto percentual. Com este resultado o acumulado no ano ficou em 5,43%, acima da taxa de 4,38% relativa a igual período de 2010. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 6,97%, recuando em relação aos 7,31% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2010, a taxa havia ficado em 0,75%.
Os preços dos alimentos (de 0,64% em setembro para 0,56% em outubro) continuaram aumentando, mas em ritmo menos acelerado, causando impacto de 0,13 ponto percentual ao invés dos 0,15 do mês anterior. Entre os principais produtos que contribuíram para este comportamento, destacam-se o leite (de 2,47% para 0,05%), frango inteiro (de 2,94% para -0,05%) e feijão carioca (de 6,14% para -1,88%). Outros alimentos, no entanto, se apresentaram em alta, exercendo pressão sobre o índice do mês, a exemplo do café moído (de 2,26% para 3,02%), óleo de soja (de 1,23% para 2,12%) e refeição fora (de 0,51% para 0,72%).
Nos transportes (de 0,78% em setembro para 0,48% em outubro), o recuo foi provocado por vários itens. As passagens aéreas tiveram variação bem menos acelerada do que no mês anterior, embora tenham continuado a exercer o principal impacto no mês, com 0,06 ponto percentual. Para viagens em outubro, os vôos disponíveis subiram, em média, 14,26% em relação à média daqueles que foram disponibilizados para viagens em setembro, quando a alta chegou a 23,40%. O resultado do grupo foi influenciado, também, peloscombustíveis (de 0,69% para 0,10%), com o preço do litro doetanol indo dos 3,01% de setembro para uma queda de 0,36%, enquanto o litro da gasolina apresentou variação bem menor, indo de 0,51% para 0,17%. Destaca-se, ainda, o item conserto de automóvel (de 1,23% para 0,60%), que se manteve em alta, mas em menor ritmo, além das tarifas dos ônibus interestaduais (de 0,01% para -0,20%) e dos automóveis, tanto novos (de 0,18% para -0,09%) quanto usados (de 0,51% para -0,15%), com preços em queda.
As despesas com habitação (de 0,71% em setembro para 0,62% em outubro) cresceram menos do que no mês anterior devido à taxa de água e esgoto (de 1,19% para 0,86%), aluguel (de 0,92% para 0,80%), energia elétrica (de 0,55% para 0,40%) e gás de botijão (de 1,36% para 0,10%).
O item empregados domésticos, cuja variação havia atingido 1,00% em setembro, reduziu para 0,10% em outubro e, junto com itens como cabeleireiro (de 1,03% para 0,54%) e costureira(de 0,75% para 0,41%), levaram ao recuo das despesas pessoais(de 0,53% para 0,22%).
Os artigos de vestuário (de 0,80% em setembro para 0,74% em outubro) também subiram em ritmo menos acelerado, enquanto o grupo artigos de residência (de -0,36% para -0,20%) se manteve em queda. Com isto, os não alimentícios tiveram variação de 0,39%, abaixo dos 0,50% do mês de setembro:
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Porto Alegre (0,98%) influenciado principalmente pela variação da energia elétrica (1,16%), cujas tarifas foram reajustadas em 7,60% a partir de 26 de outubro. Além disso, houve pressão do aumento do condomínio (4,46%) e da gasolina (4,64%). O menor índice foi o de Salvador (0,00%) tendo em vista o resultado do grupo alimentação e bebidas (-0,22%), o menor entre as regiões pesquisadas:
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2011 (referência) com os preços vigentes no período 27 de agosto a 28 de setembro de 2011 (base).
INPC variou 0,32% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,32% em outubro, abaixo do resultado de 0,45% de setembro. Com isto, o acumulado do ano fechou em 4,94%, acima da taxa de 4,75% relativa a igual período de 2010. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 6,66%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (7,30%). Em outubro de 2010, o INPC havia ficado em 0,92%.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,35% em outubro, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,31%. Em setembro, os resultados ficaram em 0,61% e 0,38%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Porto Alegre (0,82%) influenciado principalmente pela variação da energia elétrica (1,16%) cujas tarifas foram reajustadas em 7,60% a partir de 26 de outubro. Além disso, houve pressão do aumento do condomínio (4,46%) e da gasolina (4,64%). O menor índice foi o de Salvador (-0,04%) tendo em vista o resultado do grupo alimentação e bebidas (-0,46%), o menor entre as regiões pesquisadas:
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2011 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de agosto a 28 de setembro de 2011 (base).
Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.
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