Todas as fórmulas propositivas das esquerdas resumem-se a um destes dois princípios: riqueza sem trabalho e prazeres sem responsabilidades. Consequentemente, a violência dos regimes socialistas advém do esforço de negação das vicissitudes naturais ao munto terrestre.
Por Klauber Cristofen Pires
Estávamos há uns dias atrás eu e
outros bons amigos a debater sobre a dificuldade dos
liberal/conservadores de se fazerem compreendidos pela população
mais iletrada. Realmente, eis aí um verdadeiro desafio, que não é
de fundo de verdade, mas de comunicação, ou, em outras palavras, as
nossas dificuldades não pesam tanto “no que” temos a dizer
quanto em “como” dizer.
Confesso que para mim mesmo esta é uma
meta, e ainda mais dificultada por três objeções voluntariamente
autoimpostas: a primeira, a que não vou maltratar a língua culta
com a intenção de me fazer próximo das gentes mais simples; a
segunda é a de que não hei de estabelecer falsos testemunhos ou
falsos argumentos com a intenção de conquistar as pessoas pela
manipulação do medo ou do alarde, como por exemplo fazem largo uso
os ambientalistas e os defensores das campanhas do desarmamento e do
aborto, com seus números escandalosamente fictícios; por fim, a
terceira se faz premente pelo meu eterno repúdio ao argumento de
autoridade, justo o que me motiva a desmascarar os inúmeros
presepeiros e charlatães que com frequência se apresentam como
“doutores”, “especialistas”, “educadores” e quetais!
Abaixo a síndrome do doutorismo e a começar, por mim mesmo!
Somente por aí se vê com quantos passos
à frente largam os meus, ou melhor, os nossos opositores! Não obstante,
estou escrevendo, tanto quanto posso: quantas vezes uma verdade deve
ser contada para que passe a ser admitida como tal?
Pois, com o justo intuito de tentar
alcançar a quem eu puder, apresento aos leitores as duas propostas
fundamentais do comunismo, que para os fins almejados por este texto
podem ser tomados à guisa de sinônimos os termos "socialistas", "esquerdistas", "progressistas" e "petistas": a riqueza sem trabalho e os
prazeres sem responsabilidades.
Todas as fórmulas propositivas das
esquerdas, com efeito, resumem-se a um destes dois princípios. Eis aí a razão de serem tão sedutoras, tanto mais quanto fútil e indolente for a maioria do povo.
O MST e o movimento quilombola, as cotas
raciais ou sociais nas universidades, as bolsas-isto-e-aquilo, as
políticas de aluguéis, a moeda fiduciária de curso forçado, as
práticas bancárias de reservas fracionárias, as políticas de
preços mínimos e preços máximos, a legislação antitruste, e os
Conselhos de Classe e Ordens de Profissões derivam-se todos, sem
esgotar os exemplos, da ideia da criação de riqueza sem trabalho.
A seu turno, os movimentos pelo amor livre e contra o
casamento, o movimento pela liberação das drogas, e os movimentos feminista, gaysista, abortista,
eutanasista e pedófilo (este ainda no forno) fazem parte, também
não de forma exaustiva, da segunda proposta fundamental do
esquerdismo.
Mui entretanto, a ordem natural da vida
não admite nem que uma nem outra das duas miragens se façam viáveis de
forma pacífica, harmônica e permanente: sempre alguém pagará a
conta ou sentirá na pele o sofrimento resultante de suas
permissividades pregressas. Não existe almoço grátis e todos nós
nos quedaremos, um dia, frágeis, doentes e velhos.
Como esperável reação, inconformada diante das inexoráveis leis divinas que nos agrilhoam às
vicissitudes inerentes ao orbe, surge então o violento
movimento de negação, começando justamente pelo movimento ateísta,
que hoje se disfarça de "laico" para enganar melhor os incautos, bem
como de todo repúdio à herança social, jurídica e econômica alicerçada
sobre o juízo dos homens e mulheres sábios de toda a história. A teoria marxista da "superestrutura" consiste exatamente nisto.
Todo o esforço deseducativo que nos
transforma nos maiores dunces do mundo tem, portanto,
finalidade, pois somente uma população desinformada e sobretudo,
frívola – a geração BBB, por assim mui propriamente dizer - pode
aceitar passiva e alegremente o desmantelamento da sua família, dos seus meios de sustento honesto, e do seu país.
Faltou relacionar uma condição básica: a INVEJA. Todo adepto sincero do socialismo, por achar que não conseguirá ou porque dará muito trabalho para tal, quer impedir os outros de terem algo que ele não tem, porque ver o outro numa Ferrari lhe deixará mal. Então opta pelo sistema da mediocridade, em que ninguém possa ter algo a mais que o outro, seja porque é proibido, seja porque não será fabricado, seja porque haverá bolsas para dar aquilo que por seus próprios meios não consegue obter. A inveja é a mola-mestra do socialismo/comunismo.
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