(*) Fonte: http://www.tribunadaimprensa.
O país aguarda com ansiedade a designação, pela presidente Dilma, dos integrantes do que se convencionou chamar de “Comissão da Verdade”.
Quanta presunção ao se adjetivar essa comissão com a palavra “verdade”!
Há milênios, o vocábulo vem desafiando a humanidade, os filósofos e as religiões. Ainda hoje, sem sucesso, busca-se um conceito que responda à pergunta de Pilatos a Cristo (por Ele não respondida):”o que é a Verdade”?
Muito já se falou sobre tal comissão, mas o tema está longe de ser esgotado.
A comissão inspirada no governo Lula, aprovada pelo Congresso Nacional por meio da lei nº 12528/2011 e em vias de ativação pela presidente Dilma, tem a finalidade maior de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”.
Alcançará o seu desiderato? Tudo indica que, ao final dos seus trabalhos, vai apresentar uma verdade facciosa, simbólica, parcial que expressa, apenas, a visão do grupo esquerdista-marxista que lutou para que se implantasse no Brasil um regime totalitário nos moldes de Cuba, quiçá, ainda mais violento, e que nunca buscou, como se alardeia, a restauração da democracia .
A “verdade” que surgirá dessa comissão está atrelada, ideologicamente, ao grupo que foi derrotado e que, hoje, é governo, portanto, será simpática e leniente para com ele. Não pode a comissão, por força de lei, ouvir os depoimentos dos integrantes desse grupo, vital para que a memória seja, de fato, resgatada. Desde já, é condenatória e discriminatória com aqueles que serão ouvidos e que se opuseram, tenazmente, aos grupos extremistas que tentaram impor à sociedade brasileira o marxismo-leninismo, seguindo estritamente as diretrizes e ordens dos líderes de então das URSS, China, Cuba e Albânia.
Como deixar de ouvi-los
Somente motivações ideológicas impedem que personalidades expressivas da vida pública brasileira, na atualidade, a começar pela própria presidente Dilma, prestem os seus depoimentos, esclareçam as suas motivações, os apoios internos e externos que receberam, os recursos financeiros que amealharam e o destino a eles dados, assim como as execuções sumárias e os justiçamentos perversos que perpetraram.
Como deixar de ouvi-los? Que memória emergirá dos autos com tanta parcialidade? De antemão, na origem, memória e verdade estarão comprometidas, serão falsas e não resistirão ao juízo da história.
A óbvia conclusão é que teremos uma “verdade” muito próxima da mentira, uma verdade caolha, que não quer ver e interpretar o que ocorreu, e o fato histórico que dela resultar será faccioso, revanchista, contaminado por uma amnésia provocativa e uma opaca memória alzheimeriana, desprovido de conteúdo para integrar a moderna história brasileira.
Os que, na atualidade, posam de democratas queriam ( e ainda tentam) implantar um regime totalitário no país, segundo depoimentos dos seus mais expressivos representantes, como o ex-deputado Fernando Gabeira e o professor universitário Aarão Reis, que chegaram a prever um grande derramamento de sangue caso as suas teses fossem vitoriosas.
O que se precisa saber
O que o povo brasileiro precisa saber e se convencer é que, se hoje desfruta de amplas liberdades democráticas, essas não foram benesses caídas do céu e, sim, asseguradas pelos regimes militares e a pragmática engenharia política que orquestraram, vencendo a violência sem quartel que vitimou muitos inocentes, o radicalismo e a xenofobia dos mais variados grupos extremistas que, mercê da anistia, veem muitos dos seus integrantes em funções de revelo na política, na mídia, no governo e na sociedade em geral.
O que o povo brasileiro precisa saber é que esses extremistas, dóceis e obedientes, ficaram ao sabor dos ditames de líderes estrangeiros, deles recebendo apoio político, material e financeiro para que o Brasil passasse a integrar as suas órbitas de influência, perdesse a sua autonomia, soberania e até mesmo a sua integridade territorial.
O que o povo brasileiro precisa saber é que muitos dos que , no governo ou fora dele, clamam pela democracia nunca lutaram para que ela imperasse no país; pelo contrário, quiseram, pela violência, sujeitar um povo tradicionalmente cristão a um regime totalitário ateu em que “muitas cabeças e sangue rolariam”.
O que o povo brasileiro precisa, de fato, saber é que não se almeja a paz social, a reconciliação nacional, como enfaticamente se propaga. Nesse contexto elas não são relevantes. O que, efetivamente, se planeja é a divisão da sociedade brasileira para melhor controlá-la e subjugá-la, como são exemplos os contínuos e recorrentes artifícios e tentativas dos governantes e das lideranças petistas na busca da limitação e da reinterpretação, muitas vezes contra os ditames constitucionais,dos instrumentos que asseguram o exercício de liberdades duramente conquistadas.
As evidências parecem indicar que a chamada “Comissão da Verdade” encaminha-se, como já foi definida, para uma comissão de acerto de contas, revanchista, avessa ao estabelecido na Lei da Anistia, com a intenção declarada de forçar a sua reinterpretação pelo Supremo. Os fatos que porventura dela emanarem serão passíveis de contestação, quando a verdade histórica, longe dos arroubos, dos revanchismos e dos ódios do presente, prevalecer.
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quarta-feira, 25 de abril de 2012
Qual verdade?
O que o povo brasileiro precisa saber e se convencer é que, se hoje desfruta de amplas liberdades democráticas, essas não foram benesses caídas do céu e, sim, asseguradas pelos regimes militares e a pragmática engenharia política que orquestraram, vencendo a violência sem quartel que vitimou muitos inocentes, o radicalismo e a xenofobia dos mais variados grupos extremistas que, mercê da anistia, veem muitos dos seus integrantes em funções de revelo na política, na mídia, no governo e na sociedade em geral.
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