O que define o ser humano, na cabecinha vazia de Rodrigo Constantino? Quer dizer que alguém que nasce sem parte do cérebro é menos humano do que aquele que nasce com um cérebro inteiro?
A
decisão do STF sobre a permissão legal do aborto a nascituros
anencéfalos abriu um precedente para a eugenia pura e completa. Por
mais que existam exemplos de anencéfalos que sobrevivam ao parto e
por mais não haja nenhuma evidência de que estes seres vivam uma
vida “vegetativa”, contudo, os juízes do Supremo optaram pela
morte. E baseado em que? Em meras especulações pseudo-científicas
sobre a vida. Por que diria pseudo-científicas? Porque a vida não
se resume a um mero complexo biológico ou físico. Há coisas muito
mais além. Na verdade, a ideologia materialista reinante nas
mentalidades pró-aborto resume a humanidade a um mero composto
celular. Questões como a dignidade intrínseca do ser humano foram
relativizadas, a ponto de negar humanidade a uma fase da vida humana.
Vejo
um embusteiro tagarela na internet: o economista Rodrigo Constantino.
Em seu artigo, publicado no dia 12 de abril de 2012, chamado
“Católicos, aborto e Hitler”, ele escreve com as seguintes
tintas, já que não admite a relação entre aborto e eugenia:
“Em
primeiro lugar, considero altamente ofensivo comparar fetos
anencéfalos aos judeus. Que história é essa? Judeus são seres
humanos, como quaisquer outros. Já esses fetos não possuem nada que
remeta ao que chamamos de humano. Não é eugenia eliminar o
sofrimento de uma mãe que carrega na barriga um feto condenado a não
viver!”
Resta-nos
entender essa lógica bovina no seguinte âmbito racional: o que
define o ser humano, na cabecinha vazia de Rodrigo Constantino? Quer
dizer que alguém que nasce sem parte do cérebro é menos humano do
que aquele que nasce com um cérebro inteiro? Podemos aplicar essa
lógica aos aleijados: os homens sem braço são menos humanos do que
os homens com braços. Um ser humano seria menos ser humano no ventre
da mulher, por não ser identificado completamente a sua forma
humana? De uma coisa, nós podemos rir, já que Constantino fala da
“Razão”, com letra maiúscula: os fetos não remetem nada a que
seja humano, embora a partir dali esteja se formando um para nascer.
Vai entender chorumela de abortista!
A
melhor forma de matar alguém é desumanizar a vítima. Mas ele
insiste em falar besteira:
“A
morte cerebral, mesmo em adultos, é considerada morte, e os médicos
ficam autorizados a extrair órgãos para doação, quando permitido.
Acho que alguns católicos acabam traindo seu antissemitismo até
quando tentam "defender" os judeus”.*
A
morte cerebral não nega a natureza e a dignidade de homem morto. A
correlação entre os anencéfalos, que têm vida e alguém que morre
cerebralmente é arbitrária e sem o menor nexo. A evidência mostra
que os anencéfalos podem viver além do nascimento, o que denota que
o argumento da “falta de cérebro” para viver é furado. Aliás,
é discutível se a morte cerebral define a morte do corpo. Há casos
de morte cerebral em que a pessoa voltou à vida.
Por
outro lado, a comparação entre aborto, eutanásia e eugenia é mais
que justa: Hitler, em 1939, aplicou a política de eugenia aos débeis
mentais, aleijados, paralíticos e outros indivíduos considerados
“inaptos racialmente”. Constantino pensa a mesma coisa, em um
vídeo no youtube, quando diz que os cristãos cultuam o sofrimento e
que a melhor forma de fazer caridade aos incapazes é matá-los. A
eugenia parte de uma crença falsa da perfeição humana. Eles querem
determinar quem deve viver ou morrer, a partir de estereótipos ou
modelos idealizados de um ser humano. Hitler não considerava os
incapazes dignos de viver, porque não se adequavam à idealização
da raça ariana. Os judeus, os eslavos e os ciganos entravam na lista
de pessoas a serem eliminadas.
“Em
segundo lugar, não venham jogar Hitler para o lado dos defensores de
um estado laico, por favor! Dizem que quando se apela para Hitler em
um debate de internet, é porque faltam argumentos. Pode ser. Mas se
os católicos fanáticos se sentem no direito de acusar quem aceita o
aborto, nesses casos extremos, de parecido com Hitler, então eu me
sinto no direito de resgatar o que o próprio Lúcifer dizia. É
injusto o ataque dos católicos, até porque Hitler tinha palavras
elogiosas ao Cristianismo, justamente a este lado mais fanático que
os carolas raivosos demonstram, na "certeza" de que lutam
pela boa causa”.
Rodrigo
Constantino apela à desonestidade intelectual mais grosseira.
Qualquer pessoa bem estudada sabe que Hitler, intramuros, odiava o
cristianismo e desprezava seus valores. O Estado nazista era
visivelmente secularista e tinha como ideologias oficiais, o
socialismo e o racialismo biológico (o último, fruto das teorias
darwinistas tão em voga na Europa do final do século XIX e começo
do século XX). Mas é claro que Constantino vai tergiversar e
falsificar a história, envolvendo falsamente os católicos ao
nazismo. Só faltou ressuscitar a grande mentira histórica do
século, ou seja, a das relações de Hitler com o Papa Pio XII. A
pregação “cristã” de Hitler era tão somente demagógica, para
conquistar votos dos católicos alemães. Que grande “católico”
era o tiranete austríaco! Tão católico que quando tomou o poder,
não pensou duas vezes em confiscar os colégios católicos e proibir
a formação de seminaristas! Ou mais, cogitou até sequestrar e
deportar o Papa Pio XII!
“Não
custa lembrar também que Hitler, que se dizia católico ("Sou e
sempre fui um católico e sempre serei"), afirmava que estava
seguindo os mandamentos do Senhor quando eliminava os judeus
("Acredito hoje que minha conduta está de acordo com a vontade
do Criador Todo-Poderoso"), em boa parte com a omissão da
Igreja Católica”.
Dizer-se
católico faz de alguém católico? Percebe-se que Constantino é um
ignorante na doutrina social da Igreja Católica, como também das
relações conflituosas e difíceis que a Santa Sé teve com o
nazismo. Bastava o liberal de meia pataca nos demonstrar qual a
relação do pensamento tradicional da Igreja Católica com o
nazismo, para nos evidenciar o “catolicismo” de Hitler. Contudo,
Rodrigo Constantino não perde tempo nesses expedientes intelectuais
sofisticados. Basta ele dar uma de ateuzinho de Wikipédia e site
ATEA: lê uma orelhada de google e acha que já tirou conclusões
sobre a história do nazismo e da Igreja Católica. Entretanto, a
única coisa que Constantino nos evidencia é a sua completa
ignorância sobre o assunto. É pura má fé.
“Aliás, no Index dos livros proibidos pela Inquisição (quem disse que os comunas que inventaram a censura?), Voltaire, Galileu, Victor Hugo e Kant estavam vetados (que perigosos!), mas "Mein Kampf", do nazista assassino, jamais constou na lista. Uma mancha e tanto para a Igreja...”
“Aliás, no Index dos livros proibidos pela Inquisição (quem disse que os comunas que inventaram a censura?), Voltaire, Galileu, Victor Hugo e Kant estavam vetados (que perigosos!), mas "Mein Kampf", do nazista assassino, jamais constou na lista. Uma mancha e tanto para a Igreja...”
O
argumento acima é um non sequitur. Curioso é pensar que Constantino
defenda a censura do Mein Kampf, já que se diz liberal. Na verdade,
é a falácia do espantalho: se a Igreja declarasse publicamente a
censura do Mein Kampf, Constantino inventaria o argumento de que a
Igreja censura qualquer idéia e no final, tudo ficaria como antes,
no quartel de Abrantes!
Mas
parece que o umbigocêntrico liberalóide da religiãozinha sectária
da Ayn Rand se esqueceu de que a Igreja condenou publicamente o
nazismo, em 1937, e que o preço a ser pago foi a prisão de milhares
de católicos na Alemanha. Claro que isso não cai na agendinha
liberal constantiniana. O negócio é a calúnia gratuita.
“Portanto,
meus caros colegas católicos mais empedernidos, não tentem colar a
imagem daqueles que aceitam o aborto em caso de feto anencéfalo ao
nome de Hitler, porque isso é para lá de absurdo!”
Por
que seria absurdo, se o próprio Constantino acha a mera vida de um
aleijado algo indigno de se permitir, como disse no vídeo? Ao que
parece, podemos tirar uma conclusão óbvia do liberal de meia
pataca: Rodrigo Constantino não possui um espelho, já que tudo o
que pregou se assemelha, e muito, à doutrina nazista de extermínio
dos incapazes e inferiores. Entretanto, Constantino abusa do
Wikipédia:
“O
antissemitismo católico vem de longa data, como fica claro em "O
Mercador de Veneza", de Shakespeare”.
Que eu
saiba, Shakespeare vivia numa sociedade anglicana, elisabetana, do
século XVI, e não católica. Será que Rodrigo Constantino vai
censurar o grande teatrólogo inglês, porque ele acredita piamente
que o autor fosse anti-semita? A figura do judeu agiota e explorador,
que só pensa em dinheiro, não é um anedotário totalmente
anti-semita. Até os judeus corroboram com esse estereótipo em
piadas. Porque, de fato, existiam judeus que agiam assim. É normal
que, numa época politicamente correta, qualquer crítica a grupos
considerados “minorias” seja recebida com histeria.
“A "usura" sempre foi condenada pelos católicos. O pior caso foi na Espanha. Desde o momento de sua criação, a Inquisição espanhola lançara olhos cobiçosos sobre a riqueza judia. A Inquisição endossou com entusiasmo o virulento antissemitismo já promulgado por um notório pregador, Alonso de Espina, que odiava igualmente judeus e ‘conversos’. Alonso defendera a completa extirpação do judaísmo da Espanha - por expulsão ou extermínio. A 12 de maio de 1486, todos os judeus foram enxotados de grandes partes de Aragão. Torquemada parece ter aceitado o adiamento pela Coroa da expulsão de todos os judeus da Espanha até que o Reino muçulmano de Granada fosse final e definitivamente conquistado”.
“A "usura" sempre foi condenada pelos católicos. O pior caso foi na Espanha. Desde o momento de sua criação, a Inquisição espanhola lançara olhos cobiçosos sobre a riqueza judia. A Inquisição endossou com entusiasmo o virulento antissemitismo já promulgado por um notório pregador, Alonso de Espina, que odiava igualmente judeus e ‘conversos’. Alonso defendera a completa extirpação do judaísmo da Espanha - por expulsão ou extermínio. A 12 de maio de 1486, todos os judeus foram enxotados de grandes partes de Aragão. Torquemada parece ter aceitado o adiamento pela Coroa da expulsão de todos os judeus da Espanha até que o Reino muçulmano de Granada fosse final e definitivamente conquistado”.
Neste
trecho, Constantino mescla um balaio de gatos, para destilar
argumentos simplistas sobre os fatos extremamente complexos que
ocorreram na Espanha do século XV, com o intuito bobo de caluniar o
catolicismo. Eu não perderei tempo aqui rebatendo as argumentações
históricas acima. Mas digamos que seja verdade que judeus e cristãos
se odiassem durante uma boa parte da história: isso invalida o fato
de que os cristãos estejam certos em defender a vida humana?
Invalida o fato de que a perspectiva eugênica de Constantino serviu
de justificativa para eliminar os judeus da Europa por Adolf Hitler?
“Sempre
que católicos falam de uma cultura "judaica-cristã", vem
à minha mente a imagem de água e óleo se misturando”.
Ao que
parece, Constantino não sabe escrever: é cultura judaico-cristã! E
a associação entre judaísmo e cristianismo é bastante factível:
a fé judaica e a cristã possui na história bíblica hebréia a
mesma origem. Isso não quer dizer que os católicos concordem com a
visão religiosa judaica. Será que precisamos explicar o óbvio ao
liberalóide?
“**
Essa "certeza" de luta pela boa causa é que me assusta. É
boa causa impor o sofrimento de 9 meses para uma mãe que vai parir
um conjunto de tecido sem capacidade cerebral? É boa causa isso? Eu
digo que NÃO! Eu digo que é uma CRUZADA MORAL que faz seus adeptos
se sentirem pessoas melhores, superiores do ponto de vista moral,
apenas isso”.
Pelo
contrário, essa certeza de querer ditar para as pessoas quem deve
viver e morrer é que preocupa qualquer pessoa com um mínimo de
juízo. No começo, serão os anencéfalos. Depois, os portadores de
síndrome de Down. E aí vêm os aleijados e portadores de outros
tipos de retardamento. Até chegar a grupos considerados racial e
mentalmente inferiores. E assim sucessivamente. A matança de seres
humanos, no século XX, começa cheia de boas intenções. Isso
porque Constantino, ao afirmar que uma pessoa aleijada ou anencéfala
não deve viver, crê piamente que está fazendo caridade aos
doentes!
“Essa
gente ama a Humanidade, mas parece não se importar tanto com o
próximo de carne e osso - e cérebro!”
Pior é
Constantino, que além de não amar a humanidade em geral, despreza o
ser de carne e osso que está no ventre da mãe para nascer.
É impressionante como funciona a cabeça desses indivíduos. Um dia desses, conversando sobre aborto com o Daniel Fraga, ele disse ser favorável ao aborto porque a criança no ventre da sua mãe não é um ser humano! Não é um ser humano!!! Gente, que lógica nazista é essa?
ResponderExcluirParabéns pela postagem.
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
No mérito você tem razão sobre o aborto, mas também usa truques semelhantes ao do Constantino para "provar" as suas teses. A desculpa sobre a proibição ao "Mein Kampf" (argh!) é um exemplo.
ResponderExcluirRealmente, perdi minutos da minha vida lendo esse texto. Mas já que li vou perder mais alguns para comentar.
ResponderExcluirNa parte em que o autor diz:
"Quer dizer que alguém que nasce sem parte do cérebro é menos humano do que aquele que nasce com um cérebro inteiro? Podemos aplicar essa lógica aos aleijados: os homens sem braço são menos humanos do que os homens com braços."
Veja bem, a parte do cérebro que está em questão é o CÓRTEX CEREBRAL. Cientificamente falando, ser humano, sem o córtex, não tem como viver e pode no máximo, agonizar por algumas horas em estado vegetativo (ou seja, esses seres humanos, por não possuir córtex, não tem consciencia nem nunca vão ter, mesmo que vivam mais que algumas horas). E mesmo assim, a lei agora, PERMITE o aborto nesses casos, isso quer dizer que, a mãe que quiser, terá o filho mesmo nessas condições.
E a comparação com os aleijados é ridícula. Primeiramente, aleijados possuem braços e, segundo, qual a lógica comparar pessoas que não tem córtex (logo não tem cérebro) com pessoas aleijadas?
Pessoas aleijadas possuem cérebro e tem plena consciência dos seus atos e mesmo no caso de deficientes mentais, esses também possuem consciência, ao contrário de anencéfalos que já nascem mortos.
O anônimo do comentário acima já se contradiz em seu comentário.
ResponderExcluirEle alega que um ser fragil -anencéfalos- vive somente poucas horas e no final do texto declara que o anencéfalo já nasce morto.
Segundo: Na cabeça do dito cujo se o ser não tem consciência pra que viver? Joga fora não é mesmo.
Então você não admite a morte cerebral (no qual ficam só os órgãos funcionando)? A situação é a mesma.
ResponderExcluirE mais, o que é vida pra você? Um ser que não tem consciência, nem nunca vai ter, é viver?
Você acha que uma mãe deve sofrer por toda uma gestação e carregar um feto que não irá sobreviver (seria o mesmo que não desligar os aparelhos de alguém com morte cerebral)?
E como disse acima, a lei agora permite, ou seja, a mãe que não concorda, poderá ter o filho anencéfalo se quiser.
Porque essa ditadura impondo o que essas mães devem fazer?
E o engraçado é que o blog fala em liberdade...vai entender!
Ao anônimo acima.
ResponderExcluirÉ uma vida que está sendo gerada dentro do ventre da mãe. Um outro corpo.
Na sua lógica hedonista, se essa criança é um fardo, descarte.
Hoje foi a liberação de aborto -eufemismo para assassinato- de anencéfalos, logo,logo será a eutanásia e outras aberrações.
Acho que você confunde as coisas e não me esclareceu a dúvida acima... Afinal, então você não acredita na morte cerebral? Anencéfalo se enquadra nesse mesmo caso.
ResponderExcluirE que vida está sendo gerada numa condição de anencefalia?
Acho que você continua andando em círculos, além de não saber do que se trata realmente, a anencefalia.
Existe uma reportagem que vi num canal de tv fechada (posso procurar o link e disponibilizar depois) em que é retratado o caso de uma mulher que passou anos com um câncer e descobriu que esse tumor, era uma má formação humana (não tinha forma humana, mas de acordo com sua teoria possuia "vida"). Neste caso, você também consideraria aborto remover esse câncer?
E só para concluir, veja que não generalizei o aborto para todos os casos, foquei o tempo todo no aborto nos casos de anencefalia.
Prezado Sr Anônimo,
ResponderExcluirOs diagnósticos de anencefalia e de morte cerebral não são a mesma coisa (até porque os nomes diferentes reportam-se a situações diferentes).
A morte cerebral é a constatação final de falência de um ser vivo por agentes externos, como a doença em estado terminal, um trauma violento ou ainda, a velhice extrema.
A anencefalia é a constatação de uma deficiência no desenvolvimento do cérebro de um ser em pleno desenvolvimento, que pode atingir vários graus de severidade, e que o organismo pode compensar de formas espetaculares.
Pergunte aos pais da menina Vitória de Cristo (leia neste blog) se eles acham que a filha deles, de mais de dois anos, está morta!
Você sabe quando será a sua hora? Se não sabe, então porque acha lícito a alguém delimitar a hora de outro ser humano?
Ninguém sabe a razão por que vem ao mundo. Deus sabe! Portanto, para Ele, pode ser que eu tenha de viver por muitos e muitos anos, mas pode ser que para uma criança anencéfala valha-a simplesmente respirar o ar e ouvir a voz de sua mãe.
Nós, seres humanos, somos a finalidade da criação, e não meros meios.
Os coletivistas e materialistas confundem os fins e os meios. Para esses, os seres humanos existem para servir a sociedade. Imbecis! As sociedades é que servem aos seres humanos!
Senhor Klauber
ResponderExcluirAntes de mais nada, só para esclarecer, o caso desta menina, a qual o senhor citou, é falso. Confira neste link: http://www.e-farsas.com/foto-de-menina-anacefala-vira-campanha-no-facebook.html
O caso da Vitória é de acrania, não anencefalia.
Continuando... sim, a anencefalia é um tipo de deficiência no desenvolvimento do cérebro que impossibilita esse ser de ter uma vida, portanto se encaixa na mesma situação de uma morte cerebral, na qual a pessoa só tem sinais vitais, mas "morreu" por não ter mais qualquer capacidade de ter consciência. Sendo assim, seria impossível essa criança ouvir a voz de sua mãe.
E você acha justo fazer esta mãe sofrer, tanto mentalmente quanto fisicamente, por 9 meses, para ter o sofrimento de ver seu filho morrer, na maioria das vezes, na mesma hora, ou agonizar por mais algumas horas?
Essa é sua concepção de "vida"?
No final eu vejo que o senhor faz uma pregação, então melhor eu não comentar, essa é sua concepção de vida. E veja bem, não estou dizendo que sou ateu ou religioso, mas considero que o Estado tem que ser Laico (entede-se neutro) e não deve levar em consideração nenhum dos pontos de vista (ateu e religioso) e sim, o mais sensato, que felizmente foi o que ocorreu nessa decisão do STF.