quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pesquisa de Serviços de Hospedagem – Fonte IBGE Base: Ano de 2011



 (Atenção: clique no gráfico para ampliá-lo)
75% da capacidade total de hóspedes nas regiões metropolitanas se concentram nas capitais

Por Ricardo Bergamini


Quase 75% da capacidade total de hospedes das regiões metropolitanas (RM) dos municípios das capitais e regiões integradas de desenvolvimento (RIDE) brasileiras, em 2011, se concentravam nos municípios das capitais. O mesmo ocorreu com mais de 67% dos estabelecimentos e 76% das unidades habitacionais. Isso ocorreu principalmente em Fortaleza (CE), que detinha 76,5% dos estabelecimentos (280), 85,2% das unidades habitacionais (12.188) e 82,4% da capacidade total de hóspedes (28.987). No outro extremo encontrava-se Recife (PE), com 43,3% dos estabelecimentos (161), 48,4% das unidades habitacionais (7.216) e 45,6% da capacidade total de hóspedes (15.244). Excetuando-se o município da capital, a cidade com maior rede de hospedagem era Ipojuca (PE), que concentrava 25,3% dos estabelecimentos (94) localizados na região metropolitana de Recife (CE).

Estas e outras informações integram a Pesquisa de Serviços de Hospedagem (PSH) 2011 – Municípios das Capitais, Regiões Metropolitanas das Capitais e Regiões Integradas de Desenvolvimento, que investigou 7.479 estabelecimentos nas áreas pesquisadas. Os dados registram, ainda, um total de 327.678 unidades habitacionais (suítes, apartamentos, quartos e chalés), e capacidade total de 741.303 hóspedes.

Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre têm os menores índices de concentração hoteleira

A PSH 2011 revela que 67,3% dos estabelecimentos, 76,4% das unidades habitacionais e 74,8% da capacidade de hóspedes estão concentrados nos municípios das capitais. Além de Fortaleza, São Paulo aparece em segundo lugar, com 73,5% dos estabelecimentos (972), 78,5% das unidades habitacionais (54.065) e 78,0% da capacidade de hóspedes (114.212), e Rio de Janeiro em terceiro, com 70,4% dos estabelecimentos (429), 81,9% das unidades habitacionais (31.594) e 81,2% da capacidade total de hóspedes (67.536).

Entre as capitais com menor concentração destacam-se Recife, com 43,3% dos estabelecimentos (161), 48,4% das unidades habitacionais (7.216) e 45,6% da capacidade total de hóspedes (15.244); Belo Horizonte (MG), com 49,4% dos estabelecimentos (291), 61,2% das unidades habitacionais (13.353) e 57,5% da capacidade total de hóspedes (27.842); e Porto Alegre (RS), com 52,5% dos estabelecimentos (190), 68,8% das unidades habitacionais (10.284) e 67,6% da capacidade total de hóspedes (21.570).

Quatro regiões metropolitanas concentram 44,2% da capacidade hoteleira

A pesquisa mostra, ainda, que quatro regiões metropolitanas respondem por 40,6% do total de estabelecimentos, 46,3% das unidades habitacionais e 44,2% da capacidade total de hóspedes. A RM de São Paulo registrou 1.323 estabelecimentos (17,7%), 68.858 unidades habitacionais (21,0%) e capacidade de 146.381 hóspedes (19,7%). Já a RM do Rio de Janeiro, detinha 609 estabelecimentos (8,1%), 38.565 unidades habitacionais (11,8%) e capacidade de 83.130 hóspedes (11,2%). Na RM de Belo Horizonte foram encontrados 589 estabelecimentos (7,9%), 21.809 unidades habitacionais (6,7%) e capacidade de 48.393 hóspedes (6,5%). A RM de Salvador concentrou 516 estabelecimentos (6,9%), 21.591 unidades habitacionais (6,6%) e capacidade de 50.158 hóspedes (6,8%).


Rede hoteleira comporta uma média de 99 hóspedes por estabelecimento

Os estabelecimentos de hospedagem das regiões metropolitanas (RMs) e regiões integradas de desenvolvimento (RIDEs) registraram, em média, 44 unidades habitacionais por estabelecimento. As RMs do Rio de Janeiro (63), de São Paulo (52) e de Curitiba (45) ficaram acima da média nacional. Quanto à capacidade média de hóspedes por estabelecimento, a média foi de 99 hóspedes, mas a RM do Rio de Janeiro registrou média de 137 hóspedes por estabelecimento. Destacaram-se também as RMs de São Paulo e de Curitiba, com 111 e 100 hóspedes por estabelecimento, respectivamente.

Quase metade dos estabelecimentos de hospedagem são hotéis

Os estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas (RMs) das capitais e regiões integradas de desenvolvimento (RIDEs) são constituídos predominantemente por hotéis, que respondem por 46,9%, seguidos por motéis (24,8%) e pousadas (20,0%). Apart-hotéis e flats (3,2%), pensões de hospedagem (2,7%), albergues turísticos (1,4%) e outros (1,0%) têm menor expressividade. A RIDE do Distrito Federal e entorno possuía, em 2011, a maior proporção de hotéis na sua rede de hospedagem (57,5%), seguida das RMs de Curitiba (55,9%), São Paulo (54,6%) e Rio de Janeiro (52,5%). A maior concentração de motéis encontra-se nas RMs de Porto Alegre (37,0%), Fortaleza (34,7%) e São Paulo (31,7%). Já as pousadas são mais frequentes nas RMs de Florianópolis (45,7%) e nas das capitais nordestinas, especialmente Salvador (38,4%), Recife (33,9%) e Fortaleza (28,7%).

No que concerne às categorias, 12,6% dos estabelecimentos são de luxo ou superior/muito confortável, com elevados padrões de conforto. Por outro lado, 87,4% deles têm médio e baixo conforto/qualidade dos serviços, sendo 27,4% considerados turístico/médio conforto, 38,3% econômicos e 21,7% simples. Os apart-hotéis e flats concentram maior proporção de categorias luxo e superior/muito confortável (41,5%), seguidos pelos hotéis (19,8%), estes com uma maior proporção de estabelecimentos na categoria luxo (5,8%). Os estabelecimentos com padrões inferiores de conforto estão mais concentrados nas pensões de hospedagem, nos albergues turísticos e em outros tipos.

Embora a RM de São Paulo registre o maior número de estabelecimentos de luxo e superior/muito confortável (174), a maior proporção está na RM do Rio de Janeiro, que concentra 18,2% dos estabelecimentos nesta categoria. Em seguida vêm as RMs de Curitiba (17,9%), Porto Alegre (14,4%) e São Paulo (13,2%). A maior proporção de estabelecimentos na categoria turístico/médio conforto encontra-se na RM de Florianópolis (42,9%). Considerando-se os estabelecimentos econômicos e simples, destacam-se as RMs de São Paulo (68,5%) e de Porto Alegre, Belo Horizonte e a RIDE do Distrito Federal, com representatividade em torno de 60,0%.

Maior número de estabelecimentos tem até 19 unidades habitacionais

Quanto ao porte dos estabelecimentos, segundo o número de unidades habitacionais, 31,8% possuem até 19 unidades; 22,0% entre 20 a 29 unidades; 22,3% entre 30 a 49 unidades; e 23,9% com 50 ou mais unidades. Entre as principais áreas investigadas, a maior proporção de estabelecimentos com 50 ou mais unidades está na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde os estabelecimentos desse porte respondem por 44,3% da rede de hospedagem, sendo 13,0% com 100 ou mais unidades e 31,3% com 50 a 99 unidades. Seguem-se as RMs de Curitiba, com 27,4%, e de São Paulo, com 26,7%. Os estabelecimentos de menor porte, considerados aqueles com até 19 unidades habitacionais, estão mais concentrados na RM de Florianópolis, com 49,8% dos estabelecimentos e nas principais RMs das capitais nordestinas, especialmente Fortaleza (39,6%), Recife (39,0%) e Salvador (38,9%). Os estabelecimentos situados entre 20 a 49 unidades são mais representativos nas RMs de São Paulo (50,9%), de Belo Horizonte (46,8%) e de Curitiba (46,4%).

Informações sobre 86 municípios de interesse turístico estão no SIDRA

O IBGE pesquisou também dados sobre hospedagem em 86 municípios de interesse turístico, conforme a classificação do Ministério do Turismo. É o caso de Búzios (RJ), Cabo Frio (RJ), Santos (SP), Ouro Preto (MG), Ponta Grossa (PR) e Bento Gonçalves (RS), entre outros. Estas informações estão disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), pelo link http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/default.asp.

Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.

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